Primeira Estação: Jesus é condenado à morte
“Pilatos insistiu: «Que fez Ele de mal?» Mas eles
gritaram ainda mais: «Crucifica-o!» Pilatos, desejando agradar à multidão
soltou-lhes Barrabás; e, depois de mandar flagelar Jesus, entregou-o para ser
crucificado.”Evangelho de S.Marcos (15,14-15)
Segunda Estação: Jesus é carregado com a cruz
“Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto
de púrpura e revestiram-no das suas vestes”. Evangelho de S.Marcos (15,20)
Terceira Estação: Jesus cai pela primeira vez
“Na verdade, Ele tomou sobre si as nossas doenças,
carregou as nossas dores. Nós o reptávamos como um leproso, ferido por Deus e
humilhado. Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das
nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas
chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo
o seu caminho. Mas o Senhor carregou sobre ele todos os nossos crimes.” Livro
do profeta Isaías (53, 4-6)
Quarta Estação: Jesus encontra sua Mãe
“Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este
menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser
sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de
revelar-se os pensamentos de muitos corações.» Depois desceu com eles, voltou
para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu
coração.” Evangelho de S.Lucas (2, 34-35.51)
Quinta Estação: Jesus é ajudado pelo Cireneu a
levar a cruz
“Para lhe levar a cruz, requisitaram um homem que
passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene, pai de
Alexandre e de Rufo. E conduziram-no ao lugar do Gólgota, que quer dizer, lugar
do Crânio.” Evangelho de S. Marcos (15, 21-22)
Sexta Estação: Verónica limpa o rosto de Jesus
“O servo cresceu diante do Senhor como um rebento,
como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspeto atraente,
desprezado e abandonado pelos, como alguém cheio de dores, habituado ao
sofrimento, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desconsiderado.” Livro
do profeta Isaías (53, 2-3)
Sétima Estação: Jesus cai pela segunda vez
“Eu sou o homem que conheceu a miséria, sob a vara
da sua ira. Conduziu-me e fez-me caminhar nas trevas e não na luz. Bloqueou-me
o caminho com pedras, fez-me seguir por estrada errada. Quebrou-me os dentes
com uma pedra, e mergulhou-me na cinza.” Livro das Lamentações (3,
1-2.9.16)
Oitava Estação: Jesus encontra as mulheres de
Jerusalém
“Jesus voltou-se para elas e disse-lhes: «Filhas de
Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos
filhos; pois virão dias em que se dirá: “Felizes as estéreis, os ventres que
não geraram e os peitos que não amamentaram. Hão-de, então, dizer aos montes:
“Caí sobre nós! E às colinas: “Cobri-nos! Porque, se tratam assim a árvore
verde, o que não acontecerá à seca?»” Livro de S. Lucas (23, 28-31)
Nona Estação: Jesus cai pela terceira vez
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas
perdidas, cada um seguindo o seu caminho. Mas o Senhor carregou sobre ele todos
os nossos crimes. Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um
cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do
tosquiador.” Livro de Isaías (53 ,6-7)
Décima Estação: Jesus é despojado das suas
vestes
“Depois, crucificaram-no e repartiram entre si as
suas vestes, tirando-as à sorte, para ver que cabia a cada um.” Evangelho
de S. Marcos (15, 24)
Décima Primeira Estação: Jesus é pregado na
cruz
“Eram umas nove horas da manhã, quando o
crucificaram. Na inscrição com a condenação, lia-se: «O rei dos judeus.» Com
Ele crucificaram dois ladrões, uma à sua direita e o outro à sua esquerda.” Evangelho
de S. Marcos (15, 25-27)
Décima Segunda Estação: Jesus morre na cruz
“Ao chegar o meio-dia, fez-se trevas por toda a
terra, até às três da tarde. E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: «
Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?(…) Mas Jesus, com um grito forte,
expirou.(…) O centurião que estava em frente dele, ao vê-lo expirar daquela
maneira, disse: « Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!»” Evangelho
de S. Marcos (15, 33-34.37.39)
Décima Terceira Estação: Jesus é descido da
