Santíssima Rainha do céu e da terra

"E o nome da virgem é Maria"
"Imagem da Sempre Virgem Santa Maria de Guadalupe".
“Estas diferentes flores são a prova, o sinal que levarás ao Bispo. Diga-lhe que veja nelas Meu desejo, e com isso, execute Minha vontade”.
"Esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,  e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre".


Bíblia

"E o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde Ela estava, e disse: "Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com Você!" O anjo disse: "Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o seu reino não terá fim. "O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus. Maria disse: "Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra."

A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto à cruz. Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: "Mulher, eis aí o seu filho." Depois disse ao discípulo: "Eis aí a sua mãe." E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa.

 Turquia - Éfeso - Santa Casa de São João e da Santíssima Rainha Virgem Maria



Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser!”.

Uma nova geração -* Jesus ainda estava falando às multidões. Sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo." Jesus perguntou àquele que tinha falado: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos, pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe." 

Naquele tempo, enquanto Jesus falava ao povo uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”. Jesus respondeu: “Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.


Mensagens da Rainha:
"Rezem, Deus os ajudará a descobrir a verdadeira  razão da Minha vinda". 
"Muito daquilo que vai acontecer dependerá de suas orações".
"Se decidam  a caminhar  pela estrada da  santidade".
“A vossa oração deve ser um contínuo prazer.”
“Não se vive somente de trabalho, mas também de oração".
"Rezem e leiam as Sagradas Escrituras".
"Eu os chamo todos a rezarem por minhas intenções".
"A coisa mais importante para vós é preciso implorar que o Espírito Santo desça, porque, se tendes o dom do Espírito Santo, tendes tudo.”
"Que a sua vida seja uma oração incessante".

Queridos filhos! Hoje Eu os  convido a se prepararem para a vinda de Jesus.  De modo especial, preparem seus corações. Que a santa Confissão seja, para vocês, o primeiro passo para conversão e, depois, queridos filhos, decidam-se  pela  santidade.  Que a  conversão  de  vocês  e  sua  decisão  pela santidade  comecem  hoje  e  não amanhã.  Filhinhos,  Eu  os  convido, a  todos,  para  a estrada  da  salvação  e desejo  mostrar-lhes  a  caminho  do Paraíso. Por isso, filhinhos,  sejam meus e decidam-se comigo pela santidade. Filhinhos, aceitem a oração com seriedade e rezem, rezem, rezem. Obrigada por terem correspondido a meu apelo. (25.10.98)


“Queridos filhos, EU, a Mãe de todos vocês reunidos aqui e a Mão do mundo inteiro, estou abençoando vocês com uma benção maternal e chamando vocês a andarem no caminho da humildade. Este caminho leva ao conhecimento do Amor do MEU FILHO. MEU FILHO é Onipotente, ELE está em tudo. Se vocês, meus filhos, não se tornarem conhecedores disto, então as trevas/escuridão governarão em sua alma. Somente a humildade pode curá-los. Meus filhos, EU sempre vivi humildemente, corajosamente e em esperança. EU sabia, EU me tornei conhecedora que DEUS está em nós e nós estamos em DEUS. EU estou pedindo o mesmo de vocês. EU desejo que todos vocês estejam Comigo na eternidade, porque vocês são parte de Mim. EU ajudarei vocês neste caminho. Meu Amor envolverá vocês como um manto e fará de vocês apóstolos da Minha luz – da Luz de DEUS. Com o amor que vem da humildade, vocês trarão luz para onde governa as trevas/escuridão. Vocês estarão levando MEU FILHO que é a Luz do mundo. EU estou sempre ao lado dos seus pastores e EU rezo para que eles possam sempre ser um exemplo de humildade para vocês. Obrigada. ”

Queridos filhos! Com um coração repleto, EU estou lhes pedindo, Eu estou implorando a vocês, filhos: purifiquem seus corações do pecado e os ergam a DEUS e para a vida eterna. Eu estou implorando a vocês: sejam vigilantes e se abram à verdade. Não permitam a tudo que é desta terra distanciar vocês do verdadeiro conhecimento da satisfação na comunhão com o MEU FILHO. EU estou guiando vocês no caminho da verdadeira sabedoria, porque somente com a verdadeira sabedoria, vocês podem vir a conhecer a verdadeira paz e o verdadeiro bem. Não gastem tempo procurando por sinais do PAI ETERNO, pois ELE já tem dado a vocês o maior sinal que é o MEU FILHO.Portanto, Meus filhos, rezem para que o ESPÍRITO SANTO possa guiá-los à verdade, que vocês possam ser um com o PAI ETERNO e com o MEU FILHO. Este é o conhecimento que dá alegria na terra e abre as portas da vida eterna e do infinito AMOR. Obrigada. ”

Deveis proteger-vos com o jejum e a oração: sobretudo a oração comunitáriaAndai com imagens benzidas. Ponde-as em vossas casas, e voltai ao uso da água benta.

Começai já neste momento… Apagai a televisão e deixai de lado todas as coisas que não são benéficas para vós.

Quero que nestes dias o mundo reze a Meu lado o mais possível. Que as pessoas façam um jejum rígido 4ª e 6ª feira. Enfim, que todos rezem todos os dias pelo menos o Rosário: os mistérios Gozosos, os Dolorosos e Gloriosos.

