Caridade

Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. 
Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. 
Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação. 
(Madre Teresa de Calcutá)




Bíblia Católica

Novo Testamento

Apóstolo São Paulo: Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, pois toda Lei se encerra num só preceito: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." "Ninguém pode servir a dois senhores. Porque, ou odiará a um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e às riquezas."

Relação com o próximo -* "Por isso, quando você der esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. Ao contrário, quando você der esmola, que a sua esquerda não saiba o que a sua direita faz, para que a sua esmola fique escondida; e seu Pai, que vê o escondido, recompensará você." 

Jesus desmascara os hipócritas -* Enquanto Jesus falava, um fariseu o convidou para jantar em casa. Jesus entrou, e se pôs à mesa. Ofariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tinha lavado as mãos antes da refeição. O Senhor disse ao fariseus "Vocês, fariseus, limpam o copo e o prato por fora, mas o interior de vocês está cheio de roubo e maldade. Gente sem juízo! Aquele que fez o exterior, não fez também o interior? Antes, dêem em esmola o que vocês possuem, e tudo ficará puro para vocês. Mas, ai de vocês, fariseus, porque vocês pagam o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixam de lado a justiça e o amor de Deus. Vocês deveriam praticar isso, sem deixar de lado aquilo. Ai de vocês, fariseus, porque gostam do lugar de honra nas sinagogas, e de serem cumprimentados em praças públicas. Ai de vocês, porque são como túmulos que não se vêem, e os homens pisam sobre eles sem saber." 

Portanto, busquem o Reino dele, e Deus dará a vocês essas coisas em acréscimo. Não tenha medo, pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino. Vendam os seus bens e deem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que não envelhecem, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão não chega, nem a traça rói. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração."

Jesus Cristo disse: Em verdade vos digo: Sempre que fizerdes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo que o fizestes.

O nome de Jesus liberta -* Pedro e João iam subindo ao Templo para a oração das três horas da tarde, quando viram trazer um homem, coxo de nascença. Costumavam colocá-lo todos os dias  na porta do Templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam no Templo. Quando viu Pedro e João entrando no Templo, o homem pediu uma esmola. Pedro e João olharam bem para o homem. E Pedro disse: "Olhe para nós." O homem olhou os dois com atenção, esperando receber alguma coisa. Então Pedro disse: "Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu lhe dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareu, levante-se e comece a andar!" Depois Pedro pegou a mão direita do homem e o ajudou a se levantar. Na mesma hora, os pés e tornozelos do homem ficaram firmes. Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. 

Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, nome que quer dizer Gazela. Ela praticava muitas obras boas e dava grandes esmolas. Nesses dias, ela ficou doente e morreu. Então lavaram seu corpo e o colocaram no piso superior da casa. Como Lida ficava perto de Jope, os discípulos, ouvindo dizer que Pedro estava lá, mandaram dois homens com um recado: "Venha sem demora até nós!" Pedro partiu imediatamente com eles. Logo que chegou, os presentes o levaram ao piso superior, onde as viúvas foram ao seu encontro. Chorando, todas mostravam a Pedro as túnicas e mantos que Tabita havia feito quando vivia com elas. Pedro mandou que todas saíssem; em seguida se pôs de joelhos e rezou. Depois, voltou-se para o corpo e disse: "Tabita, levante-se!" Ela então abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se. Pedro lhe deu a mão e ajudou para ela se levantar. Depois chamou os fiéis e as viúvas, e apresentou-lhes Tabita viva. O fato ficou conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos acreditaram no Senhor. 

Quebrando barreiras - Na cidade de Cesaréia morava um homem chamado Cornélio, centurião da coorte chamada Itálica. Era piedoso e, junto com todos os da sua família, pertencia ao grupo dos tementes a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava sempre a Deus. 
Certo dia, pelas três horas da tarde, Cornélio teve uma visão. Viu claramente que um anjo de Deus vinha ao seu encontro, chamando: "Cornélio!" E Cornélio olhou para ele; e cheio de medo perguntou: "O que há, Senhor?" O anjo respondeu: "As orações e esmolas que você fez foram aceitas por Deus em seu favor.  

Nisto sabemos o que é o amor: Jesus deu a vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos. Se alguém possui riquezas neste mundo e vê o seu irmão passar necessidade, mas diante dele fecha o seu coração, como pode o amor de Deus permanecer nele?

O juízo final -* "Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita, e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro, e me receberam em sua casa; eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram.’ 
Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastem-se de mim, malditos. Vão para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu estava com fome, e vocês não me deram de comer; eu estava com sede, e não me deram de beber;    eu era estrangeiro, e vocês não me receberam em casa; eu estava sem roupa, e não me vestiram; eu estava doente e na prisão, e vocês não me foram visitar’. Também estes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou sem roupa, doente ou preso, e não te servimos?’ Então o Rei responderá a esses: ‘Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizeram’. Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna." 





Atos dos Apóstolos

Com efeito, se por causa de teu alimento teu irmão fica chocado, já não te comportas conforme a caridade.

Peço-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pela caridade do Espírito, que me ajudeis em minha luta por meio das orações que fazeis a Deus por mim...

Mas a ciência envaidece, a caridade, porém, edifica. 

Eu vos peço, pois, que façais prevalecer para com ele a caridade.

Ao contrário, vivendo segundo a verdade na caridade, cresceremos de toda maneira em direção Àquele que é a Cabeça, o Cristo...

Prestemos atenção uns aos outros para nos estimular à caridade e às boas obras...

