São José

 José, seu marido, era justo.
José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado.
E José deu a ele o nome de Jesus.
José levantou-se de noite, pegou o menino e a mãe dele, e partiu para o Egito.
José levantou-se, pegou o menino e a mãe dele, e voltou para a terra de Israel.  
(Evangelho)





Bíblia Católica

Novo Testamento

Depois do exílio na Babilônia, Jeconias foi o pai de Salatiel; Salatiel foi o pai de Zorobabel.  Zorobabel foi o pai de Abiud; Abiud foi o pai de Eliaquim; Eliaquim foi o pai de Azor.  Azor foi o pai de Sadoc; Sadoc foi o pai de Aquim; Aquim foi o pai de Eliud.  Eliud foi o pai de Eleazar; Eleazar foi o pai de Matã; Matã foi o pai de Jacó.  Jacó foi o pai de José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Messias.

A origem de Jesus, o Messias, foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.  José, seu marido, era justo. Não queria denunciar Maria, e pensava em deixá-la, sem ninguém saber.  Enquanto José pensava nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: "José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.  Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados."

Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado: levou Maria para casa,  e, sem ter relações com ela, Maria deu à luz um filho. E José deu a ele o nome de Jesus.

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José, e lhe disse: "Levante-se, pegue o menino e a mãe dele, e fuja para o Egito! Fique lá até que eu avise. Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo."  José levantou-se de noite, pegou o menino e a mãe dele, e partiu para o Egito.  Aí ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito por meio do profeta: "Do Egito chamei o meu filho."

Quando Herodes morreu, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito,  e lhe disse: "Levante-se, pegue o menino e a mãe dele, e volte para a terra de Israel, pois já estão mortos aqueles que procuravam matar o menino."  José levantou-se, pegou o menino e a mãe dele, e voltou para a terra de Israel.  Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judéia, como sucessor do seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber aviso em sonho, José partiu para a região da Galiléia,  e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: "Ele será chamado Nazareno."

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré.  Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria.

José era da família e descendência de Davi. Subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, até à cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia,  para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. 

Quando os anjos se afastaram, voltando para o céu, os pastores combinaram entre si: "Vamos a Belém, ver esse acontecimento que o Senhor nos revelou."  Foram então, às pressas, e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 

Todos aprovavam Jesus, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: "Este não é o filho de José?"  Mas Jesus disse: "Sem dúvida vocês vão repetir para mim o provérbio: Médico,cura-te a ti mesmo.

No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a Galiléia. Encontrou Filipe e disse: "Siga-me."  Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro.  Filipe se encontrou com Natanael e disse: "Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas: é Jesus de Nazaré, o filho de José."

As autoridades dos judeus começaram a criticar, porque Jesus tinha dito: "Eu sou o pão que desceu do céu."  E comentavam: "Esse Jesus não é o filho de José? Nós conhecemos o pai e a mãe dele. Como é que ele diz que desceu do céu?"  Jesus respondeu: "Parem de criticar.  Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai, e eu o ressuscitarei no último dia.  

Ao vê-lo, seus pais ficaram emocionados. Sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura."  Jesus respondeu: "Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai?"  Mas eles não compreenderam o que o menino acabava de lhes dizer.




Atos dos Apóstolos
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Antigo Testamento
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Catecismo da Igreja Católica

José foi convidado por Deus a «levar para sua casa Maria, sua esposa», grávida d'«Aquele que nela foi gerado pelo poder do Espírito Santo» (Mt 1, 20), para que Jesus, «chamado Cristo», nascesse da esposa de José, na descendência messiânica de David (Mt 1, 16) (33).

488. «Deus enviou o seu Filho» (GI 4, 4). Mas, para Lhe «formar um corpo» (129), quis a livre cooperação duma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia, «virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da virgem era Maria» (Lc1, 26-27).

«O que foi gerado nela vem do Espírito Santo», diz o anjo a José, a respeito de Maria, sua esposa (Mt 1, 20).

532. A submissão de Jesus à sua Mãe e ao seu pai legal foi o cumprimento perfeito do quarto mandamento. É a imagem temporal da sua obediência filial ao Pai celeste. A submissão diária de Jesus a José e a Maria anunciava e antecipava a submissão de Quinta-Feira Santa: «Não se faça a minha vontade [...]» (Lc 22, 42).