Eu dou grandes graças a todos aqueles que rezam com o coração.

Hoje, não são nem as palavras, nem as ações que contam. A única coisa importante é permanecer em Deus.

Queridos filhos! Despertem-se do sono da incredulidade e do pecado, pois este é um tempo de graça que Deus lhes concede. Utilizem este tempo e peçam a Deus a graça da cura do coração, a fim de que possam ver Deus e os homens com o coração. 

Abandonai-vos sem restrição alguma a Deus.

Afastai definitivamente toda a angústia. Quem se abandona a Deus não tem lugar em seu coração para a angústia. As dificuldades manter-se-ão, mas elas servirão para o crescimento espiritual e renderão glória a Deus.  

Amai os vossos inimigos. Afastai do coração o ódio, amargura, julgamentos preconcebidos. Rezai pelos vossos inimigos e pedi a bênção divina para eles.  

Jejuai duas vezes por semana a pão e água. 

Consagrai diariamente ao menos 3 horas a oração nas quais uma meia hora de manhã e a noite. 

É à voz de Maria que eles devem prestar atenção. Logo que forem consolidados na fé, o demônio não os poderá seduzir.

Consagrai diariamente ao menos 3 horas a oração nas quais uma meia hora de manhã e a noite. Neste tempo de oração estão incluídos a Santa Missa e a oração do Rosário. Reservai alguns momentos à oração durante o dia e, cada vez que as circunstâncias o permitirem recebei a santa comunhão. Rezai com um grande recolhimento. Não olheis constantemente o relógio, mas deixai-vos conduzir pela graça de Deus. Não vos preocupeis demasiado com as coisas do mundo, mas confiai tudo isso à oração ao nosso Pai celeste. Se estiverdes muito preocupados, não podereis rezar bem, porque a serenidade interior faz falta. Deus contribuirá para conduzir a um bom fim as coisas daí de baixo, se se esforçarem por trabalhar nas suas. Aqueles que frequentam a escola ou trabalham devem rezar uma meia hora de manhã e à noite e se possível, participar na Eucaristia. É preciso estender o espírito de oração ao trabalho diário, quer dizer acompanhar o trabalho com a oração. 

“Queridos filhos, o motivo pelo qual EU estou com vocês, a MINHA missão é de ajudá-los a fim de que vença o bem, mesmo se isto agora para vocês não pareça possível. EU sei que muitas coisas vocês não compreendem, como também EU não tinha compreendido tudo aquilo que o MEU FILHO me ensinava enquanto crescia ao MEU lado, mas EU acreditava NELE e O segui. Isto peço também a vocês de acreditarem em MIM e de seguirem-ME, mas MEUS filhos, seguir-ME significa amar o MEU FILHO acima de tudo, amá-LO em toda pessoa sem distinção. Para vocês poderem fazer tudo isto EU os convido novamente à renúncia, à oração e ao jejum. Os convido a fim de que a vida para a sua alma seja a EUCARISTIA. Eu os convido a serem os MEUS APÓSTOLOS DA LUZ, aqueles que no mundo difundirão o amor e a misericórdia. Filhos MEUS, a vida de vocês é apenas um piscar de olhos em comparação com a VIDA ETERNA. Quando vocês estiverem diante do MEU FILHO, ELE nos corações de vocês verá quanto amor vocês tiveram em vida. Para poderem de modo justo difundir o amor EU rezo ao MEU FILHO a fim de que através do amor dê a vocês a união por SEU intermédio, a união entre vocês e a união entre vocês e os seus sacerdotes. O MEU FILHO sempre se doa novamente através deles e renova as almas de vocês. Não esqueçam disto. Os agradeço. ”


O Cântico da Santíssima Rainha
A minh'alma engrandece o Senhor e o meu espírito se alegrou em Deus meu Salvador
Pois Ele me contemplou na humildade da sua serva
Pois desde agora e para sempre me considerarão bem-aventurada
Pois o Poderoso me fez grandes coisas
Santo é Seu nome!
A Sua misericórdia se estende a toda a geração daqueles que o temem
Com o Seu braço agiu mui valorosamente
Dispersou os que no coração tem pensamentos soberbos
Derrubou dos seus tronos os poderosos
Exaltou os humildes, encheu de bens os famintos
despediu vazios os ricos
Amparou a Israel Seu servo para lembrar-se da Sua misericórdia
A favor de Abraão e sua descendência
Como havia falado a nossos pais.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.




Catecismo da Igreja Católica

144. Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente à palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade. Desta obediência, o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe é Abraão. A sua realização mais perfeita é a da Virgem Maria.

148. A Virgem Maria realiza, do modo mais perfeito, a «obediência da fé». Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazidos pelo anjo Gabriel, acreditando que «a Deus nada é impossível» (Lc 1, 37) (9) e dando o seu assentimento: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Isabel saudou-a: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45). É em virtude desta fé que todas as gerações a hão-de proclamar bem-aventurada (10).

149. Durante toda a sua vida e até à última provação (11), quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, a sua fé jamais vacilou. Maria nunca deixou de crer «no cumprimento» da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a mais pura realização da fé.

E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem.

