Crisma Católico

 Ele é quem batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo.  
Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. 
Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, 
descendo como pomba e pousando sobre ele. 
(Novo Testamento)


É como diz a Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’."  Jesus disse isso, referindo-se ao Espírito que deveriam receber os que acreditassem nele. De fato, ainda não havia Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito:  "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres.
(Jesus Cristo)

Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; depois vocês receberão do Pai o dom do Espírito Santo.  
Em Cristo, ainda, vocês creram, e foram marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito Santo, que é a garantia da nossa herança.
Deus nos marcou com um selo e colocou em nossos corações a garantia do Espírito.
(Atos dos Apóstolos)

Queridos filhos: Neste tempo os convido a rezarem pela vinda do Espírito Santo sobre cada criatura batizada, para que o Espírito Santo renove e conduza todos vocês ao caminho do testemunho de sua fé e de seu amor.
Abram os seus corações ao Espírito Santo, para que todo o bem que está em vocês floresça e dê frutos cem vezes mais. 
(Virgem Maria de Medjugorje)



Bíblia Católica

Novo Testamento

A origem de Jesus, o Messias, foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.  José, seu marido, era justo. Não queria denunciar Maria, e pensava em deixá-la, sem ninguém saber.  Enquanto José pensava nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: "José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 

Ele é quem batizará vocês com o Espírito Santo e com fogo.  

Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. 

Eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo.

Maria perguntou ao anjo: "Como vai acontecer isso, se não vivo com nenhum homem?" O anjo respondeu: "O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. 

Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito:  "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres

E João testemunhou: "Eu vi o Espírito descer do céu, como uma pomba, e pousar sobre ele.  Eu também não o conhecia. Aquele que me enviou para batizar com água, foi ele quem me disse: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e pousar, esse é quem batiza com o Espírito Santo’. 

Jesus respondeu: "Eu garanto a você: ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nasce da água e do Espírito.  Quem nasce da carne é carne, quem nasce do Espírito é espírito.  Não se espante se eu digo que é preciso vocês nascerem do alto.  O vento sopra onde quer, você ouve o barulho, mas não sabe de onde ele vem, nem para onde vai. Acontece a mesma coisa com quem nasceu do Espírito."
 
De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida

É como diz a Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’."  Jesus disse isso, referindo-se ao Espírito que deveriam receber os que acreditassem nele. De fato, ainda não havia Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.

"Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.  Então, eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Advogado, para que permaneça com vocês para sempre.  Ele é o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele mora com vocês, e estará com vocês.

Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse."

O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier, dará testemunho de mim.  Vocês também darão testemunho de mim, porque vocês estão comigo desde o começo."

"Ainda tenho muitas coisas para dizer, mas agora vocês não seriam capazes de suportar.  Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o Espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer.  O Espírito da Verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês. Tudo o que pertence ao Pai, é meu também. Por isso é que eu disse: o Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês.

Tendo falado isso, Jesus soprou sobre eles, dizendo: "Recebam o Espírito Santo.




Atos dos Apóstolos

‘Nos últimos dias, diz o Senhor, eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e filhas de vocês vão profetizar, os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos.  E, naqueles dias, derramarei o meu Espírito também sobre meus servos e servas, e eles profetizarão. 

Ele foi exaltado à direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito prometido e o derramou: é o que vocês estão vendo e ouvindo.  

Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; depois vocês receberão do Pai o dom do Espírito Santo.  

Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e, com coragem, anunciavam a palavra de Deus.

Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo.

Eu me refiro a Jesus de Nazaré: Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder.

A lei do Espírito, que dá a vida em Jesus Cristo, nos libertou da lei do pecado e da morte.  

Os que vivem segundo o Espírito inclinam-se para aquilo que é próprio do Espírito. Os desejos do Espírito levam para a vida e a paz.

Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele.

Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou Cristo dos mortos dará a vida também para os corpos mortais de vocês, por meio do seu Espírito que habita em vocês.

Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 

Clamamos: Abba! Pai!  O próprio Espírito assegura ao nosso espírito que somos filhos de Deus.  E se somos filhos, somos também herdeiros: herdeiros de Deus, herdeiros junto com Cristo

Do mesmo modo, também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois nem sabemos o que convém pedir; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.  E aquele que sonda os corações sabe quais são os desejos do Espírito, pois o Espírito intercede pelos cristãos de acordo com a vontade de Deus.

O Reino de Deus não é questão de comida ou bebida; é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. 

Que o Deus da esperança encha vocês de completa alegria e paz na fé, para que vocês transbordem de esperança, pela força do Espírito Santo.