cruz
“Ao cair a tarde, visto ser a Preparação, isto é,
véspera do sábado, José de Arimateia, respeitável membro do Conselho, que
também esperava o Reino de Deus, foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe
o corpo de Jesus.(…) Depois de comprar um lençol, desceu o corpo da cruz e
envolveu-o nele. Em seguida, depositou-o num sepulcro cavado na rocha e rolou
uma pedra sobre a entrada do sepulcro.” Evangelho de S. Marcos (15,
42-43.46)
Décima Quarta Estação: Jesus é depositado no
sepulcro
“José de Arimateia, depois de comprar um lençol,
desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele. Em seguida, depositou-o num sepulcro
cavado na rocha e rolou uma pedra sobre a entrada do sepulcro. Maria de
Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositaram.” Evangelho
de S. Marcos (15, 46-47)
Catecismo da Igreja Católica
A oração da Igreja venera e honra o Coração de Jesus, tal como invoca o seu santíssimo Nome. Adora o Verbo encarnado e o seu Coração que, por amor dos homens, Se deixou trespassar pelos nossos pecados. A oração cristã gosta de percorrer o caminho da cruz(Via-Sacra) no seguimento do Salvador. As estações, do Pretório ao Gólgota e ao túmulo, assinalam o caminho de Jesus que, pela sua santa cruz, remiu o mundo.
Jesus também ora por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Todos os nossos pedidos foram reunidos, de uma vez por todas, no seu brado sobre a cruz e atendidos pelo Pai na sua ressurreição; e é por isso que Ele não cessa de interceder por nós junto do Pai.
O Filho «desceu do céu», sozinho, e para lá nos faz subir juntamente consigo, pela sua cruz, ressurreição e ascensão.
O seu Reino [...] dilata-se graças ao amor, pelo qual, levantado na cruz, Cristo atrai a Si todos os homens
O Filho do Homem [...] não veio para ser servido, veio para servir e dar a vida como resgate pela multidão» (Mt20, 28) (42). Foi por isso que o verdadeiro sentido da sua realeza só se manifestou do cimo da cruz
Toda a vida de Cristo é mistério de redenção. A redenção vem-nos, antes de mais, pelo sangue da cruz
Jesus partilha a vida dos pobres, desde o presépio até à cruz.
É pela cruz de Cristo que o Reino de Deus vai ser definitivamente estabelecido: «Regnavit a ligno Deus – Deus reinou desde o madeiro».
O mistério pascal da cruz e ressurreição de Cristo está no centro da Boa-Nova que os Apóstolos, e depois deles a Igreja, devem anunciar ao mundo. O desígnio salvífico de Deus cumpriu-se de «una vez por todas» (Heb 9, 26) pela morte redentora do seu Filho Jesus Cristo.
Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz
«Não foram os demónios que O pregaram na cruz, mas tu com eles O crucificaste, e ainda agora O crucificas quando te deleitas nos vícios e pecados».
Há uma só escada verdadeira fora do paraíso; fora da cruz, não há outra escada por onde se suba ao céu».
«E Eu, uma vez elevado da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12, 32). A elevação na cruz significa e anuncia a elevação da ascensão aos céus.
Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence-Lhe a Ele, enquanto redentor do mundo. Ele «adquiriu» este direito pela sua cruz.
Mas a Igreja nasceu principalmente do dom total de Cristo pela nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na cruz. «Tal começo e crescimento da Igreja exprimem-nos o sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado» (177). Porque «foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável de toda a Igreja» (178). Assim como Eva foi formada do costado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração trespassado de Cristo, morto na cruz (179).
Efectivamente, foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu "o sacramento admirável de toda a Igreja"».
O acontecimento da cruz e da ressurreição permanece e atrai tudo para a vida.
O altar da Nova Aliança é a cruz do Senhor (65), de onde dimanam os sacramentos do mistério pascal. Sobre o altar, que é o centro da igreja, é tornado presente o sacrifício da Cruz sob os sinais sacramentais. Ele é também a mesa do Senhor, para a qual o povo de Deus é convidado.