273. Só a fé pode aderir aos caminhos misteriosos da omnipotência de Deus. Esta fé gloria-se nas suas fraquezas, para atrair a si o poder de Cristo (97). Desta fé é modelo supremo a Virgem Maria, pois acreditou que «a Deus nada é impossível» (Lc 1, 37) e pôde proclamar a grandeza do Senhor: «O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas; 'Santo' –  é o seu nome» (Lc1, 49).

Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (103).

485. A missão do Espírito Santo está sempre unida e ordenada à do Filho (123). O Espírito Santo, que é «o Senhor que dá a Vida», é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e para a fecundar pelo poder divino, fazendo-a conceber o Filho eterno do Pai, numa humanidade originada da sua.

487. O que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito de Cristo. Mas o que a mesma fé ensina sobre Maria esclarece, por sua vez, a sua fé em Cristo.

488. «Deus enviou o seu Filho» (GI 4, 4). Mas, para Lhe «formar um corpo» (129), quis a livre cooperação duma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia, «virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da virgem era Maria» (Lc1, 26-27):
«O Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para Mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida (130).
489. Ao longo da Antiga Aliança, a missão de Maria foi preparada pela missão de santas mulheres. Logo no princípio, temos Eva; apesar da sua desobediência, ela recebe a promessa duma descendência que sairá vitoriosa do Maligno(131) e de vir a ser a mãe de todos os vivos (132). Em virtude desta promessa, Sara concebe um filho, apesar da sua idade avançada (133). Contra toda a esperança humana, Deus escolheu o que era tido por incapaz e fraco (134) para mostrar a sua fidelidade à promessa feita: Ana, a mãe de Samuel (135), Débora, Rute, Judite e Ester e muitas outras mulheres. Maria «é a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus. Com ela, enfim, excelsa filha de Sião, passada a longa espera da promessa, cumprem-se os tempos e inaugura-se a nova economia da salvação» (136).
490. Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria «foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão» (137). O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como «cheia de graça»(138). Efectivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus.
491. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, «cumulada de graça» por Deus (139), tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX:«Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição» (140).
492. Este esplendor de uma «santidade de todo singular», com que foi «enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição» (141), vem-lhe totalmente de Cristo: foi «remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho» (142). Mais que toda e qualquer outra pessoa  criada, o Pai a «encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo» (Ef 1, 3). «N'Ele a escolheu antes da criaçãodo mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença» (Ef 1, 4).
493. Os Padres da tradição oriental chamam ã Mãe de Deus «a toda santa» («Panaghia»), celebram-na como «imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura» (143). Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.
494. Ao anúncio de que dará à luz «o Filho do Altíssimo», sem conhecer homem, pela virtude do Espírito Santo (144), Maria respondeu pela «obediência da fé» (145), certa de que «a Deus nada é impossível»: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra»(Lc 1, 38). Assim, dando o seu consentimento à palavra de Deus, Maria tornou-se Mãe de Jesus. E aceitando de todo o coração, sem que nenhumpecado a retivesse, a vontade divina da salvação, entregou-se totalmente à pessoa e à obra do seu Filho para servir, na dependência d'Ele e com Ele, pela graça de Deus, o mistério da redenção (146).
«Como diz Santo Ireneu, "obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano" (147). Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que "o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé" (148); e, por comparação com Eva, chamam Maria a "Mãe dos vivos" e afirmam muitas vezes: "a morte veio por Eva, a vida veio por Maria"» (149).
495. Chamada nos evangelhos «a Mãe de Jesus» (Jo 2, 1; 19, 25)(150), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» (Lc 1, 43). Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos») (151).
496. Desde as primeiras formulações da fé (152), a Igreja confessou que Jesus foi concebido unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, afirmando igualmente o aspecto corporal deste acontecimento: Jesus foi concebido « absque semine, [...] ex Spiritu Sancto – do Espírito Santo, sem sémen [de homem]» 
(153). Os Santos Padres vêem, na conceição virginal, o sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio ao mundo numa humanidade como a nossa: Diz, por exemplo, Santo Inácio de Antioquia (princípio do século II): «Vós estais firmemente convencidos, a respeito de nosso Senhor, que Ele é verdadeiramente da raça de David segundo a carne (154). Filho de Deus segundo a vontade e o poder de Deus (155); verdadeiramente nascido duma virgem [...], foi verdadeiramente crucificado por nós, na sua carne, sob Pôncio Pilatos [...] e verdadeiramente sofreu, como também verdadeiramente ressuscitou» (156).
497. As narrativas evangélicas (157) entendem a conceição virginal como uma obra divina que ultrapassa toda a compreensão e possibilidade humanas (158): «O que foi gerado nela vem do Espírito Santo», diz o anjo a José, a respeito de Maria, sua esposa (Mt 1, 20). A Igreja vê nisto o cumprimento da promessa divina feita através do profeta Isaías: «Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho» (Is 7, 14), segundo a tradução grega de Mt 1, 23.
498. Tem, por vezes, causado impressão o silêncio do Evangelho de São Marcos e das epístolas do Novo Testamento sobre a conceição virginal de Maria Também foi questionado, se não se trataria aqui de lendas ou construções teológicas fora do âmbito da historicidade. A isto há que responder: a fé na conceição virginal de Jesus encontrou viva oposição, troça ou incompreensão por parte dos não-crentes, judeus e pagãos (159); mas não tinha origem na mitologia pagã, nem era motivada por qualquer adaptação às ideias do tempo. O sentido deste acontecimento só é acessível à fé. que o vê no «nexo que liga os mistérios entre si» (160), no conjunto dos mistérios de Cristo, da Encarnação até à Páscoa. Já Santo Inácio de Antioquia fala deste nexo: «O príncipe deste mundo não teve conhecimento da virgindade de Maria e do seu parto, tal como da morte do Senhor: três mistérios extraordinários, que se 
efectuaram no silêncio de Deus» (161).
499. O aprofundamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria (162), mesmo no parto do Filho de Deus feito homem (163). Com efeito, o nascimento de Cristo «não diminuiu, antes consagrou a integridade virginal» da sua Mãe (164).
A Liturgia da Igreja celebra Maria “Aeiparthenos” como a «sempre Virgem»(165)
500. A isso objecta-se, por vezes, que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus (166). A Igreja entendeu sempre estas passagens como não designando outros filhos da Virgem Maria. Com efeito, Tiago e José, «irmãos de Jesus» (Mt 13, 55), são filhos duma Maria discípula de Cristo (167) designada significativamente como «a outra Maria» (Mt 28, 1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão conhecida do Antigo Testamento (168).
501. Jesus é o filho único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria (169) estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: «Ela deu à luz um Filho que Deus estabeleceu como "primogénito de muitos irmãos" (Rm 8, 29), isto é, dos fiéis para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe» (170).
502. O olhar da fé pode descobrir, em ligação com o conjunto da Revelação, as razões misteriosas pelas quais Deus, no seu desígnio salvífico, quis que o seu Filho nascesse duma virgem. Tais razões dizem respeito tanto à pessoa e missão redentora de Cristo como ao acolhimento dessa missão por Maria, para bem de todos os homens:
503. A virgindade de Maria manifesta a iniciativa absoluta de Deus na Encarnação. Jesus só tem Deus por Pai (171). «A natureza humana, que Ele assumiu, nunca O afastou do Pai [...]. Naturalmente Filho do seu Pai segundo a divindade, naturalmente Filho da sua Mãe segundo a humanidade, mas propriamente Filho de Deus nas suas duas naturezas» (172).
504. Jesus é concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, porque Ele é o Novo Adão (173), que inaugura a criação nova: «O primeiro homem veio da terra e do pó: o segundo homem veio do céu» (1 Cor 15, 47). A humanidade de Cristo é, desde a sua conceição, cheia do Espírito Santo, porque Deus «não dá o Espírito por medida» (Jo 3, 34). É da «sua plenitude», que Lhe é própria enquanto cabeça da humanidade resgatada que «nós recebemos graça sobre graça» (Jo 1, 16).
505. Jesus, o novo Adão, inaugura, pela sua conceição virginal, o novo nascimento dos filhos de adopção, no Espírito Santo, pela fé, «Como será isso?» (Lc 1, 34) (175). A participação na vida divina não procede «do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus» (Jo 1, 13). A recepção desta vida é virginal, porque inteiramente dada ao homem pelo Espírito. O sentido esponsal da vocação humana, em relação a Deus (176), foi perfeitamente realizado na maternidade virginal de Maria.
506. Maria é virgem, porque a virgindade é nela o sinal da sua fé, «sem a mais leve sombra de dúvida» (177) e da sua entrega sem reservas à vontade de Deus (178). É graças à sua fé que ela vem a ser a Mãe do Salvador: «Beatior est Maria percipiendo fïdem Christi quam concipiendo carnem Christi – Maria é mais feliz por receber a fé de Cristo do que por conceber a carne de Cristo» (179).
507. Maria é, ao mesmo tempo, virgem e mãe, porque é a figura e a mais perfeita realização da Igreja (180): «Por sua vez, a Igreja, que contempla a sua santidade misteriosa e imita a sua caridade, cumprindo fielmente a vontade do Pai, torna-se também, ela própria, mãe, pela fiel recepção da Palavra de Deus: efectivamente, pela pregação e pelo Baptismo, gera, para uma vida nova e imortal, os filhos concebidos por acção do Espírito Santo e nascidos de Deus. E também ela é virgem, pois guarda fidelidade total e pura ao seu esposo» (181).