Pois o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus.  Quem conhece a fundo a vida íntima do homem é o espírito do homem que está dentro dele. Da mesma forma, só o Espírito de Deus conhece o que está em Deus.  Quanto a nós, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, para conhecermos os dons da graça de Deus.

Vocês não sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?  Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus é santo, e esse templo são vocês.

Mas vocês se lavaram, foram santificados e reabilitados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.

Aquele que se une ao Senhor, forma com ele um só espírito.

Ou vocês não sabem que o seu corpo é templo do Espírito Santo, que está em vocês e lhes foi dado por Deus? 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos.  A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito;  a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas;  a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar.  Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer.

O Espírito é que dá a vida.

A prova de que vocês são filhos é o fato de que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho que clama: Abba, Pai! 

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé,  mansidão e domínio de si.

Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito. 

Quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. 

Em Cristo, ainda, vocês creram, e foram marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito Santo, que é a garantia da nossa herança,

Não entristeçam o Espírito Santo, com que Deus marcou vocês para o dia da libertação.

Deus nos marcou com um selo e colocou em nossos corações a garantia do Espírito.




Antigo Testamento

Depois, faça com que Aarão e seus filhos se aproximem da entrada da tenda da reunião. Lave-os com água  e vista Aarão com as vestes sagradas. Unja-o e consagre-o, para que exerça o meu sacerdócio. Faça os filhos dele se aproximarem e vista-os com as túnicas.  Unja-os, como você ungiu o pai deles, para que exerçam o meu sacerdócio. A unção lhes conferirá o sacerdócio perpétuo em todas as suas gerações".

Então Moisés pegou o óleo da unção e ungiu o santuário e tudo o que nele havia, para os consagrar.  Fez sete aspersões sobre o altar, e ungiu o altar e seus acessórios, a bacia com sua base, a fim de os consagrar.  Depois derramou o óleo da unção sobre a cabeça de Aarão e o ungiu, para o consagrar. 

Então Samuel pegou a vasilha de óleo, e o derramou sobre a cabeça de Saul. Depois o beijou e disse: "Javé ungiu você para ser chefe sobre Israel, o povo dele.

E Javé disse: "Levante-se e unja o rapaz, porque é esse".  Samuel pegou a vasilha de óleo e ungiu o rapaz na presença dos irmãos. Desse dia em diante, o espírito de Javé permaneceu sobre Davi. 

O sacerdote Sadoc pegou na tenda o chifre de óleo e ungiu Salomão.

Então o povo da terra pegou Joacaz, filho de Josias, o ungiu e o colocou no trono em lugar de seu pai.

Pegue o óleo da unção e unja Aarão, derramando o óleo sobre a cabeça dele.

Não deixem a entrada da tenda da reunião para não morrerem, porque vocês estão ungidos com o óleo de Javé". E eles fizeram como Moisés havia mandado.

"Prestei auxílio a um bravo, exaltei um eleito dentre o povo: encontrei o meu servo Davi, e o ungi com meu óleo santo, para que minha mão esteja sempre com ele, e meu braço o torne valoroso.




Virgem Maria de Medjugorje

Abandonai-vos totalmente a mim e eu os protegerei e rezarei ao Espírito Santo para que ele se derrame sobre vós.

O importante é rezar ao Espírito Santo para que Ele desça sobre vós. 


Começai a invocar todos os dias o Espírito Santo. A coisa mais importante é rezar ao Espírito Santo. Quando o Espírito Santo desce sobre vós, então tudo se transforma e vos torna claro.”

Pouquíssimos, pelo contrário, pedem o dom do Espírito Santo. A coisa mais importante para vós é preciso implorar que o Espírito Santo desça, porque, se tendes o dom do Espírito Santo, tendes tudo.”

Rezem ao Espírito Santo, para que os ilumine. Se vocês soubessem quantas graças Deus vos concede, rezariam sem interrupção.

Eu os convido a se abrir a Deus por meio da oração, para que o Espírito Santo comece a fazer milagres em vocês e por seu intermédio.

Filhinhos, permitam ao Espírito Santo guiá-los na estrada da verdade e da salvação, rumo à vida eterna.

Rezem para que o Espírito Santo os ilumine e os guie pelo caminho da santidade.

Queridos filhos: Neste tempo os convido a rezarem pela vinda do Espírito Santo sobre cada criatura batizada, para que o Espírito Santo renove e conduza todos vocês ao caminho do testemunho de sua fé e de seu amor.