A vós, misericórdia, paz e caridade em abundância.





Antigo Testamento

Saúdem-se uns aos outros com o beijo da caridade. 

Mesmo que ele fique caduco, seja compreensivo e não o despreze, enquanto você está em pleno vigor, pois a caridade feita ao pai não será esquecida, e valerá como reparação pelos pecados que você tiver cometido.    

Onde estão as suas esmolas? Onde está o bem que você fez? Está vendo a que ponto chegou?!

Dê esmolas daquilo que você possui, e não seja mesquinho. Se você vê um pobre, não desvie o rosto, e Deus não afastará seu rosto de você. Que sua esmola seja proporcional aos bens que você possui: se você tem muito, dê muito; se você tem pouco, não tenha receio de dar conforme esse pouco. Assim você estará guardando um tesouro para o dia da necessidade, pois a esmola livra da morte e não deixa cair nas trevas. Quem dá esmola, apresenta uma boa oferta ao Altíssimo. 

Reparta seu pão com quem tem fome e suas roupas com quem está nu. Dê como 
esmola tudo o que você tem de supérfluo, e não seja mesquinho.

Vale mais a oração com jejum e a esmola com justiça, do que a riqueza adquirida com a injustiça. É melhor praticar a esmola do que acumular ouro. A esmola livra da morte e purifica de todo pecado. Quem pratica esmola, terá vida longa. Os pecadores e injustos são inimigos de si próprios.  

Agora, meus filhos, eu lhes recomendo: Sirvam a Deus com sinceridade e façam sempre o que ele aprova. Ensinem aos seus filhos a prática da justiça e da esmola, e a se lembrarem de Deus e louvarem o seu Nome por todo o tempo, com sinceridade e com todas as forças. 

Portanto, meus filhos, vejam quais são os frutos da esmola, e quais são os frutos da injustiça, que mata! 

Ele dá esmola aos indigentes. Sua justiça permanece para sempre, e ele ergue a fronte com dignidade. 

O olhar do pobre -* A água apaga o fogo, e a esmola apaga os pecados. Quem retribui com o bem armazena para o futuro, e no tempo de sua queda encontrará apoio. 

Não diga: "Deus levará em conta as minhas numerosas ofertas, e quando eu as oferecer ao Deus Altíssimo, ele as aceitará". Não seja vacilante na oração, nem deixe de dar esmola. 

Faça o bem ao justo, e você será recompensado, ou por ele ou pelo Altíssimo.   
Não existe recompensa para quem persevera no mal e se recusa a dar esmola.  

Todo aquele que dá esmola terá uma recompensa, e cada um será tratado segundo as próprias ações. 

A esmola que o homem faz é para ele mesmo um selo, e ele conserva uma boa obra como a pupila do próprio olho.  Por fim, Deus se levantará para lhes dar a recompensa, devolvendo a cada um o que cada um merece.

Agir com generosidade -* Meu filho, quando você faz um favor, não repreenda, nem ofenda com palavras ao dar esmola. 

Treinamento para a partilha -* Com o pobre, porém, seja compreensivo, e não o faça esperar muito pela esmola.

Dê esmola daquilo que você tem nos celeiros, e ela o livrará de qualquer desgraça;    mais do que forte escudo e lança pesada, ela combaterá por você diante do inimigo.

Observar a Lei vale mais do que oferecer sacrifícios, e observar os mandamentos é como oferecer sacrifício de comunhão. Retribuir um favor é como oferecer flor de farinha, e dar esmola é como oferecer sacrifício de louvor. O que agrada ao Senhor é afastar-se do mal, e o sacrifício pelo pecado é afastar-se da injustiça. 

Irmãos e ajuda são úteis no tempo da aflição, mas acima dos dois está a esmola que liberta. 

Se houver em teu meio algum pobre entre teus irmãos, em alguma de tuas cidades, na terra que Javé, teu Deus, te dá, não endurecerás teu coração nem fecharás tua mão diante de teu irmão pobre, 8mas tu lhe abrirás com largueza tua mão e lhe emprestarás generosamente o que precisar para atender a sua necessidade... 0Sem falta lhe darás, e lhe darás de bom grado; assim Javé, teu Deus, te abençoará em toda obra tua e em todo empreendimento teu. 11Porque jamais deixará de haver pobres nesta terra; por isso eu te ordeno: abre tua mão com largueza a teu irmão, a teu necessitado, a teu pobre em tua terra. 





Mensagens da Rainha em Medjugorje:

Façam morrer tudo o que impede vocês de amar e servir.

“Queridos filhos; Com amor maternal e paciência maternal novamente Eu chamo vocês a viverem de acordo com o Meu Filho – a espalharem a Sua paz e o Seu amor – de modo que, como Meus apóstolos vocês possam aceitar a verdade de Deus com todo o seu coração e rezarem para o Santo Espírito guiar vocês. Então vocês serão capazes de servir fielmente o Meu Filho e mostrar o Seu amor aos outros com a Sua vida.

Meus filhos, caminhem em direção a Jesus. Sejam um com Ele. Sejam filhos de Deus. Amem os seus pastores como Meu Filho os amou quando Ele os chamou para servirem vocês. 

Queridos filhos: Eu os convido a se preparar para a festa do Natal com a oração, a penitência e as obras de caridade. Não deem importância, queridos filhos, às coisas materiais, porque com elas não serão capazes de apreciar o Natal. Obrigada por terem atendido a Meu chamado.