Ora estas figuras são realizadas por Cristo no Espírito Santo. É Ele que desce sobre a Virgem Maria e a cobre «com a sua sombra», para que conceba e dê à luz Jesus (37).

721. Maria, a santíssima Mãe de Deus, sempre virgem, é a obra-prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do tempo. Pela primeira vez no desígnio da salvação e porque o seu Espírito a preparou, o Pai encontra a morada na qual o seu Filho e o seu Espírito podem habitar entre os homens. É neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes lê, em relação a Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria (90): Maria é cantada e apresentada na Liturgia como «o Trono da Sabedoria». Nela começam a manifestar-se as «maravilhas de Deus», que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja:
722. O Espírito Santo preparou Maria pela sua graça. Convinha que fosse «cheia de graça» a Mãe d'Aquele em Quem «habita corporalmente a plenitude da divindade» (Cl 2, 9). Ela foi, por pura graça, concebida sem pecado, como a mais humilde das criaturas, a mais capaz de acolher o dom inefável do Omnipotente. É a justo título que o anjo Gabriel a saúda como «Filha de Sião»: «Ave» (= «Alegra-te»(91). É a acção de graças de todo o povo de Deus, e portanto da Igreja, que ela faz subir até ao Pai, no Espírito Santo, com o seu cântico (92) , quando já portadora, em si, do Filho eterno.
723. Em Maria, o Espírito Santo realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo 
Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. A sua virgindade 
torna-se fecundidade única, pelo poder do Espírito e da fé  (93).
724. Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai feito Filho da Virgem. Ela éa sarça ardente da teofania definitiva: cheia do Espírito Santo, mostra o Verbo na humildade da sua carne; e é aos pobres (94) e às primícias das nações (95) que Ela O dá a conhecer.
725. Finalmente, por Maria, o Espírito começa a pôr em comunhão com Cristo os homens que são «objecto do amor benevolente de Deus» (96); e os humildes são sempre os primeiros a recebé-Lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos.
726. No termo desta missão do Espírito, Maria torna-se a «Mulher», a nova Eva «mãe dos vivos», Mãe do «Cristo total» (97). É como tal que Ela está presente com os Doze, «num só coração, assíduos na oração» (Act 1, 14), no alvorecer dos «últimos tempos», que o Espírito vai inaugurar na manhã do Pentecostes, com a manifestação da Igreja.