A Eucaristia, sacramento da nossa salvação realizada por Cristo na cruz, é também um sacrifício de louvor em acção de graças pela obra da criação.
O sacrifício que Cristo ofereceu na cruz uma vez por todas, continua sempre actual (189): «Todas as vezes que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual "Cristo, nossa Páscoa, foi imolado", realiza-se a obra da nossa redenção».
Na Eucaristia, Cristo dá aquele mesmo corpo que entregou por nós na cruz, aquele mesmo sangue que «derramou por muitos em remissão dos pecados» (Mt 26, 28).
A Missa é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o memorial sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e o banquete sagrado da comunhão do corpo e sangue do Senhor.
Tomar a sua cruz todos os dias e seguir Jesus é o caminho mais seguro da penitência.
Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal (112) e tirou «o pecado do mundo» (Jo 1, 29), do qual a doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz. Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.
Pela sua cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação de todos os homens.
A justificação foi-nos merecida pela paixão de Cristo, que na cruz Se ofereceu como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de todos os homens.
O caminho desta perfeição passa pela cruz.
Que espécie de suplício era o da cruz?
O suplício da cruz era, naqueles tempos, o mais cruel e ignominioso de todos os suplícios.
Que fez Jesus Cristo na Cruz?
Jesus Cristo na Cruz orou pelos seus inimigos, deu por Mãe ao discípulo São João, e na pessoa dele a nós todos, a sua mesma Mãe, Maria Santíssima; ofereceu a sua morte em sacrifício, e satisfez à justiça de Deus pelos pecados dos homens.
É o Sacrifício da Missa o mesmo que o da Cruz?
O Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes seus ministros, sobre os nossos altares, mas quanto ao modo por que é oferecido, o sacrifício da Missa difere do sacrifício da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele.
Que diferença, pois, e que relação há entre o Sacrifício da Missa e o da Cruz?
Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta diferença e esta relação: que Jesus Cristo sobre se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte.
Que outra relação tem o Sacrifício da Missa com o da Cruz?
Outra relação do Sacrifício da Missa com o da Cruz é que o Sacrifício da Missa representa de modo sensível o derramamento do Sangue de Jesus Cristo na Cruz; porque em virtude das palavras da consagração só o Corpo de nosso Salvador se torna presente debaixo das espécies de pão, e debaixo das espécies de vinho, só o seu Sangue; entretanto, pela concomitância natural e pela união hipostática, está presente, debaixo de cada uma das espécies, Jesus Cristo todo inteiro, vivo e verdadeiro.
Não é porventura o Sacrifício da Cruz o único sacrifício da Nova Lei?
O Sacrifício da Cruz é o único sacrifício da Nova Lei, porquanto por ele Nosso Senhor aplacou a Justiça Divina, adquiriu todos os merecimentos necessários para nos salvar, e assim consumou da sua parte a nossa redenção. São estes merecimentos que Ele nos aplica pelos meios que instituiu na sua Igreja, entre os quais está o Santo Sacrifício da Missa.
Virgem Maria de Medjugorje
“Antes de começar a Via
Sacra, rezai sempre o Creio.” (8 de março)
“Nossa
Senhora entoa o canto: “Vem, Vem, Senhor” e em seguida
acrescenta: “Eu estou freqüentemente sobre o monte, debaixo da
cruz, para rezar. Meu Filho levou a cruz, sofreu sobre a cruz e com
ela salvou o mundo. Cada dia eu rezo ao meu Filho para perdoar ao
mundo os seus pecados.” (3 de novembro)
Sem oração não existe
paz. Por isso, recomendo a vocês, queridos filhos, rezarem pela
paz, diante da Cruz. (06.09.84)
"Queridos filhos: Nestes
dias (novena em preparação à festa da Exaltação da Cruz), quero
convidá-los a colocar a Cruz no centro de suas vidas. Rezem,
especialmente diante da Cruz, da qual derivam grandes graças. Nestes
dias, façam uma consagração especial à Cruz em suas casas.