Catecismo da Igreja Católica

Este é sem dúvida o caminho melhor, que o mesmo apóstolo seguia quando fundamentava a sua doutrina e ensino na caridade que não acaba nunca. A finalidade da doutrina e do ensino deve fixar-se toda no amor, que não acaba. Podemos expor muito bem o que se deve crer, esperar ou fazer; mas, sobretudo, devemos pôr sempre em evidência o amor de nosso Senhor, de modo que cada qual compreenda que qualquer acto de virtude perfeitamente cristão, não tem outra origem nem outro fim senão o amor (12).

Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente (37); ela deve «agir pela caridade» (Gl 5, 6) (38), ser sustentada pela esperança (39) e permanecer enraizada na fé da Igreja.

361. «Esta lei de solidariedade humana e de caridade» (225), sem excluir a rica variedade das pessoas, das culturas e dos povos, assegura-nos que todos os homens são verdadeiramente irmãos.

735. Ele dá-nos então as «arras» ou as «primícias» da nossa herança (111): a própria vida da Santíssima Trindade, que consiste em amar «como Ele nos amou» (112). Este amor (a caridade de que se fala em 1 Cor 13) é o princípio da vida nova em Cristo, tornada possível graças ao facto de termos «recebido uma força vinda do alto, a do Espírito Santo»(Act 1, 8).

736. É graças a esta força do Espírito que os filhos de Deus podem dar fruto. Aquele que nos enxertou na verdadeira Vide far-nos-á dar «os frutos do Espírito: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio» (Gl 5, 22-23).

773. Na Igreja, esta comunhão dos homens com Deus pela «caridade, que não passa jamais» (1 Cor 13, 8), é o fim que comanda tudo quanto nela é meio sacramental, ligado a este mundo que passa (196). 

É o mesmo Espírito que distribui os seus vários dons, segundo a sua riqueza e as necessidades dos ministérios para utilidade da Igreja» (233). A unidade do Corpo Místico produz e estimula a caridade entre os fiéis: «Daí que, se algum membro padece, todos os membros sofrem juntamente; e se algum membro recebe honras, todos se alegram» (234).

798. O Espírito Santo é «o princípio de toda a acção vital e verdadeiramente salvífica em cada uma das diversas partes do Corpo» (252), Ele realiza, de múltiplas maneiras, a edificação de todo o Corpo na caridade (253)

815. Quais são os vínculos da unidade? «Acima de tudo, a caridade, que é o vínculo da perfeição» (Cl 3, 14).

819.  Além disso, existem fora das fronteiras visíveis da Igreja Católica, «muitos elementos de santificação e de verdade» (279): «a Palavra de Deus escrita, a vida da graça, a fé, a esperança e a caridade, outros dons interiores do Espírito Santo e outros elementos visíveis» (280). 

826. A caridade é a alma da santidade à qual todos são chamados: «É ela que dirige todos os meios de santificação, lhes dá alma e os conduz ao seu fim»(302):

834. As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma de entre elas: a Igreja Romana, «que preside à caridade» (321).

837. «Estão plenamente incorporados na sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos, e que, além disso, pelos laços da profissão de fé, dos sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão, estão unidos no todo visível da Igreja, com Cristo que a dirige por meio do Sumo Pontífice e dos bispos. Mas a incorporação não garante a salvação àquele que, por não perseverar na caridade, está no seio da Igreja «de corpo» mas não «de coração» (327).

Segundo as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado» (383).

915. Os conselhos evangélicos são, na sua multiplicidade, propostos a todos os discípulos de Cristo. A perfeição da caridade, a que todos os fiéis são chamados, comporta, para aqueles que livremente assumem o chamamento à vida consagrada, a obrigação de praticar a castidade no celibato por amor do Reino, a pobreza e a obediência. É a profissão destes conselhos, num estado de vida estável reconhecido pela Igreja, que caracteriza a «vida consagrada» a Deus (468).

916. A partir daí, o estado de vida consagrada aparece como uma das maneiras de viver uma consagração «mais íntima», radicada no Baptismo e totalmente dedicada a Deus (469). Na vida consagrada, os fiéis propõem-se, sob a moção do Espírito Santo, seguir Cristo mais de perto, entregar-se a Deus amado acima de todas as coisas e, procurando a perfeição da caridade ao serviço do Reino, ser na Igreja sinal e anúncio da glória do mundo que há-de vir (470).

928. «Instituto secular é o instituto de vida consagrada, em que os fiéis, vivendo no século, se esforçam por atingir a perfeição da caridade e por contribuir, sobretudo a partir de dentro, para a santificação do mundo» (489).

930. Aproximam-se das diversas formas de vida consagrada, «as sociedades de vida apostólica, cujos membros, sem votos religiosos, prosseguem o fim apostólico próprio da sociedade e, vivendo em comum a vida fraterna, de acordo com a própria forma de vida, tendem, pela observância das constituições, à perfeição da caridade. 

953. A comunhão da caridade: na sanctorum com munio, «nenhum de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós morre para si mesmo» (Rm 14, 7). «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro for honrado por alguém, todos os membros se alegram com ele. Vós sois Corpo de Cristo e seus membros, cada um na parte que lhe diz respeito» (1 Cor 12, 26-27). «A caridade não é interesseira» (1 Cor 13, 5) (512). O mais insignificante dos nossos actos, realizado na caridade, reverte em proveito de todos, numa solidariedade com todos os homens. Pelo contrário, todo o pecado prejudica esta comunhão.