Catecismo da Igreja Católica

Para tal, enviou o seu Filho como Redentor e Salvador na plenitude dos tempos. N'Ele e por Ele, chama os homens a tornarem-se, no Espírito Santo, seus filhos adoptivos e, portanto, herdeiros da sua vida bem-aventurada.

51. «Aprouve a Deus, na sua sabedoria e bondade, revelar-Se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tomam participantes da natureza divina»(2).

91. Todos os fiéis participam na compreensão e na transmissão da verdade revelada. Todos receberam a unção do Espírito Santo que os instrui (57) e os conduz «à verdade total» (Jo 16, 13).

690. Jesus é Cristo, «ungido», porque o Espírito é d'Ele a Unção; e tudo quanto acontece a partir da Encarnação, decorre desta plenitude (8). Finalmente, quando Cristo é glorificado (9), pode, por sua vez, enviar de junto do Pai, o Espírito, aos que crêem n'Ele: comunica-lhes a sua glória (10), quer dizer, o Espírito Santo que O glorifica (11). A missão conjunta desenvolver-se-á, a partir desse momento, nos filhos adoptados pelo Pai no Corpo do seu Filho: a missão do Espírito de adopção consistirá em uni-los a Cristo e fazê-los viver n' Ele: «A unção sugere... que não há nenhuma distância entre o Filho e o Espírito. Com efeito, do mesmo modo que entre a superfície do corpo e a unção do óleo, nem a razão nem os sentidos encontram qualquer entremeio, assim é imediato o contacto do Filho com o Espírito, de tal modo que aquele que vai tomar contacto com o Filho pela fé, tem que contactar primeiro com o óleo. Com efeito, não há pane alguma que esteja despida do Espírito Santo. É por isso que a confissão do Senhorio do Filho se faz no Espírito Santo para aqueles que a recebem, pois o Espírito vem, de todos os lados, ao encontro daqueles que se aproximam pela fé» (12).

695. A unção. O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo (19). Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação». Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo («Messias» em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga Aliança (20), sobretudo o rei David (21). Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Espírito Santo». Jesus é constituído «Cristo» pelo Espírito Santo (22). A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como Cristo aquando do seu nascimento (23)e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor (24). É Ele que enche Cristo (25)e cujo poder emana de Cristo nos seus actos de cura e salvamento (26). Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos (27). Então, plenamente constituído «Cristo» na sua humanidade vencedora da morte (28), Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que «os santos» constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o «homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), «o Cristo total», para empregar a expressão de Santo Agostinho (29).

698. O selo é um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu selo» (Jo 6, 27) e é n'Ele que o Pai nos marca também com o seu selo» (40). Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo («sphragis») foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «carácter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos.

699. A mão. É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes (41) e abençoa as crianças (42). O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome (43). Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado (44). A Epístola aos Hebreus coloca a imposição das mãos no número dos «artigos fundamentais» do seu ensino (45). Este sinal da efusão omnipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.

731. No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo que Se manifestou, Se deu e Se comunicou como Pessoa divina: da sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito (109).

733. «Deus é Amor» (1 Jo 4, 8.16) e o Amor é o primeiro dom, que contém todos os outros. Este amor «derramou-o Deus nos nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5, 5).

739. Uma vez que o Espírito Santo é a unção de Cristo, é Cristo, a Cabeça do corpo, quem O derrama nos seus membros para os alimentar, os curar, os organizar nas suas mútuas funções, os vivificar, os enviar a dar testemunho, os associar à sua oferta ao Pai e à sua intercessão pelo mundo inteiro. É pelos sacramentos da Igreja que Cristo comunica aos membros do seu corpo o seu Espírito Santo e santificador.

Na verdade, pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, os baptizados são consagrados para serem uma casa espiritual, um sacerdócio santo (216).

901. «Em virtude da sua consagração a Cristo e da unção do Espírito Santo, os leigos recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos cada vez mais abundantes.

É ainda o Espírito Santo que dá a graça da fé, a fortifica e a faz crescer na comunidade.

1121. Os três sacramentos do Baptismo, Confirmação e Ordem conferem, além da graça, um carácter sacramental ou «selo», pelo qual o cristão participa no sacerdócio de Cristo e faz parte da Igreja segundo estados e funções diversas. Esta configuração a Cristo e à Igreja, realizada pelo Espírito, é indelével (37), fica para sempre no cristão como disposição positiva para a graça, como promessa e garantia da protecção divina e como vocação para o culto divino e para o serviço da Igreja. Por isso, estes sacramentos nunca podem ser repetidos.