963. Depois de termos falado do papel da Virgem Maria no mistério de Cristo e do Espírito, é conveniente considerarmos agora o seu lugar no mistério da Igreja. «Efectivamente, a Virgem Maria [...] é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor [...]. Ao mesmo tempo, porém, é verdadeiramente "Mãe dos membros (de Cristo) [...], porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela Cabeça"» (525). «Maria, [...] Mãe de Cristo e Mãe da Igreja» (526).
964. O papel de Maria em relação à Igreja é inseparável da sua união com Cristo e decorre dela directamente. «Esta associação de Maria com o Filho na obra da salvação, manifesta-se desde a concepção virginal de Cristo até à sua morte» (527). Mas é particularmente manifesta na hora da sua paixão:«A Bem-aventurada Virgem avançou na peregrinação de fé, e manteve fielmente a sua união como Filho até à Cruz, junto da qual esteve de pé, não sem um desígnio divino; padeceu acerbamente com o seu Filho único e associou-se com coração de mãe ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da vítima que d'Ela nascera; e, por fim, foi dada por mãe ao discípulo pelo próprio Jesus Cristo, agonizante na Cruz, com estas palavras: "Mulher, eis aí o teu filho"(Jo 19, 26-27)» (528).
965. Depois da Ascensão do seu Filho, Maria «assistiu com suas orações aos começos da Igreja» (529). E, reunida com os Apóstolos e algumas mulheres, vemos «Maria implorando com as suas orações o dom daquele Espírito, que já na Anunciação a cobrira com a Sua sombra» (530).
966. «Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada pelo Senhor como rainha, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (529). A Assunção da santíssima Virgem é uma singular participação na ressurreição do seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos: «No teu parto guardaste a virgindade e na tua dormição não abandonaste a mundo, ó Mãe de Deus: alcançaste a fonte da vida. Tu que concebeste o Deus vivo e que, pelas tuas orações, hás-de livrar as nossas almas da morte» (532).
967. Pela sua plena adesão à vontade do Pai, à obra redentora do Filho e a todas as moções do Espírito Santo, a Virgem Maria é para a Igreja o modelo da fé e da caridade. Por isso, ela é «membro eminente e inteiramente singular da Igreja» (533) e constitui mesmo «a realização exemplar»,o typus, da Igreja (534).
968. Mas o seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. Ela «cooperou de modo inteiramente singular, com a sua fé, a sua esperança e a sua ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É, por essa razão, nossa Mãe, na ordem da graça» (535).969. «Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação e que manteve inabalável junto da Cruz, até à consumação perpétua de todos os eleitos. De facto, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna [...]. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira» (536).
970. «Mas a função maternal de Maria para com os homens, de modo algum ofusca ou diminui a mediação única de Cristo, mas antes manifesta a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salutar da Virgem santíssima [...] deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia» (537). «Efectivamente, nenhuma criatura pode ser equiparada ao Verbo Encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas, uma cooperação variada, que participa dessa fonte única» (538).
971. «Todas as gerações me hão-de proclamar ditosa» (Lc 1, 48): «a piedade da Igreja para com a santíssima Virgem pertence à própria natureza do culto cristão» (539). A santíssima Virgem «é com razão venerada pela Igreja com um culto especial. E, na verdade, a santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de "Mãe de Deus", e sob a sua protecção se acolhem os fiéis implorando-a em todos os perigos e necessidades [...]. Este culto [...], embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta por igual ao Verbo Encarnado, ao Pai e ao Espírito Santo, e favorece-o poderosamente» (540). Encontra a sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus (541) e na oração mariana, como o santo rosário, «resumo de todo o Evangelho» (542).
972. Depois de termos falado da Igreja, da sua origem, missão e destino, não poderíamos terminar melhor do que voltando a olhar para Maria, a fim de contemplar nela o que a Igreja é no seu mistério, na sua «peregrinação da fé», e o que será na pátria ao terminar a sua caminhada, onde a espera, na «glória da santíssima e indivisa Trindade» e «na comunhão de todos os santos» (543), Aquela que a mesma Igreja venera como Mãe do seu Senhor e como sua própria Mãe:«Assim como, glorificada já em corpo e alma, a Mãe de Jesus é imagem e início da igreja que se há-de consumar no século futuro, assim também, brilha na terra como sinal de esperança segura e de consolação, para o povo de Deus ainda peregrino» (544).
1172. «Na celebração deste ciclo anual dos mistérios de Cristo, a santa Igreja venera, com especial amor, porque indissoluvelmente unida à obra de salvação do seu Filho, a bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus; nela vê e exalta o mais excelso fruto da redenção e contempla com alegria, como numa imagem puríssima, o que ela própria deseja e espera ser inteiramente» (50).
2617. A oração de Maria é-nos revelada na aurora da plenitude dos tempos. Antes da encarnação do Filho de Deus e da efusão do Espírito Santo, a sua oração coopera de um modo único com o desígnio benevolente do Pai, aquando da Anunciação para a concepção de Cristo (87) e aquando do Pentecostes para a formação da Igreja, corpo de Cristo (88). Na fé da sua humilde serva, o Dom de Deus encontra o acolhimento que Ele esperava desde o princípio dos tempos. Aquela que o Todo-Poderoso fez «cheia de graça» responde pelo oferecimento de todo o seu ser: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». «Faça-se» é a oração cristã: ser todo para Ele, já que Ele é todo para nós.
2618. O Evangelho revela-nos como é que Maria ora e intercede na fé: em Caná (89),a Mãe de Jesus roga a seu Filho pelas necessidades dum banquete de bodas, sinal dum outro banquete, o das bodas do Cordeiro que dá o seu corpo e o seu sangue a pedido da Igreja, sua esposa . E é na hora da Nova Aliança, ao pé da cruz (90), que Maria é atendida como a Mulher, a nova Eva, a verdadeira «mãe dos vivos».