957. A comunhão com os santos. «Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. 

967. Pela sua plena adesão à vontade do Pai, à obra redentora do Filho e a todas as moções do Espírito Santo, a Virgem Maria é para a Igreja o modelo da fé e da caridade. 

968. Mas o seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. Ela «cooperou de modo inteiramente singular, com a sua fé, a sua esperança e a sua ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É, por essa razão, nossa Mãe, na ordem da graça» (535).

1077. «Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, nos céus, nos encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. Foi assim que, n' Ele, nos escolheu antes da criação do mundo, para sermos, na caridade, santos e irrepreensíveis na sua presença. 

Por isso, a Igreja pede ao Pai que envie o Espírito Santo, para que faça da vida dos fiéis uma oferenda viva para Deus pela transformação espiritual à imagem de Cristo, pela preocupação com a unidade da Igreja e pela participação na sua missão, mediante o testemunho e o serviço da caridade.

1134. O fruto da vida sacramental é, ao mesmo tempo, pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é, para todo o fiel, viver para Deus em Cristo Jesus; por outro, é para a Igreja crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.

1394. Tal como o alimento corporal serve para restaurar as forças perdidas, assim também a Eucaristia fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a enfraquecer-se; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais (233). Dando-Se a nós, Cristo reaviva o nosso amor e torna-nos capazes de quebrar as ligações desordenadas às criaturas e de nos radicarmos n'Ele.

1395. Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia preserva-nos dos pecados mortais futuros.

Santo Agostinho exclama: «O sacramentum pietatis! O signum unitatis! O vinculum caritatis! – Ósacramento da piedade, ó sinal da unidade, ó vínculo da caridade!» 

1416. A sagrada Comunhão do corpo e sangue de Cristo aumenta a união do comungante com o Senhor perdoa-lhe os pecados veniais e preserva-o dos pecados graves. E uma vez que os laços da caridade entre o comungante e Cristo são reforçados, a recepção deste sacramento reforça a unidade da Igreja, corpo Místico de Cristo.

1434. A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a esmola que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros. A par da purificação radical operada pelo Baptismo ou pelo martírio, citam, como meios de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo (27), a intercessão dos santos e a prática da caridade «que cobre uma multidão de pecados» (1 Pe 4, 8).

Uma conversão procedente duma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista (82).

1478. A indulgência obtém-se mediante a Igreja que, em virtude do poder de ligar e desligar que lhe foi concedido por Jesus Cristo, intervém a favor dum cristão e lhe abre o tesouro dos méritos de Cristo e dos santos, para obter do Pai das misericórdias o perdão das penas temporais devidas pelos seus pecados. É assim que a Igreja não quer somente vir em ajuda deste cristão, mas também incitá-lo a obras de piedade, penitência e caridade» (88).

1492. O arrependimento (também chamado contrição) deve inspirar-se em motivações que brotam da fé. Se for motivado pelo amor de caridade para com Deus, diz-se «perfeito»; se fundado em outros motivos, diz-se «imperfeito».

Com a ajuda da graça, crescem na virtude (Artigo 7), evitam o pecado e, se o cometeram, entregam-se como o filho pródigo (1) à misericórdia do Pai dos céus (Artigo 8).Atingem, assim, a perfeição da caridade.

Na união com o seu Salvador, o discípulo atinge a perfeição da caridade, que é a santidade. 

Em Cristo, os sentimentos humanos podem alcançar a sua consumação na caridade e na bem-aventurança divina.

A caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência.

1794. A consciência boa e pura é iluminada pela fé verdadeira. Porque a caridade procede, ao mesmo tempo, «dum coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera» (1 Tm 1, 5) (58).

São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade (66).

«O justo viverá pela fé» (Rm 1, 17). A fé viva «actua pela caridade» (Gl 5, 6).

ânimo que a esperança dá preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade.

«Revistamo-nos com a couraça da fé e da caridade, com o capacete da esperança da salvação» (1 Ts 5, 8).


1822. A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus.

1823. Jesus faz da caridade o mandamento novo (75). Amando os seus «até ao fim» (Jo 13, 1), manifesta o amor do Pai, que Ele próprio recebe. E os discípulos, amando-se uns aos outros, imitam o amor de Jesus, amor que eles recebem também em si. É por isso que Jesus diz: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor» (Jo 15, 9). E ainda: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei»(Jo 15, 12).

1824. Fruto do Espírito e plenitude da Lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e do seu Cristo: «Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor» (Jo 15, 9-10) (76).

1825. Cristo morreu por amor de nós, sendo nós ainda «inimigos» (Rm 5, 10). O Senhor pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos (77), que nos façamos o próximo do mais afastado (78), que amemos as crianças (79) e os pobres como a Ele próprio (80).O apóstolo São Paulo deixou-nos um incomparável quadro da caridade: «A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse, não se imita, não guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta» (1Cor 13, 4-7).

1826. Sem a caridade, diz ainda o Apóstolo, «nada sou». E tudo o que for privilégio, serviço, ou mesmo virtude..., se não tiver caridade «de nada me aproveita» (81). A caridade é superior a todas as virtudes. É a primeira das virtudes teologais: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13).