1133. O Espírito Santo prepara para os sacramentos pela Palavra de Deus e pela fé, que acolhe a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortificam e exprimem a fé.

1141. A assembleia que celebra é a comunidade dos baptizados, que «pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, são consagrados para ser uma casa espiritual e um sacerdócio santo, para oferecerem, mediante todas as obras do cristão, sacrifícios espirituais» (13).

O Santo Crisma (myron), cuja unção é o sinal sacramental do selo do dom do Espírito Santo, é tradicionalmente conservado e venerado num lugar seguro do santuário. 

1241. A unção com o santo crisma, óleo perfumado que foi consagrado pelo bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo baptizado. Ele tornou-se cristão, quer dizer, «ungido» pelo Espírito Santo, incorporado em Cristo, que foi ungido sacerdote, profeta e rei (36).

1242. Na liturgia das Igrejas do Oriente, a unção pós-baptismal é o sacramento da Crismação (Confirmação). Na liturgia romana, anuncia uma segunda unção com o santo Crisma, que será dada pelo bispo: o sacramento da Confirmação que, por assim dizer, «confirma» e completa a unção baptismal.

1286. No Antigo Testamento, os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado (92), em vista da sua missão salvífica (93). A descida do Espírito Santo sobre Jesus, aquando do seu baptismo por João, foi o sinal de que era Ele o que havia de vir, de que era o Messias, o Filho de Deus (94). Concebido pelo poder do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam numa comunhão total com o mesmo Espírito Santo, que o Pai Lhe dá «sem medida» (Jo 3, 34).

1287. Ora, esta plenitude do Espírito não devia permanecer unicamente no Messias: devia ser comunicada a todo o povo messiânico (95). Repetidas vezes, Cristo prometeu esta efusão do Espírito promessa que cumpriu, primeiro no dia de Páscoa (97) e depois, de modo mais esplêndido, no dia de Pentecostes (98). Cheios do Espírito Santo, os Apóstolos começaram a proclamar «as maravilhas de Deus» (Act 2, 11) e Pedro declarou que esta efusão do Espírito era o sinal dos tempos messiânicos (99). Aqueles que então acreditaram na pregação apostólica, e se fizeram baptizar, receberam, por seu turno, o dom do Espírito Santo (100).

1288. «A partir de então, os Apóstolos, para cumprirem a vontade de Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito para completar a graça do Baptismo (101). É por isso que, na Epístola aos Hebreus, se menciona, entre os elementos da primeira instrução cristã, a doutrina sobre os Baptismos e também sobre a imposição das mãos (102). A imposição das mãos é justificadamente reconhecida, pela Tradição católica, como a origem do sacramento da Confirmação que, de certo modo, perpetua na Igreja a graça do Pentecostes» (103).

1289. Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido», e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). E este rito da unção mantém-se até aos nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. É por isso que, no Oriente, este sacramento se chama crismação (= unção do crisma), ou myron, que significa «crisma». No Ocidente, o nome de Confirmação sugere que este sacramento confirma o Baptismo e, ao mesmo tempo, consolida a graça baptismal.

1291. Um costume da Igreja de Roma facilitou a expansão da prática ocidental, graças a uma dupla unção com o santo crisma, depois do baptismo: a unção já feita pelo sacerdote ao neófito ao sair do banho baptismal é completada por uma segunda unção, feita pelo bispo na fronte de cada um dos novos baptizados (106). A primeira unção com o santo crisma, feita pelo sacerdote, ficou ligada ao rito baptismal e significa a participação do baptizado nas funções profética, sacerdotal e real de Cristo. Se o Baptismo é conferido a um adulto, há apenas uma unção pós-baptismal: a da Confirmação.

1293. No rito deste sacramento, convém considerar o sinal da unção e o que essa unção designa e imprime: o selo espiritual. A unção, na simbologia bíblica e antiga, é rica de numerosas significações: o óleo é sinal de abundância (107) e de alegria (108), purifica (unção antes e depois do banho)e torna ágil (unção dos atletas e lutadores): é sinal de cura, pois suaviza as contusões e as feridas (109) e torna radiante de beleza, saúde e força.

1294. Todos estes significados da unção com óleo se reencontram na vida sacramental. A unção antes do Baptismo, com o óleo dos catecúmenos, significa purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime cura e conforto. A unção com o santo crisma depois do Baptismo, na Confirmação e na Ordenação, é sinal duma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, quer dizer, os que são ungidos, participam mais na missão de Jesus Cristo e na plenitude do Espírito Santo de que Ele está repleto, a fim de que toda a sua vida espalhe «o bom odor de Cristo» (110)

1295. Por esta unção, o confirmando recebe «a marca», o selo do Espírito Santo. O selo é o símbolo da pessoa (111), sinal da sua autoridade (112), da sua propriedade sobre um objecto (113). Era assim que se marcavam os soldados com o selo do seu chefe e também os escravos com o do seu dono. O selo autentica um acto jurídico (114) ou um documento (115) e, eventualmente, torna-o secreto (116).

