Ressurreição de Cristo

Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
(Evangelho)

E Jesus perguntou: "Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando?" Maria pensou que fosse o jardineiro, e disse: "Se foi o senhor que levou Jesus, diga-me onde o colocou, e eu irei buscá-lo."  Então Jesus disse: "Maria." Ela virou-se e exclamou em hebraico: "Rabuni!" (que quer dizer: Mestre).  Jesus disse: "Não me segure, porque ainda não voltei para o Pai. Mas vá dizer aos meus irmãos: ‘Subo para junto do meu Pai, que é Pai de vocês, do meu Deus, que é o Deus de vocês.’ " 
(Evangelho)

Porque não me abandonarás na região dos mortos, nem permitirás que o teu santo conheça a corrupção.
(Antigo Testamento)

 Então o anjo disse às mulheres: "Não tenham medo. Eu sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado.  Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito! Venham ver o lugar onde ele estava.  E vão depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à frente de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão.

No entanto, os dois homens disseram: "Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo?  Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se de como ele falou, quando ainda estava na Galiléia: ‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado, e ressuscitar no terceiro dia’."  Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus.  

 De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: "Alegrem-se!" As mulheres se aproximaram, e se ajoelharam diante de Jesus, abraçando seus pés.  Então Jesus disse a elas: "Não tenham medo. 

(Evangelho)



Bíblia Católica

Novo Testamento

Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.

Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver a sepultura.  De repente houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra, e sentou-se nela.  Sua aparência era como a de um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve.  Os guardas tremeram de medo diante do anjo, e ficaram como mortos.  Então o anjo disse às mulheres: "Não tenham medo. Eu sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado.  Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito! Venham ver o lugar onde ele estava.  E vão depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à frente de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão. É o que tenho a lhes dizer."  As mulheres saíram depressa do túmulo; estavam com medo, mas correram com muita alegria para dar a notícia aos discípulos.  De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: "Alegrem-se!" As mulheres se aproximaram, e se ajoelharam diante de Jesus, abraçando seus pés.  Então Jesus disse a elas: "Não tenham medo. Vão anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão."

Os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado.  Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram.  Então Jesus se aproximou, e falou: "Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra.  Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo."

Quando o sábado passou, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus.  E bem cedo no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo.  E diziam entre si: "Quem vai tirar para nós a pedra da entrada do túmulo?"  Era uma pedra muito grande. Mas, quando olharam, viram que a pedra já havia sido tirada.  Então entraram no túmulo e viram um jovem, sentado do lado direito, vestido de branco. E ficaram muito assustadas.  Mas o jovem lhes disse: "Não fiquem assustadas. Vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vejam o lugar onde o puseram.  Agora vocês devem ir e dizer aos discípulos dele e a Pedro que ele vai para a Galiléia na frente de vocês. Lá vocês o verão, como ele mesmo disse."