1827. O exercício de todas as virtudes é animado e inspirado pela caridade. Esta é o «vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) e a forma das virtudes: articula-as e ordena-as entre si; é a fonte e o termo da sua prática cristã. A caridade assegura e purifica a nossa capacidade humana de amar e eleva-a à perfeição sobrenatural do amor divino.1828. A prática da vida moral animada pela caridade dá ao cristão a liberdade espiritual dos filhos de Deus. O cristão já não está diante de Deus como um escravo, com temor servil, nem como o mercenário à espera do salário, mas como um filho que corresponde ao amor «d'Aquele que nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19):«Nós, ou nos desviamos do mal por temor do castigo e estamos na atitude do escravo, ou vivemos à espera da recompensa e parecemo-nos com os mercenários; ou, finalmente, é pelo bem em si e por amor d'Aquele que manda, que obedecemos [...], e então estamos na atitude própria dos filhos»(82).

1829 Os frutos da caridade são: a alegria, a paz e a misericórdia; exige a prática do bem e a correcção fraterna; é benevolente; suscita a reciprocidade, é desinteressada e liberal: é amizade e comunhão: «A consumação de todas as nossas obras é o amor. É nele que está o fim: é para a conquista dele que corremos; corremos para lá chegar e, uma vez chegados, é nele que descansamos» (83).

1832. Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós, como primícias da glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze: «caridade, alegria, paz, paciência, bondade, longanimidade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade» (Gl 5, 22-23 segundo a Vulgata).

1841. São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade (85). Informam e vivificam todas as virtudes morais.

1844. Pela caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o «vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes.

Mas é também no coração que reside a caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado ofende.

1855. O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infracção grave à Lei de Deus. Desvia o homem de Deus, que é o seu último fim, a sua bem-aventurança, preferindo-Lhe um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofendendo-a e ferindo-a.

1856. O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, torna necessária uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração que normalmente se realiza no quadro do sacramento da Reconciliação:

«Quando [...] a vontade se deixa atrair por uma coisa de si contrária à caridade, pela qual somos ordenados para o nosso fim último, o pecado, pelo seu próprio objecto, deve considerar-se mortal [...]

1861. O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no Inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis. 

1863. O pecado venial enfraquece a caridade, traduz um afecto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal. No entanto, o pecado venial não quebra a aliança com Deus e é humanamente reparável com a graça de Deus. «Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, portanto, da bem-aventurança eterna» (98).

1874. Optar deliberadamente – isto é, sabendo e querendo – por algo gravemente contrário à lei divina e ao fim último do homem, é cometer um pecado mortal. Este destrói em nós a caridade, sem a qual a bem-aventurança eterna é impossível; se não houver arrependimento, tem como consequência a morte eterna.

1875. O pecado venial constitui uma desordem moral, reparável pela caridade que deixa subsistir em nós.

1889. Sem a ajuda da graça, os homens não seriam capazes de «descobrir o caminho, muitas vezes estreito, entre a cobardia que cede ao mal e a violência que, julgando combatê-lo, o agrava» (13). É o caminho da caridade, ou seja, do amor de Deus e do próximo. A caridade constitui o maior mandamento social. Ela respeita o outro e os seus direitos, exige a prática da justiça, de que só ela nos torna capazes e inspira-nos uma vida de entrega: «Quem procurar preservar a vida, há-de perdê-la; quem a perder, há-de salvá-la» (Lc 17, 33).

1896. Onde quer que o pecado perverta o clima social, deve fazer-se apelo à conversão dos corações e à graça de Deus. A caridade incentiva reformas justas. Não existe solução para a questão social fora do Evangelho (15).

1939. O princípio da solidariedade, também enunciado sob o nome de «amizade» ou de «caridade social», é uma exigência directa da fraternidade humana e cristã (47).

1946. As diferenças entre as pessoas fazem parte do desígnio de Deus que quer que precisemos uns dos outros. Devem estimular a caridade.

Houve [...] na vigência da Antiga Aliança, pessoas que possuíam a caridade e a graça do Espírito Santo, e aspiravam acima de tudo às promessas espirituais e eternas, sob este aspecto, já pertenciam à nova Lei.  Para os incitar à prática da virtude, tem sido necessário, mesmo na Nova Aliança, o temor do castigo e certas promessas temporais. Em todo o caso, a Lei antiga, embora prescrevesse a caridade, não dava o Espírito Santo, pelo qual "a caridade se difunde nos nossos corações" (Rm 5, 5)» (18).

1965. A Lei nova ou Lei evangélica é a perfeição, na terra, da Lei divina, natural e revelada. É obra de Cristo e tem a sua expressão, de modo particular, no sermão da montanha. É também obra do Espírito Santo e, por Ele, torna-se a lei interior da caridade: «Estabelecerei com a casa de Israel uma aliança nova [...] Hei-de imprimir as minhas leis no seu espírito e gravá-las-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo» (Heb 8, 8-10) (19).

1966. A Lei nova é a graça do Espírito Santo, dada aos fiéis pela fé em Cristo. Opera pela caridade e serve-se do sermão do Senhor para nos ensinar o que se deve fazer, e dos sacramentos para nos comunicar a graça de o fazer:

O principal dom do Espírito Santo. «Seja a vossa caridade sem fingimento [...]. Amai-vos uns aos outros com amor fraterno [...]. 

1973. Além dos seus preceitos, a Lei nova inclui também os conselhos evangélicos. Adistinção tradicional entre os mandamentos de Deus e os conselhos evangélicos estabelece-se por referência à caridade, perfeição da vida cristã. Os preceitos destinam-se a afastar tudo o que é incompatível com a caridade. Os conselhos têm por fim afastar o que, mesmo sem lhe ser contrário, pode constituir impedimento à expansão da caridade (35).