1296. O próprio Cristo se declara marcado com o selo do Pai (117). O cristão também está marcado com um selo: «Foi Deus que nos concedeu a unção, nos marcou também com o seu selo e depôs as arras do Espírito em nossos corações» (2 Cor 1, 21-22) (118). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, a entrega para sempre ao seu serviço, mas também a promessa da protecção divina na grande  prova escatológica (119).

1297. Um momento importante que precede a celebração da Confirmação, mas que, de certo modo, faz parte dela, é a consagração do santo crisma. É o bispo que, em Quinta-Feira Santa, no decorrer da missa crismal, consagra o santo crisma para toda a sua diocese. Nas Igrejas do Oriente, esta consagração é mesmo reservada ao Patriarca: A liturgia de Antioquia exprime assim a epiclese da consagração do santo crisma (myron, em grego): «[Pai (...), envia o Teu Espírito Santo] sobre nós e sobre este óleo que está diante de nós e consagra-o, para que seja para todos os que com ele forem ungidos e marcados, myron santo, myron sacerdotal, myron real, unção de alegria, a veste da luz, o manto da salvação, o dom espiritual, a santificação das almas e dos corpos, a felicidade imperecível, o selo indelével, o escudo da fé, o capacete invencível contra todas as obras do Adversário» (120).

1298. Quando a Confirmação é celebrada separadamente do Baptismo, como acontece no rito romano, a Liturgia do sacramento começa pela renovação das promessas do Baptismo e pela profissão de fé dos confirmandos. Assim se evidencia claramente que a Confirmação se situa na continuação do Baptismo (121). No caso do Baptismo dum adulto, este recebe imediatamente a Confirmação e participa na Eucaristia (122).

1299. No rito romano, o bispo estende as mãos sobre o grupo dos confirmandos, gesto que, desde o tempo dos Apóstolos, é sinal do dom do Espírito. E o bispo invocaassim a efusão do Espírito: «Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo, destes uma vida nova a estes vossos servos e os libertastes do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do espírito do vosso temor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo» (123).

1300. Segue-se o rito essencial do sacramento. No rito latino, «o sacramento da Confirmação é conferido pela unção do santo crisma sobre a fronte, feita com a imposição da mão, e por estas palavras: «Accipe signaculum doni Spiritus Sancti – Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus» (124). Nas Igrejas orientais de rito bizantino, a unção do myron faz-se depois duma oração de epiclese, sobre as partes mais significativas do corpo: a fronte, os olhos, o nariz, os ouvidos, os lábios, o peito, as costas, as mãos e os pés, sendo cada unção acompanhada da fórmula: «Σφραγίζ δωραζ Πυεύματζ Άγίoυ» («Signaculum doni Spiritus Sancti – Selo do dom que é o Espírito Santo» ) (125).

1301. O ósculo da paz, com que termina o rito do sacramento, significa e manifesta a comunhão eclesial com o bispo e com todos os fiéis (126).

1302. Ressalta desta celebração que o efeito do sacramento da Confirmação é uma efusão especial do Espírito Santo, tal como outrora foi concedida aos Apóstolos, no dia de Pentecostes.

1303. Por esse facto, a Confirmação proporciona crescimento e aprofundamento da graça baptismal:
– enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos leva a dizer « Abba! Pai!» (Rm 8, 15);
–  une-nos mais firmemente a Cristo;
– aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
– torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja (127);– dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagarmos e defendermos a fé, pela palavra e pela acção, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessarmos com valentia o nome de Cristo, e para nunca nos envergonharmos da cruz (128): «Lembra-te, pois, de que recebeste o sinal espiritual, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, o espírito do santo temor, e guarda o que recebeste.  Deus Pai marcou-te com o seu sinal, o Senhor Jesus Cristo confirmou-te e 
pôs no teu coração o penhor do Espírito» (129).

1304. Tal como o Baptismo, de que é a consumação, a Confirmação é dada uma só vez. Com efeito, a Confirmação imprime na alma uma marca espiritual indelével, o «carácter» (130), que é sinal de que Jesus Cristo marcou um cristão com o selo do seu Espírito, revestindo-o da fortaleza do Alto, para que seja sua testemunha (131).