Prometam não ofender a Jesus e nem a Cruz e não blasfemem. Obrigada
por terem atendido a Meu chamado." (Mensagem de 12 de setembro de 1985)
"Queridos filhos: A
segunda mensagem para estes dias da Quaresma é a de renovarem a
oração diante da Cruz. Queridos filhos, Eu lhes concedo graças
especiais e Jesus, da Cruz, lhes concede dons particulares.
Acolham-os e vivam-os. Meditem a Paixão de Jesus e unam-se a Ele na
vida. Obrigada por terem atendido a Meu chamado." (Mensagem de 20 de fevereiro de 1986)
"Queridos filhos: Hoje Eu
os convido, de uma maneira especial, a tomar a Cruz nas mãos e a
meditar sobre as chagas de Jesus. Peçam a Jesus que cure as feridas
que vocês, queridos filhos, receberam durante a vida por causa de
seus pecados ou por causa dos pecados de seus pais. Somente assim
compreenderão, queridos filhos, que o mundo necessita da cura da fé
em Deus Criador. Através da Paixão e da Morte de Jesus na Cruz,
compreenderão que somente com a oração poderão também vocês
tornar-se verdadeiros apóstolos da fé, vivendo na simplicidade e na
oração a fé, que é um dom. Obrigada por terem atendido a Meu
chamado." (Mensagem de 25 de março de 1997)
"Queridos filhos: Também
hoje Eu os convido à oração. Neste tempo de graça, que a Cruz
seja para vocês o sinal indicador do amor e da unidade por meio dos
quais chega a verdadeira paz. (Mensagem de 25 de novembro de 1999)
Filhinhos, peguem a cruz em
suas mãos. Que ela seja para vocês um estímulo de que o amor
sempre vence, especialmente agora em que a cruz e a fé são
rejeitadas. (Mensagem de 25 de julho de
2020)
Código de Direito Canônico
Cân. 897 — O augustíssimo Sacramento é a santíssima Eucaristia, na qual o próprio Senhor Jesus Cristo se contém, se oferece e se recebe, e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua através dos séculos o Sacrifício da Cruz, é a culminância e a fonte de todo o culto e da vida cristã, pelo qual se significa e se realiza a unidade do povo de Deus e se completa a edificação do Corpo de Cristo. Os demais sacramentos e todas as obras eclesiásticas de apostolado relacionam-se com a santíssima Eucaristia e para ela se ordenam.
Cân. 898 — Os fiéis tenham em suma honra a santíssima Eucaristia, participando activamente na celebração do augustíssimo Sacrifício, recebendo com grande devoção e com frequência este sacramento, e prestando-lhe a máxima adoração; os pastores de almas, ao explanarem a doutrina sobre este sacramento, instruam diligentemente os fiéis acerca desta obrigação.
2. Na pedagogia da Igreja, há tempos em que os cristãos são especialmente convidados à prática da penitência: a Quaresma, e todas as sextas-feiras do ano. A penitência é uma expressão muito significativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo. Por isso, a Quaresma, enquanto primeiro tempo da celebração anual da Páscoa, e a sexta-feira, enquanto dia da morte do Senhor, sugerem naturalmente a prática da penitência.
10. No que respeita à oração, poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de oração mais prolongados e generosos, tais como: o exercício da via sacra; a recitação do rosário; a recitação de Laudes e de Vésperas do ofício das horas; a participação na Santa Eucaristia; uma leitura prolongada da Sagrada Escritura.
Minhas Observações
A meditação e adoração da paixão de Cristo é uma fonte de graças, bênçãos e sabedoria.
A meditação e adoração de Cristo crucificado é como uma oração fortíssima.
Um dos grandes segredos da santificação dos santos e santas é a meditação e adoração paixão de Jesus Cristo.
Reserve um tempo todos os dias para meditar e adorar o Cristo crucificado.