1974. Os conselhos evangélicos manifestam a plenitude viva da caridade, sempre insatisfeita por não dar mais.

1983. A nova Lei é a graça do Espírito Santo, recebida pela fé em Cristo, operando pela caridade. Está expressa sobretudo no sermão do Senhor na montanha e utiliza os sacramentos para nos comunicar a graça.

Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos, depois, merecer para nós mesmos e para outros, as graças úteis para a santificação e para o aumento da graça e da caridade, bem como para a obtenção da vida eterna. 

2013. «Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (68). Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):

A caridade é, em nós, a principal fonte de mérito perante Deus.

2028. «Todos os cristãos [...] são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (73). «A perfeição cristã só tem um limite: o de não ter nenhum» (74).

O Magistério ordinário e universal do Papa, e dos bispos em comunhão com ele, ensina aos fiéis a verdade que se deve crer, a caridade que se deve praticar e a bem-aventurança que se deve esperar.

2093. A fé no amor de Deus implica o apelo e a obrigação de corresponder à caridade divina com um amor sincero. O primeiro mandamento manda-nos amar a Deus sobre todas as coisas (9) e a todas as criaturas por Ele e por causa d'Ele.

2094. Pode-se pecar contra o amor de Deus de diversas maneiras: a indiferença descuida ou recusa a consideração da caridade divina; desconhece-lhe o cuidado preveniente e nega-lhe a força. A ingratidão não reconhece, por desleixo ou recusa formal, a caridade divina, não retribuindo amor com amor. A tibieza, que é hesitação ou negligência em corresponder ao amor divino, pode implicar a recusa de se entregar ao movimento da caridade. A acédia ou preguiça espiritual chega a recusar a alegria que vem de Deus e a aborrecer o bem divino. O ódio a Deus nasce do orgulho: opõe-se ao amor de Deus, cuja bondade nega, e ousa amaldiçoá-lo como Aquele que proíbe o pecado e lhe inflige o castigo.

2095. As virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade informam e vivificam as virtudes morais. Assim, a caridade leva-nos a prestar a Deus o que com toda a justiça Lhe devemos, enquanto criaturas. A virtude da religião dispõe-nos para tal atitude.

2098. Os actos de fé, de esperança e de caridade, exigidos pelo primeiro mandamento, fazem-se na oração. 

O patrocínio do santo oferece um modelo de caridade e assegura a sua intercessão.

Os fiéis atestam desse modo a sua comunhão na fé e na caridade. 

A oração quotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortalecem nela a caridade. 

2303. O ódio voluntário é contra a caridade.

2346. A caridade é a forma de todas as virtudes. 

A vida cristã esforça-se por ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo.

Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres (206) é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (207):

2451. O sétimo mandamento prescreve a prática da Justiça e da caridade na gestão dos bens terrenos e dos frutos do trabalho dos homens.

2462. A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna; é também uma prática de justiça que agrada a Deus.

2540. A inveja representa uma das formas da tristeza e, portanto, uma recusa da caridade.

2545. Todos os fiéis de Cristo devem «ordenar rectamente os próprios afectos, para não serem impedidos de avançar na perfeição da caridade pelo uso das coisas terrenas e pelo apego às riquezas, em oposição ao espírito de pobreza evangélica» (284)

2662. A Palavra de Deus, a liturgia da Igreja, as virtudes da fé, da esperança e da caridade são fontes da oração.

14) Que nos ensina a doutrina dos Sacramentos? 
A doutrina dos Sacramentos faz-nos conhecer a natureza e o bom uso desses meios que Jesus  Cristo  instituiu  Para  nos  perdoar  os  pecados,  comunicar-nos  a  sua  graça,  e infundir e aumentar em nós as virtudes da fé, da esperança e da caridade. 

139) Quais foram os efeitos que o Espírito Santo produziu nos Apóstolos? 
O  Espírito  Santo  confirmou  na  fé  os  Apóstolos,  encheu-os  de  luzes,  de  forças,  de caridade e da abundância de todos os seus dons. 

163) Em que consiste a alma da Igreja? 
A  alma  da  Igreja  consiste  no  que  Ela  tem  de  interior  e  de  espiritual,  isto  é,  a  Fé,  a Esperança, a Caridade, os dons da graça e do Espírito Santo, e todos os tesouros celestes que lhe provieram dos merecimentos de Cristo Redentor e dos Santos. 

215) Quais são na Igreja os bens comuns internos ? 
Os bens comuns internos na Igreja são: a graça que se recebe nos Sacramentos, a Fé, a Esperança,  a  Caridade,  os  merecimentos  infinitos  de  Jesus  Cristo,  os  merecimentos superabundantes da Santíssima Virgem e dos Santos, e o fruto de todas as boas obras que na mesma Igreja se fazem. 

293) Que pedimos com as palavras: venha a nós o vosso reino, com relação à graça? 
Com relação à graça, pedimos que Deus reine em nós com a sua graça santificante, pela qual Ele se compraz em residir em nós como um rei em seu palácio, e que nos mantenha unidos a si pelas virtudes da fé, da esperança e da caridade, pelas quais reina sobre ti nossa inteligência, sobre o nosso coração e sobre a nossa vontade. 

Um bom cristão santifica as festas: dando-se à oração e às obras de caridade cristã para com o próximo. 

636) Em que consiste a preparação antes da Comunhão? 
A  preparação  antes  da  Comunhão  consiste  em  nos  entretermos  algum  tempo  a considerar quem é Aquele que vamos receber e quem somos nós; e em fazer atos de fé, de  esperança,  de  caridade,  de  contrição,  de  adoração,  de  humildade  e  de  desejo  de receber a Jesus Cristo. 