1305. O «carácter» aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis, recebido no Baptismo, e «o confirmado recebe a força de confessar a fé de Cristo publicamente e como em virtude dum encargo oficial (quasi ex officio)» (132).

1306. Todo o baptizado ainda não confirmado pode e deve receber o sacramento da Confirmação (133). Uma vez que Baptismo, Confirmação e Eucaristia formam uma unidade, segue-se que «os fiéis têm obrigação de receber este sacramento no tempo devido» (134), porque, sem a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Baptismo é, sem dúvida, válido e eficaz, mas a iniciação cristã fica incompleta.

1307. O costume latino, desde há séculos, aponta «a idade da discrição» como ponta de referência para se receber a Confirmação. Em perigo de morte, porém, devem confirmar-se as crianças, mesmo que ainda não tenham atingido a idade da discrição (135).

1308. Se por vezes se fala da Confirmação como «sacramento da maturidade cristã», não deve, no entanto, confundir-se a idade adulta da fé com a idade adulta do crescimento natural, nem esquecer-se que a graça baptismal é uma graça de eleição gratuita e imerecida, que não precisa duma «ratificação» para se tornar efectiva. São Tomás recorda isso mesmo: «A idade do corpo não constitui um prejuízo para a alma. Por isso, mesmo na infância, o homem pode receber a perfeição da idade espiritual de que 
fala a Sabedoria (4, 8): «A velhice honrada não é a que dão os longos dias, nem se avalia pelo número dos anos». E foi assim que muitas crianças, graças à fortaleza do Espírito Santo que tinham recebido, lutaram corajosamente e até ao sangue por Cristo» (136).

1309. A preparação para a Confirmação deve ter por fim conduzir o cristão a uma união mais íntima com Cristo e a uma familiaridade mais viva com o Espírito Santo, com a sua acção, os seus dons e os seus apelos, para melhor assumir as responsabilidades apostólicas da vida cristã. Desse modo, a catequese da Confirmação deve esforçar-se por despertar o sentido de pertença à Igreja de Jesus Cristo, tanto à Igreja universal como à comunidade paroquial. Esta última tem uma responsabilidade particular na preparação dos confirmandos (137).

1310. Para receber a Confirmação é preciso estar em estado de graça. Convém recorrer ao sacramento da Penitência para ser purificado, em vista do dom do Espírito Santo. E uma oração mais intensa deve preparar para receber com docilidade e disponibilidade a força e as graças do Espírito Santo (138).

1311. Tanto para a Confirmação, como para o Baptismo, convém que os candidatos procurem a ajuda espiritual dum padrinho ou de uma madrinha. É conveniente que seja o mesmo do Baptismo, para marcar bem a unidade dos dois sacramentos (139).

1312. O ministro originário da Confirmação é o bispo (140).

315. «Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles. Apenas tinham sido baptizados em nome do Senhor Jesus. Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo» (Act 8, 14-17).

1316. A Confirmação completa a graça baptismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo, para nos enraizar mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais solidamente em Cristo, tornar mais firme o laço que nos prende à Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras.

1317. A Confirmação, tal como o Baptismo, imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou carácter indelével; é por isso que só se pode receber este sacramento uma vez na vida.

1318. No Oriente, este sacramento é administrado imediatamente a seguir ao Baptismo e é seguido da participação na Eucaristia; esta tradição põe em relevo a unidade dos três sacramentos da iniciação cristã. Na Igreja latina, este sacramento é administrado quando se atinge a idade da razão e ordinariamente a sua celebração é reservada ao bispo, significando assim que este sacramento vem robustecer o vínculo eclesial.

1319. O candidato à Confirmação, que atingiu a idade da razão, deve professar a fé, estar em estado de graça, ter a intenção de receber o sacramento e estar preparado para assumir o seu papel de discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nos assuntos temporais.

1320. O rito essencial da Confirmação é a unção com o santo crisma na fronte do baptizado (no Oriente também em outros órgãos dos sentidos), com a imposição da mão do ministro e as palavras: «Accipe signaculum doni Spiritus Sancti – Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus» (no rito Romano) ou: «Signaculum doni Spiritus Sancti – Selo do dom que é o Espírito Santo» (no rito Bizantino).

1321. Quando a Confirmação é celebrada separadamente do Baptismo, a sua ligação com este sacramento é expressa, entre outras coisas, pela renovação dos compromissos baptismais. A celebração da Confirmação no decorrer da Eucaristia contribui para sublinhar a unidade dos sacramentos da iniciação cristã.