534. O reencontro de Jesus no templo (250) é o único acontecimento que quebra o silêncio dos evangelhos sobre os anos ocultos de Jesus. Nele, Jesus deixa entrever o mistério da sua consagração total à missão decorrente da sua filiação divina: «Não sabíeis que Eu tenho de estar na casa do meu Pai?». Maria e José «não compreenderam» esta palavra, mas acolheram-na na fé.

564. Pela sua submissão a Maria e a José, assim como pelo seu trabalho humilde em Nazaré durante longos anos, Jesus dá-nos o exemplo da santidade na vida quotidiana da família e do trabalho.

583. Jesus, como antes d'Ele os profetas, professou pelo templo de Jerusalém o mais profundo respeito. Ali foi apresentado por José e Maria, quarenta dias depois do seu nascimento (375). Na idade de doze anos, decidiu ficar no templo para lembrar aos seus pais que tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai (376). 

1655. Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada Família de José e de Maria.

O anjo assim o disse a José: «Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados» (Mt 1, 21).





Virgem Maria de Medjugorje
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Código de Direito Canônico

O que Deus benigníssimo se digne conceder pela intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, do seu esposo S. José, Patrono da Igreja.

Cân. 1246 — § l. O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se como dia festivo de preceito em toda a Igreja. Do mesmo modo devem guardar-se os dias do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, Epifania, Ascensão e santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Santa Maria Mãe de Deus, e sua Imaculada Conceição e Assunção, São José e os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e finalmente de Todos os Santos.




Encíclica Quamquam Pluries

Para fazer com que Deus seja mais favorável às nossas orações, e para que – entre tantos intercessores que podem ser invocados – derrame mais pronta e copiosamente auxílio à sua Igreja, cremos muito útil que o povo cristão se habitue a rogar com devoção e confiança, juntamente com a Virgem Mãe de Deus, também o seu castíssimo esposo São José.

As razões pelas quais São José deve ser tido como Patrono da Igreja residem sobretudo no fato de que ele é esposo de Maria e pai putativo de Jesus Cristo. Daqui derivam toda a sua grandeza, graça, santidade e glória. Sabemos que a dignidade da Mãe de Deus é altíssima e que não pode haver uma maior. Mas dado que entre a beatíssima Mãe de Deus e São José existe um verdadeiro vínculo matrimonial, é também certo que São José, mais que qualquer outro, se aproximou daquela altíssima dignidade que faz da Mãe de Deus a criatura mais sublime.

Ele eleva-se entre todos em dignidade também porque, por vontade de Deus, foi guarda e, na opinião de todos, pai do Filho de Deus. Em consequência, o Verbo de Deus foi humildemente submisso a José, obedeceu-lhe e prestou-lhe a honra e o respeito que o filho deve ao seu pai. 

São José foi guarda legítimo e natural da Sagrada Família, e ao mesmo tempo seu chefe e defensor. Foi ele, de fato, que guardou com sumo amor e contínua vigilância a sua esposa e o Filho divino; foi ele que proveu o seu sustento com o trabalho; ele que os afastou do perigo a que os expunha o ódio de um rei, levando-o a salvo para fora da pátria, e nos desconfortos das viagens e nas dificuldades do exílio foi de Jesus e Maria companheiro inseparável, socorro e conforto. Pois bem: a Sagrada Família, que José governou com autoridade de pai, era o berço da Igreja nascente.

Ele, como esposo de Maria e pai putativo de Jesus, tem uma autoridade semelhante a de um pai. É, portanto, justo e digno de São José, que assim como ele guardou no seu tempo a família de Nazaré, também agora guarde e defenda com seu patrocínio a Igreja de Deus.

José foi predestinado a guardar a cristandade e deve ser tido como defensor da Igreja, que efetivamente é a Casa do Senhor e o reino de Deus na terra. Todos os cristãos, por isso, de quaisquer condições e estado, têm bons motivos para se confiarem e se abandonarem à amorosa proteção de São José. 

José, contente do seu trabalho e do pouco que possuía, viveu com coragem e nobreza as angústias da vida, seguindo nisto o exemplo de Jesus, que embora sendo Senhor de tudo, fez-se servo de todos e não desdenhou abraçar voluntariamente a pobreza. 
Estas considerações devem elevar o ânimo de quem é pobre e ganha o pão com seu trabalho, e fazê-lo raciocinar retamente.