637) Em que consiste a ação de graças depois da Comunhão? 
A  ação  de  graças  depois  da  Comunhão  consiste  em  nos  conservarmos  recolhidos  a honrar  a  presença  do  Senhor  dentro  de  nós  mesmos,  renovando  os  atos  de  fé,  de esperança, de caridade, de adoração, de agradecimento, de oferecimento e de súplica, pedindo sobretudo aquelas graças que são mais necessárias para nós e para aqueles por quem somos obrigados a orar. Sobretudo licença especial em razão de moléstia. 

710) Por que a dor perfeita, ou contrição, produz este efeito de nos conceder o estado de graça? 
A dor perfeita, ou contrição, produz este efeito, porque procede da caridade, que não pode encontrar-se na alma juntamente com o pecado mortal. 

771) Não há excessivo rigor da parte do confessor em diferir a absolvição ao penitente que ele não julga ainda bem disposto? 
Não. Não há excesso de rigor no confessor que difere a absolvição do penitente, porque não o julga ainda bem disposto; há antes caridade, pois procede como um bom médico, que tenta todos os remédios, ainda os desagradáveis  e penosos, para salvar a  vida ao doente. 

800) Qual é a intenção da Igreja ao conceder as indulgências? 
A  intenção  da  Igreja  ao  conceder  as  indulgências  é  auxiliar  a  nossa  incapacidade  de expiar neste mundo toda a pena temporal, fazendo-nos conseguir por meio de obras de piedade e de caridade cristã aquilo que nos primeiros séculos Ela obtinha com o rigor dos cânones penitenciais. 

854) Quais são as virtudes teologais? 
As virtudes teologais são: a Fé, a Esperança e a Caridade. 

855) Por que a Fé, a Esperança e a Caridade se chamam virtudes teologais? 
Chamam-se a Fé, a Esperança e a Caridade virtudes teologais, porque têm a Deus por objeto imediato e principal e nos são infundidas por Ele. 

856) De que modo têm as virtudes teologais a Deus por objeto imediato? 
As virtudes teologais têm a Deus por objeto imediato, porque pela Fé nós cremos em Deus, e cremos tudo o que Ele revelou; pela Esperança esperamos possuir a Deus; pela Caridade amamos a Deus e nEle amamos a nós mesmos e ao próximo. 

893) Que é a Caridade? 
A Caridade é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus em nossa alma, pela qual amamos a Deus por Si mesmo sobre todas as coisas, e amamos o próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. 

905) Como se perde a Caridade? 
Perde-se a Caridade com qualquer pecado mortal. 

906) Como recuperamos a Caridade? 
Recuperamos  a  Caridade,  fazendo  atos  de  amor  de  Deus,  arrependendo-nos  e confessando-nos bem. 

Os  dons  do  Espírito  Santo  servem  para  nos  confirmar  na  Fé,  na  Esperança  e  na Caridade, e para nos tornar solícitos para os atos das virtudes necessárias para conseguir a perfeição da vida cristã. 

O pecado venial: enfraquece e esfria em nós a caridade.





Redemptionis Sacramentum, 70
O verdadeiro dom que o Senhor espera dos outros é: Um coração contrito e o amor a Deus e ao próximo, pelo qual nos configuramos com o Sacrifício de Cristo, que se entregou a si mesmo pelos outros.




Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado
Deus toma como feito a Si todo mal e todo bem que se faz ao próximo.




Papa Francisco
Senhor, ajudai-nos a ser mais generosos e sempre mais solidários com as famílias pobres.
A falta de caridade causa infelicidade, porque só o amor sacia o coração.
A vida tem sentido no socorrer o outro na sua dor, no compreender a angústia alheia, no dar alívio aos outros.
A caridade animada pela fé tem o poder de desarmar as forças do mal.
Peçamos para a Igreja e para nós a graça de encontrar no irmão faminto, sedento, estrangeiro, despojado de suas vestes e de sua dignidade, doente e preso, o Senhor Jesus.
A esmola, feita longe dos holofotes, dá paz e esperança ao coração. Revela-nos a beleza do dar que se torna receber, permitindo assim descobrir um segredo precioso: dar alegra mais o coração do que receber (At 20, 35). 
Quem "se une a Deus", como fez São Francisco de Assis e Isabel da Hungria, abre-se à caridade para com o pobre, pois "aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê» (1 Jo 4, 20) 
«Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7). Quando nos deparamos com um pobre, não podemos virar o olhar para o lado oposto, porque impediríamos a nós próprios de encontrar o rosto do Senhor Jesus.
São Vicente de Paulo, que, movido pelo amor por Cristo, se dedicou a serviço dos pobres e dos marginalizados. Que o seu exemplo nos impulsione a estar próximos dos irmãos necessitados.
O olhar feito de compaixão do Evangelho leva-nos a servir os pobres, os prediletos de Deus que Se fez pobre por nós (cf. 2 Cor 8, 9): os excluídos, os marginalizados, os descartados, os humildes, os indefesos. São eles o tesouro da Igreja, são os preferidos de Deus!
Como seria significativo se, no Dia dos Pobres, compartilhássemos o almoço dominical com quem carece do necessário! Se ao redor do altar do Senhor estivermos conscientes de que somos todos irmãos e irmãs, mais visível se tornaria essa fraternidade!
A fé ensina-nos que todo o pobre é filho de Deus e que, nele ou nela, está presente Cristo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).
A pobreza é um escândalo. Quando o Senhor voltar, pedir-nos-á contas. Rezemos Juntos para que cada um, segundo o dom recebido e a missão que lhe foi confiada, se comprometa a «pôr a render a caridade» e a aproximar-se de qualquer pobre.
As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor pode fazer isso. E para que isso aconteça, o caminho a ser seguido é o da caridade, que não guarda nada para si, mas compartilha tudo.
Quando aprendemos a servir, cada gesto de atenção e cuidado, cada expressão de ternura, cada obra de misericórdia torna-se um reflexo do amor de Deus.
Faço uma pergunta, cada um pode fazer essa pergunta a si mesmo: eu me privo de alguma coisa para dar aos pobres? Quando dou esmola, toco a mão do pobre e olho em seus olhos? Irmãos e irmãs, não nos esqueçamos de que os pobres não podem esperar!