2619. É por isso que o cântico de Maria (91) o Magnificat latino, o Megalynárion bizantino – é, ao mesmo tempo, o cântico da Mãe de Deus e o da Igreja, cântico da Filha de Sião e do novo povo de Deus, cântico de acção de graças pela plenitude de graças derramadas na economia da salvação, cântico dos «pobres», cuja esperança se vê satisfeita pelo cumprimento das promessas feitas aos nossos pais, «em favor de Abraão e da sua descendência, para sempre».
2673. Na oração, o Espírito Santo une-nos à pessoa do Filho Único, na sua humanidade glorificada. É por ela e nela que a nossa oração filial comunga, na Igreja, com a Mãe de Jesus (21).
2674. Desde o consentimento prestado na fé à Anunciação e mantido sem hesitação ao pé da cruz, a maternidade de Maria estende-se aos irmãos e irmãs do seu Filho ainda peregrinos e que caminham entre perigos e angústias (22). Jesus, o único mediador, é o caminho da nossa oração; Maria, sua Mãe e nossa Mãe, é pura transparência dele: Ela «mostra o caminho» («Hodêghêtria»), é «o sinal» do caminho,segundo a iconografia tradicional no Oriente e no Ocidente.
2675. Foi a partir desta singular cooperação de Maria com a acção do Espírito Santo que as Igrejas cultivaram a oração à santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo manifestada nos seus mistérios. Nos inúmeros hinos e antífonas em que esta oração se exprime, alternam habitualmente dois movimentos: um «magnifica» o Senhor pelas «maravilhas» que fez pela sua humilde serva e, através d'Ela, por todos os seres humanos (23); o outro confia à Mãe de Jesus as súplicas e louvores dos filhos de Deus, pois Ela agora conhece a humanidade que n'Ela foi desposada pelo Filho de Deus.
2676. Este duplo movimento de oração a Maria encontrou uma expressão privilegiada na oração da «Ave-Maria»: «Ave, Maria (alegrai-vos, Maria)». A saudação do anjo Gabriel abre esta oração. É o próprio Deus que, por intermédio do seu anjo, saúda Maria. A nossa oração ousa retomar a saudação a Maria com o olhar que Deus pôs na sua humilde serva (24), alegrando-nos com a alegria que Ele n'Ela encontra (25). 
«Cheia de graça, o Senhor é convosco». As duas palavras da saudação do anjo esclarecem-se mutuamente. Maria é cheia de graça, porque o Senhor está com Ela. A graça de que Ela é cumulada é a presença d'Aquele que é a fonte de toda a graça. «Solta brados de alegria [...] filha de Jerusalém [...]; o Senhor teu Deus está no meio de ti» (Sf 3, 14. 17a). Maria, em quem o próprio Senhor vem habitar, é em pessoa a filha de Sião, a arca da aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor: é «a morada de Deus com os homens» (Ap 21, 3). «Cheia de graça», Ela dá-se toda Aquele que n'Ela vem habitar e que Ela vai dar ao mundo.
«Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus». Depois da saudação do anjo, fazemos nossa a de Isabel. «Cheia [...] do Espírito Santo» (Lc 1, 41), Isabel é a primeira, na longa sequência das gerações, a declarar Maria bem-aventurada (26): «Feliz d'Aquela que acreditou...» (Lc 1, 45); Maria é «bendita entre as mulheres», porque acreditou no cumprimento da Palavra do Senhor. Abraão, pela sua fé, tornou-se uma bênção «para todas as nações da terra» (Gn 12, 3). Pela sua fé, Maria tornou-se a mãe dos crentes, graças a quem todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: Jesus, «fruto bendito do vosso ventre».
2677. «Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós...». Com Isabel, também nós ficamos maravilhados: «E de onde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43). Porque nos dá Jesus, seu Filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos confiar-lhe todas as nossas preocupações e pedidos: Ela ora por nós como orou por si própria: «Faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com Ela à vontade de Deus: «Seja feitaa vossa vontade».
«Rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte». Pedindo a Maria que rogue por nós, reconhecemo-nos pobres pecadores e recorremos à «Mãe de misericórdia», à «Santíssima». Confiamo-nos a Ela «agora», no hoje das nossas vidas. E a nossa confiança alarga-se para lhe confiar, desde agora. Que Ela esteja então presente como na morte do seu Filho na cruz e que Ela nos acolha como nossa Mãe (27), para nos levar ao seu Filho Jesus, no Paraíso.
2678. A piedade medieval do Ocidente propagou a oração do rosário como substituto popular da Liturgia das Horas. No Oriente, a forma litânica do akáthistos e da paráclêsisficou mais próxima do ofício coral nas Igrejas bizantinas, ao passo que as tradições arménia, copta e siríaca preferiram os hinos e cânticos populares à Mãe de Deus. Mas, na Ave-Maria, nas theotokía, nos hinos de Santo Efrém ou de São Gregório de Narek, a tradição da oração é fundamentalmente a mesma.
2679. Maria é a orante perfeita, figura da Igreja. Quando Lhe oramos, aderimos com Ela ao desígnio do Pai, que envia o seu Filho para salvar todos os homens. Como o discípulo amado, nós acolhemos em nossa casa (28) a Mãe de Jesus que se tornou Mãe de todos os viventes. Podemos orar com Ela e orar-Lhe a Ela. A oração da Igreja é como que sustentada pela oração de Maria. Está-lhe unida na esperança (29).
2853. A vitória sobre o «príncipe deste mundo» (146) foi alcançada, duma vez para sempre, na «Hora» em que Jesus livremente Se entregou à morte para nos dar a sua vida. Foi o julgamento deste mundo, e o príncipe deste mundo foi «lançado fora» (147). «Pôs-se a perseguir a Mulher»(Ap 12, 13) (148), mas não logrou alcançá-la: a nova Eva, «cheia da graça» do Espírito Santo, foi preservada do pecado e da corrupção da morte (Imaculada Conceição e Assunção da santíssima Mãe de Deus, Maria, sempre Virgem). Então, «furioso contra a Mulher, foi fazer guerra contra o resto da sua descendência» (Ap 12, 17). Eis porque o Espírito e a Igreja rogam: «Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 17.20), já que a sua vinda nos libertará do Maligno.