A unção com o santo crisma, sinal da unção especial do Espírito Santo, que torna fecundo o seu ministério.

2769. No Baptismo e na Confirmação, a entrega («traditio») da oração do Senhor significa o novo nascimento para a vida divina. Uma vez que a oração cristã consiste em falar a Deus com a própria Palavra de Deus, aqueles que são «regenerados [...] pela palavra do Deus vivo» (1 Pe 1, 23) aprendem a invocar o seu Pai com a única palavra que Ele escuta sempre. E podem fazê-lo a partir de então, porque o selo da unção do Espírito Santo foi gravado indelevelmente no seu coração, nos seus ouvidos, nos seus lábios, em todo o seu ser filial. É por isso que a maior parte dos comentários patrísticos ao Pai-nosso são dirigidos aos catecúmenos e aos neófitos. Quando a Igreja reza a oração do Senhor, é sempre o povo dos «recém-nascidos» que ora e alcança misericórdia (17).

134) Que obra se atribui especialmente ao Espírito Santo? 
Ao Espírito Santo atribui-se especialmente a santificação das almas. 

135) O Padre e o filho santificam-nos também, como o Espírito Santo? 
Sim, todas as três Pessoas divinas nos santificam igualmente. 

136) Se assim Espírito Santo a santificação das almas? 
Atribui-se em particular ao Espírito Santo a santificação das almas, porque é obra de amor, e as obras de amor atribuem-se ao Espírito Santo. 

140) Foi enviado o Espírito Santo só aos Apóstolos? 
O Espírito Santo foi enviado a toda a Igreja e a todas as almas fiéis. 

575) Que é o Sacramento da Confirmação? 
A Confirmação, ou Crisma, é um Sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo, e nos faz perfeitos cristãos. 

576) De que maneira o Sacramento da Confirmação nos faz perfeitos cristãos? 
A Confirmação faz-nos perfeitos cristãos, confirmando-nos na fé, e aperfeiçoando em nós as outras virtudes e os dons recebidos no santo Batismo; e é por isso que se chama Confirmação. 

577) Quais são os dons do Espírito Santo que se recebem na Confirmação? 
Os dons do Espírito Santo, que se recebem na Confirmação, são sete: 
1º Sabedoria, 
2º Entendimento; 
3º Conselho; 
4º Fortaleza; 
5º Ciência; 
6º Piedade; 
7º Temor de Deus. 

578) Qual é a matéria deste Sacramento? 
A matéria deste Sacramento, além da imposição das mãos do Bispo, é a unção feita na fronte  da  pessoa  batizada,  com  o  santo  Crisma;  por  isso,  este  Sacramento  se  chama também Crisma, que significa Unção. 

579) Que é o santo Crisma? 
O santo Crisma é óleo de oliveira misturado com bálsamo, e consagrado pelo Bispo na Quinta-Feira Santa. 

580) Que significam o óleo e o bálsamo neste Sacramento? 
Neste Sacramento, o óleo, que se derrama e fortalece, significa a abundância da graça que se difunde na alma do cristão para o confirmar na fé; e o bálsamo, que é aromático e preserva  da  corrupção,  significa  que  o  cristão  fortificado  por  esta  graça  é  capaz  de difundir o bom aroma das virtudes cristãs, e de preservar-se da corrupção dos vícios. 

581) Qual é a forma do Sacramento da Confirmação? 
A forma atual do Sacramento da Confirmação é esta: Recebe o sinal do dom do Espírito Santo, que substituiu a antiga: Eu te assinalo com o sinal da Cruz, e te confirmo com o Crisma da salvação, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Assim seja.  

582) Quem é o ministro do Sacramento da Confirmação? O ministro ordinário do Sacramento da Confirmação e só o Bispo. 

583) Com que cerimônias administra o Bispo a Confirmação? 
O  Bispo,  para  administrar  o  Sacramento  da  Confirmação,  primeiro  estende  as  mãos sobre os que estão para se crismar, invocando sobre eles o Espírito Santo; em seguida faz uma unção em forma de cruz com o santo Crisma na fronte de cada um, dizendo as palavras  da  forma;  depois,  com  a  mão  direita,  dá  uma  leve  bofetada  na  face  do crismado,  dizendo:  A  paz  seja  contigo;  e  no  fim  abençoa  solenemente  todos  os crismados. 

584) Por que se faz a unção na fronte? 
Faz-se a unção na fronte, onde aparecem os sinais do temor e da vergonha, a fim de que o  crismado  entenda  que  não  deve  envergonhar-se  do  nome  e  da  profissão  de  cristão, nem ter medo dos inimigos da fé. 