Código de Direito Canônico

Cân. 215 — Os fiéis podem livremente fundar e dirigir associações para fins de caridade ou de piedade, ou para fomentar a vocação cristã no mundo, e reunir-se para prosseguirem em comum esses mesmos fins.

Cân. 222 — § 1. Os fiéis têm a obrigação de prover às necessidades de Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade, e para a honesta sustentação dos seus ministros.

§ 2. Têm ainda a obrigação de promover a justiça social e, lembrados do preceito do Senhor, de auxiliar os pobres com os seus próprios recursos.

Cân. 298 — § 1. Na Igreja existem associações, distintas dos institutos de vida consagrada e das sociedades de vida apostólica, nas quais os fiéis quer clérigos quer leigos, quer em conjunto clérigos e leigos, em comum se esforçam por fomentar uma vida mais perfeita, por promover o culto público ou a doutrina cristã, ou outras obras de apostolado, a saber, o trabalho de evangelização, o exercício de obras de piedade ou de caridade, e por informar a ordem temporal com o espírito cristão.

§ 3. Proceda com humanidade e caridade para com os irmãos que não se encontram em plena comunhão com a Igreja católica, fomentando ainda o ecumenismo, tal como a Igreja o entende.

Cân. 573 — § 1. A vida consagrada pela profissão dos conselhos evangélicos é a forma estável de viver pela qual os fiéis, sob a acção do Espírito Santo, seguindo a Cristo mais de perto, se consagram totalmente a Deus sumamente amado, para que, dedicados por um título novo e peculiar à Sua honra, à edificação da Igreja e à salvação do mundo, alcancem a perfeição da caridade ao serviço do Reino de Deus e, convertidos em sinal preclaro na Igreja, preanunciem a glória celeste.

§ 2. Assumem livremente esta forma de viver nos institutos de vida consagrada, canonicamente erectos pela autoridade competente da Igreja, os fiéis que, por votos ou outros vínculos sagrados, de acordo com as próprias leis dos institutos, professam observar os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência e pela caridade, a que os mesmos conduzem, se unem de um modo especial à Igreja e ao seu mistério.

Cân. 602 — A vida fraterna, própria a cada um dos institutos, pela qual todos os membros se reúnem em Cristo como que numa família peculiar, estabeleça-se de tal modo que sirva de auxílio mútuo a todos para que cada um possa cumprir a própria vocação. Pela comunhão fraterna, enraizada e fundamentada na caridade, os membros do instituto sirvam de exemplo na reconciliação universal em Cristo.

Cân. 640 — Os institutos, tendo em consideração os distintos lugares, esforcem-se por dar testemunho de algum modo colectivo de caridade e pobreza e, na medida dos seus recursos, contribuam com os seus próprios bens para as necessidades da Igreja e o sustento dos pobres.

Cân. 710 — Instituto secular é o instituto de vida consagrada, em que os fiéis, vivendo no século, se esforçam por atingir a perfeição da caridade e por contribuir, para a santificação do mundo, sobretudo a partir de dentro.

Cân. 731 — § 1. Assemelham-se aos institutos de vida consagrada as sociedades de vida apostólica, cujos membros, sem votos religiosos, prosseguem o fim apostólico próprio da sociedade e, vivendo em comum a vida fraterna, de acordo com a própria forma de vida, tendem, pela observância das constituições, à perfeição da caridade.

Cân.  839  —  §  1. A  Igreja  desempenha  ainda  o  seu  múnus  santificador  por outros meios, a saber: as orações, pelas quais se pede a Deus que os fiéis sejam santificados na verdade, as obras de penitência e de caridade, que muito contribuem para enraizar e fortalecer o Reino de Cristo nas almas e para a salvação do mundo.

Cân. 1249 — Todos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma observância comum  de  penitência,  prescrevem-se  os  dias  de  penitência  em  que  os  fiéis  de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade.

14. É aconselhável que, no cumprimento do preceito penitencial, os cristãos não se limitem a uma só forma de penitência, mas antes as pratiquem todas, pois o jejum, a oração e a esmola completam-se mutuamente, em ordem à caridade.




Minhas Recomendações
Ajude aos nossos irmãos com muita generosidade.
Procure pelos mais necessitados e os ajude com roupas, alimentos e mantimentos. 
Faça isso sempre e verá o resultado.
Ajudar os mais necessitados é um ingresso para o céu.
É urgente e necessário para todos servir a Jesus Cristo quando passa fome e sede e quando não tem o que vestir, quando não tem casa e nem remédio.
É muito sério e urgente servir aos irmãos menores de Jesus Cristo que passam por necessidades!
A verdadeira caridade é um sacrifício.
Jesus Cristo disse: Então o Rei lhes responderá: ‘Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram.’