Encíclica Patris Corde

A grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, “colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico”.

São Paulo VI faz notar que a sua paternidade se exprimiu, concretamente, “em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa”.

José acolhe Maria, sem colocar condições prévias. Confia nas palavras do anjo. “A nobreza do seu coração fá-lo subordinar à caridade aquilo que aprendera com a lei; e hoje, neste mundo onde é aberto a violência psicológica, verbal e física contra a mulher, José apresenta-se como figura de homem respeitoso, delicado que, mesmo não dispondo de todas as informações, se decide pela honra, dignidade e vida de Maria. E, na sua dúvida sobre o melhor a fazer, Deus ajudou-o a escolher iluminando o seu discernimento”.

José deixa de lado os seus raciocínios para dar lugar ao que sucede e, por mais misterioso que possa aparecer a seus olhos, acolhe-o, assume a sua responsabilidade e reconcilia-se com a própria história.

José é o homem por meio de quem Deus cuida dos primórdios da história da redenção; é o verdadeiro “milagre”, pelo qual Deus salva o Menino e sua mãe.  O Céu intervém, confiando na coragem criativa deste homem que, tendo chegado a Belém e não encontrando alojamento onde Maria possa dar à luz, arranja um estábulo e prepara-o de modo a tornar-se o lugar mais acolhedor possível para o Filho de Deus, que vem ao mundo. Face ao perigo iminente de Herodes, que quer matar o Menino, de novo em sonhos José é alertado para O defender e, no coração da noite, organiza a fuga para o Egito.

 O Filho do Todo-Poderoso vem ao mundo, assumindo uma condição de grande fragilidade. Necessita de José para ser defendido, protegido, cuidado e criado. Deus confia neste homem, e o mesmo faz Maria que encontra em José aquele que não só Lhe quer salvar a vida, mas sempre a sustentará a Ela e ao Menino. 

Todo o necessitado, pobre, atribulado, moribundo, forasteiro, recluso, doente são “o Menino” que José continua a guardar. Por isso mesmo, São José é invocado como protetor dos miseráveis, necessitados, exilados, aflitos, pobres, moribundos.

De José, devemos aprender o mesmo cuidado e responsabilidade: amar o Menino e sua mãe; amar os Sacramentos e a caridade; amar a Igreja e os pobres. Cada uma destas realidades é sempre o Menino e sua mãe.

São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.

O trabalho torna-se participação na própria obra da salvação, oportunidade para apressar a vinda do Reino.

A castidade é a liberdade da posse em todos os campos da vida. Um amor só é verdadeiramente tal, quando é casto. 

José soube amar de maneira extraordinariamente livre. Nunca se colocou a si mesmo no centro; soube descentralizar-se, colocar Maria e Jesus no centro da sua vida.

A felicidade de José não se situa na lógica do sacrifício de si mesmo, mas na lógica do dom de si mesmo. Naquele homem, nunca se nota frustração, mas apenas confiança. O seu silêncio persistente não inclui lamentações, mas sempre gestos concretos de confiança.

Só nos resta implorar, de São José, a graça das graças: a nossa conversão.




Papa Francisco

Deus confia a SãoJosé a missão de ser guardião de Maria e de Jesus. Nele vemos qual é o centro da vocação cristã: Cristo! Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros!





Minhas Observações

Provavelmente São José não morreu porque a Bíblia não menciona nada sobre a morte dele. São José pode muito bem ter sido arrebatado vivo e provavelmente foi arrebatado vivo como foi sua esposa virgem Maria arrebatada viva como ela própria diz nas mensagens em Medjugorje: Vós me perguntais sobre minha assunção. Sabei que subi ao céu antes da morte.” (15 de agosto de 1981 Medjugore)

São José foi um homem justo, isso quer dizer que ele era santo e cumpria a vontade de Deus com perfeição. Além disso, José era virgem e pobre, totalmente desapegado ao materialismo. Sem dúvida São José é um exemplo de pessoa, um exemplo de pai e um exemplo de seguimento a vontade de Deus por sua obediência aos anjos de Deus.

São José é protetor porque na terra foi avisado pelo anjo dos perigos que passavam a Virgem Maria e o menino Jesus Cristo e agia conforme o anjo pedia. Concluímos que São José prevê os perigos e nos protege.