82)  Que  nos  ensina  o  terceiro  artigo  do  Credo:  o  qual  foi  concebido  pelo  poder  do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem? 
O terceiro artigo do Credo ensinam-nos que o Filho de Deus tomou um corpo e uma alma, como nós temos, no seio puríssimo de Maria Santíssima, Pelo poder do Espírito Santo, e que nasceu desta Virgem. 
92) E a Virgem Maria, será Mãe de Deus? 
Sim, Maria Santíssima é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus Cristo, que é verdadeiro Deus. 
93) De que maneira veio Maria a ser Mãe de Jesus Cristo? 
Maria veio a ser Mãe de Jesus Cristo unicamente por virtude do Espírito Santo. 
94) É de fé que Maria foi sempre Virgem? 
Sim,  é  de  fé  que  Maria  Santíssima  foi  sempre  Virgem,  e  é  chamada  a  Virgem  por excelência. 
337) Que nos ensinam os Santos a respeito da devoção à Virgem Maria? 
A respeito da devoção a Maria, os Santos nos ensinam que os seus verdadeiros devotos são por Ela amados e protegidos com amor de Mãe muito terna, e por meio dEla têm a certeza de encontrar a Jesus Cristo, e de alcançar o Paraíso. 
338) Qual é a devoção à Virgem Maria, que a Igreja nos recomenda de modo especial? 
A  devoção  que  a  Igreja  nos  recomenda  de  modo  especial  em  honra  da  Santíssima Virgem é a reza do santo Rosário. 
943) Que é o pecado original? 
O pecado original é aquele  com o qual todos nascemos, exceto a Santíssima Virgem Maria, e que contraímos pela desobediência do nosso primeiro pai Adão. 
325) Por que é a Ave-Maria chamada saudação angélica? 
Chama-se a Ave-Maria saudação angélica, porque principia com a saudação que dirigiu à Virgem Maria o Arcanjo São Gabriel. 
326) De quem são as palavras da Ave-Maria? 
As  palavras  da  Ave-Maria  são,  em  parte  do  Arcanjo  São  Gabriel,  em  parte  de  Santa Isabel e em parte da Igreja. 
327) Quais são as palavras do Arcanjo São Gabriel? 
As palavras do  Arcanjo São Gabriel  são:  Ave, cheia de graça; o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres . 
328) Quando disse o Anjo a Maria estas palavras? 
O  Anjo  disse  a  Maria  estas  palavras  quando  Lhe  foi  anunciar  da  parte  de  Deus  o mistério da Encarnação, que nEla devia operar-se. 
329) Que temos em vista ao saudarmos a Santíssima Virgem com as mesmas palavras do Arcanjo? 
Ao  saudarmos  a  Santíssima  Virgem  com  as  mesmas  palavras  do  Arcanjo,  nós  nos congratulamos  com  Ela,  lembrando os  dons  e  singulares  privilégios  com  que  Deus  a favoreceu de preferência a todas as outras criaturas. 
330) Quais são as palavras de Santa Isabel? 
As palavras de Santa Isabel são: Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre. 
331) Quando disse Santa Isabel estas palavras? 
Santa Isabel disse estas palavras, inspirada por Deus, quando, três meses antes de nascer seu filho João Batista, foi visitada pela Santíssima Virgem, que já trazia no seio o seu Divino Filho Jesus. 
332) Que fazemos ao dizer estas palavras? 
Ao dizer estas palavras de Santa Isabel, congratulamo-nos com Maria Santíssima pela sua excelsa dignidade de Mãe de Deus, bendizemos a Deus e damos-Lhe graças por nos ter dado Jesus Cristo por meio de Maria. 
333) De quem são as demais palavras da Ave-Maria? 
Todas as demais palavras da Ave-Maria foram acrescentadas pela Igreja. 
334) Que pedimos com as últimas palavras da Ave-Maria? 
Com as últimas palavras da Ave-Maria pedimos o proteção da Santíssima Virgem no decurso  desta  vida  e  especialmente  na  hora  da  nossa  morte,  no  qual  nos  será  mais necessária. 335) Por que depois do Padre-Nosso, dizemos antes a Ave-Maria do que outra qualquer oração? 
Porque  a  Santíssima  Virgem  é  a  Advogada  mais  poderosa  junto  de  Jesus  Cristo:  por isso,  depois  de  termos  rezado  a  oração  que  Jesus  Cristo  nos  ensinou,  pedimos  à Santíssima Virgem que nos alcance as graças que imploramos. 
336) Por que motivo é tão poderosa a Santíssima Virgem? 
A Santíssima Virgem é tão poderosa, porque é Mãe de Deus, e é impossível que não seja atendida por Ele. 
337) Que nos ensinam os Santos a respeito da devoção à Virgem Maria? 
A respeito da devoção a Maria, os Santos nos ensinam que os seus verdadeiros devotos são por Ela amados e protegidos com amor de Mãe muito terna, e por meio dEla têm a certeza de encontrar a Jesus Cristo, e de alcançar o Paraíso. 
338) Qual é a devoção à Virgem Maria, que a Igreja nos recomenda de modo especial? 
A  devoção  que  a  Igreja  nos  recomenda  de  modo  especial  em  honra  da  Santíssima Virgem é a reza do santo Rosário. 