585) Por que se dá uma leve bofetada na face do crismado? 
Dá-se uma leve bofetada na face do crismado para que saiba que deve estar pronto a sofrer todas as afrontas e todas as penas pela fé e amor de Jesus Cristo. 

586) Devem todos procurar receber o Sacramento da Confirmação? 
Sim, todos devem procurar receber o Sacramento da Confirmação e fazer que os seus subordinados o recebam. 

587) Em que idade é conveniente receber o Sacramento da Confirmação? 
A idade em que é conveniente receber o Sacramento da Confirmação é a de sete anos, pouco  mais  ou  menos,  porque  então  costumam  começar  as  tentações  e  já  se  pode conhecer  bastante  a  graça  deste  Sacramento,  e  conservar-se  a  lembrança  de  tê-lo recebido. 

588) Que disposições se requerem para receber o Sacramento da Confirmação? 
Para receber dignamente o Sacramento da Confirmação é necessário estar em estado de graça, saber os mistérios principais da nossa santa Fé, e aproximar-se deste Sacramento com reverência e devoção. 

589) Cometeria pecado quem recebesse a Confirmação segunda vez? 
Cometeria  um  sacrilégio,  porque  a  Confirmação  é  um  daqueles  Sacramentos  que imprimem caráter na alma e que portanto só se podem receber uma vez. 

590) Que deve fazer o cristão para conservar a graça da Confirmação? 
Para conservar a graça da Confirmação, o cristão deve orar freqüentemente, fazer boas obras, e viver segundo a lei de Jesus Cristo, sem respeito humano. 

591) Por que também na Confirmação há padrinhos e madrinhas? 
Para que estes, com as palavras e com os exemplos, orientem o crismado no caminho da salvação e o auxiliem nos combates espirituais. 

592) Que condições se requerem no padrinho? 
O padrinho deve ser de idade conveniente, católico, crismado, instruído nas coisas mais necessárias da religião e de bons costumes; e deve ser do mesmo sexo que o crismado. 

593) Contrai algum parentesco com o crismado o padrinho de Crisma? 
Sim,  o  padrinho  de  Crisma  contrai  parentesco  espiritual  com  o  crismado;  mas  este parentesco não é impedimento para o matrimônio. 




Código de Direito Canônico

Cân. 879 — O sacramento da confirmação, que imprime carácter, e pelo qual os baptizados, prosseguindo o caminho da iniciação cristã, são enriquecidos com o dom do Espírito Santo e se vinculam mais perfeitamente à Igreja, robustece-os e obriga-os mais estritamente para serem testemunhas de Cristo pela palavra e pelas obras, assim como para difundirem e defenderem a fé.

Cân. 880 — § 1. O sacramento da confirmação é conferido mediante a unção do crisma na fronte, a qual se realiza pela imposição da mão e pelas palavras prescritas nos livros litúrgicos aprovados.

§ 2. O crisma a utilizar no sacramento da confirmação deve ser consagrado pelo Bispo, ainda que o sacramento seja administrado por um presbítero.

Cân. 881 — É conveniente que o sacramento da confirmação se celebre na igreja e mesmo dentro da Missa; todavia, por uma causa justa e razoável, pode celebrar-se fora da Missa e em qualquer lugar digno.





Minhas Observações

A Crisma, segundo a doutrina da Igreja Católica, é um sacramento da Igreja Católica em que o fiel recebe, através da ação do bispo, uma unção com o Crisma. Trata-se de um rito em que o ministro sagrado impõe as mãos sobre os confirmandos, invocando o Espírito Santo, e os unge com óleo de oliveira.

A Crisma é um sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo, e nos faz ser perfeitos cristãos." Ao serem batizados os crismandos assumem sua fé de livre vontade e se responsabilizam por ela.

Portanto, esse belíssimo sacramento da Confirmação completa o batismo. Por meio dele, o fiel recebe o dom do Espírito Santo, faz um acordo com Deus e, cheio dos dons do Espírito, é chamado a testemunhar o amor ao Senhor.

A Confirmação é o sacramento que completa o batismo e pelo qual recebemos o dom do Espírito Santo. Quem se decide livremente por uma vida como filho de Deus e pede o Paráclito, sob o sinal da imposição das mãos e da unção do óleo do Crisma, obtém a força para testemunhar o amor e o poder do Senhor com palavras e atos. Essa pessoa agora é membro legítimo e responsável da Igreja Católica.

Através do Crisma o batizado recebe o Espírito Santo.