Código de Direito Canônico

§ 3. Promova-se o culto da Santíssima Virgem Maria, mesmo pela recitação do rosário mariano, a oração mental e outros exercícios de piedade, graças aos quais os alunos adquiram o espírito de oração e alcancem a fortaleza da sua vocação.

Cân. 1186 — Para fomentar a santificação do povo de Deus, a Igreja recomenda à veneração peculiar e filial dos fiéis a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, que Jesus Cristo constituiu Mãe de todos os homens,

§ 4. Honrem com culto especial, mesmo com o rosário mariano, a virgem Mãe de Deus, exemplo e protecção de toda a vida consagrada.

E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem.

5.° recomenda-se-lhes que façam regularmente oração mental, se aproximem frequentemente do sacramento da penitência, honrem com particular veneração a Virgem Mãe de Deus e empreguem outros meios de santificação comuns e particulares.




Papa Francisco
A vida de Maria mostra que Deus cumpre grandes obras através dos mais humildes. Maria é cheia de graça. Ela nos oferece um refúgio seguro no momento da tentação.

No mês de maio elevemos o olhar à Mãe de Deus, sinal de consolação e esperança segura, e Rezemos Juntos o Rosário para enfrentar juntos as provações deste tempo e estar ainda mais unidos como família espiritual. 

A Virgem Maria é o "caminho" que o próprio Deus preparou para vir ao mundo. Rezemos Juntos confiando à sua intercessão a expectativa de salvação e de paz de todos os homens e mulheres do nosso tempo.





Minhas recomendações
Consagre-se a Virgem Maria! Reze diariamente o rosário.
Peça pelas graças e pela intercessão da Virgem Maria.
Estude as mensagens das aparições da Vigem Maria.
Seja devoto da santíssima mãe de Deus.
Ame de coração a Virgem Maria.
A Virgem Maria não pode ter morrido ou dormido antes de subir ao céu porque ela foi concebida livre do pecado original, porque ela nunca pecou e porque provavelmente ela deve ter recebido a Eucaristia. Concluímos que a morte não teve poder sobre a Virgem Maria.  
A Virgem Maria foi arrebatada viva como ela própria diz nas mensagens em Medjugorje: Vós me perguntais sobre minha assunção. Sabei que subi ao céu antes da morte.” (15 de agosto de 1981 Medjugoje)