Então as mulheres saíram do túmulo correndo, porque estavam com medo e assustadas. E não disseram nada a ninguém, porque tinham medo. Depois de ressuscitar na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios.  Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando.  Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam a caminho do campo.  
Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros, que não acreditaram nem mesmo nestes. Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo. Jesus os repreendeu por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.  Então Jesus disse-lhes: "Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade.  Quem acreditar e for batizado, será salvo. Quem não acreditar, será condenado.  Os sinais que acompanharão aqueles que acreditarem são estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; quando colocarem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados."  Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.  Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e, por meio dos sinais que os acompanhavam, provava que o ensinamento deles era verdadeiro.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro. Ela viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.  Então saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo que Jesus amava. E disse para eles: "Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o colocaram."
Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo.  Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo.  Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou.  Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte.
Então o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou.  De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz: "Ele deve ressuscitar dos mortos."  Os discípulos, então, voltaram para casa.
Maria tinha ficado fora chorando junto ao túmulo. Enquanto ainda chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo.  Viu então dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus tinha sido colocado, um na cabeceira e outro nos pés.  Então os anjos perguntaram: "Mulher, por que você está chorando?" Ela respondeu: "Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o colocaram."
Depois de dizer isso, Maria virou-se e viu Jesus de pé; mas não sabia que era Jesus.  E Jesus perguntou: "Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando?" Maria pensou que fosse o jardineiro, e disse: "Se foi o senhor que levou Jesus, diga-me onde o colocou, e eu irei buscá-lo."  Então Jesus disse: "Maria." Ela virou-se e exclamou em hebraico: "Rabuni!" (que quer dizer: Mestre).  Jesus disse: "Não me segure, porque ainda não voltei para o Pai. Mas vá dizer aos meus irmãos: ‘Subo para junto do meu Pai, que é Pai de vocês, do meu Deus, que é o Deus de vocês.’ "  Então Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: "Eu vi o Senhor." E contou o que Jesus tinha dito.
Era o primeiro dia da semana. Ao anoitecer desse dia, estando fechadas as portas do lugar onde se achavam os discípulos por medo das autoridades dos judeus, Jesus entrou. Ficou no meio deles e disse: "A paz esteja com vocês."  Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor.
Jesus disse de novo para eles: "A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês."  Tendo falado isso, Jesus soprou sobre eles, dizendo: "Recebam o Espírito Santo.  Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados." Tomé, chamado Gêmeo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio.  Os outros discípulos disseram para ele: "Nós vimos o Senhor." Tomé disse: "Se eu não vir a marca dos pregos nas mãos de Jesus, se eu não colocar o meu dedo na marca dos pregos, e se eu não colocar a minha mão no lado dele, eu não acreditarei."
Uma semana depois, os discípulos estavam reunidos de novo. Dessa vez, Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou. Ficou no meio deles e disse: "A paz esteja com vocês."  Depois disse a Tomé: "Estenda aqui o seu dedo e veja as minhas mãos. Estenda a sua mão e toque o meu lado. Não seja incrédulo, mas tenha fé."  Tomé respondeu a Jesus: "Meu Senhor e meu Deus!"  Jesus disse: "Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditaram sem ter visto."
Jesus realizou diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.  Estes sinais foram escritos para que vocês acreditem que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, acreditando, vocês tenham a vida em seu nome.
Jesus apareceu aos discípulos na margem do mar de Tiberíades. E apareceu deste modo:  Estavam juntos Simão Pedro, Tomé chamado Gêmeo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus.  Simão Pedro disse: "Eu vou pescar." Eles disseram: "Nós também vamos." Saíram e entraram na barca. Mas naquela noite não pescaram nada.
Quando amanheceu, Jesus estava na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus.  Então Jesus disse: "Rapazes, vocês têm alguma coisa para comer?" Eles responderam: "Não."  Então Jesus falou: "Joguem a rede do lado direito da barca, e vocês acharão peixe." Eles jogaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, de tanto peixe que pegaram.  Então o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor." Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu a roupa, pois estava nu, e pulou dentro d’água.
Os outros discípulos foram na barca, que estava a uns cem metros da margem. Eles arrastavam a rede com os peixes.  Logo que pisaram em terra firme, viram um peixe na brasa e pão.  Jesus disse: "Tragam alguns peixes que vocês acabaram de pescar."  Então Simão Pedro subiu na barca e arrastou a rede para a praia. Estava cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de tantos peixes, a rede não arrebentou.
Jesus disse para eles: "Vamos, comam." Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.  Jesus se aproximou, tomou o pão e distribuiu para eles. Fez a mesma coisa com o peixe. Essa foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo." Jesus disse: "Cuide dos meus cordeiros." Jesus perguntou de novo a Pedro: "Simão, filho de João, você me ama?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo." Jesus disse: "Tome conta das minhas ovelhas."  Pela terceira vez Jesus perguntou a Pedro: "Simão, filho de João, você me ama?" Então Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Disse a Jesus: "Senhor, tu conheces tudo, e sabes que eu te amo." Jesus disse: "Cuide das minhas ovelhas.  Eu garanto a você: quando você era mais moço, você colocava o cinto e ia para onde queria. Quando você ficar mais velho, estenderá as suas mãos, e outro colocará o cinto em você e o levará 
para onde você não quer ir."  Jesus falou isso aludindo ao tipo de morte com que Pedro iria glorificar a Deus. E Jesus acrescentou: "Siga-me."
Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que estivera bem perto de Jesus durante a ceia e que havia perguntado: "Senhor, quem é que vai traí-lo?"  Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: "Senhor, o que vai acontecer a ele?"  Jesus respondeu: "Se eu quero que ele viva até que eu venha, o que é que você tem com isso? Quanto a você, siga-me."
Então correu a notícia entre os irmãos de que aquele discípulo não iria morrer. Porém Jesus não disse que ele não ia morrer, mas disse: "Se eu quero que ele viva até que eu venha, o que é que você tem com isso?"
Este é o discípulo que deu testemunho dessas coisas e que as escreveu. E nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que não caberiam no mundo os livros que seriam escritos.

No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado.  Encontraram a pedra do túmulo removida.  Mas ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus, e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens, com roupas brilhantes, pararam perto delas.  Cheias de medo, elas olhavam para o chão. No entanto, os dois homens disseram: "Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo?  Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se de como ele falou, quando ainda estava na Galiléia: ‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado, e ressuscitar no terceiro dia’."  Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus.  Voltaram do túmulo, e anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros.  Eram Maria Madalena, Joana, e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos.  Contudo, os apóstolos acharam que eram tolices o que as mulheres contavam e não acreditaram nelas.  Pedro, porém, levantou-se e correu para o túmulo. Inclinou-se, e viu apenas os lençóis de linho. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.
Nesse mesmo dia, dois discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.  Conversavam a respeito de tudo o que tinha acontecido.  Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e começou a caminhar com eles.  Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram.  Então Jesus perguntou: "O que é que vocês andam conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste.  Um deles, chamado Cléofas, disse: "Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que aí aconteceu nesses últimos dias?"  Jesus perguntou: "O que foi?" Os discípulos responderam: "O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo.  Nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram.  Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que tudo isso aconteceu!  É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo, e não encontraram o corpo de Jesus. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos, e estes afirmaram que Jesus está vivo.  Alguns dos nossos foram ao túmulo, e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas ninguém viu Jesus." Então Jesus disse a eles: "Como vocês custam para entender, e como demoram para acreditar em tudo o que os profetas falaram!  Será que o Messias não devia sofrer tudo isso, para entrar na sua glória?"  Então, começando por Moisés e continuando por todos os Profetas, Jesus explicava para os discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante.  Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando." Então Jesus entrou para ficar com eles.  Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles.  Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
Então um disse ao outro: "Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?"  Na mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros.  E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão!"  Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão.
Ainda estavam falando, quando Jesus apareceu no meio deles, e disse: "A paz esteja com vocês."  Espantados e cheios de medo, pensavam estar vendo um espírito.  Então Jesus disse: "Por que vocês estão perturbados, e por que o coração de vocês está cheio de dúvidas?  Vejam minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo. Toquem-me e vejam: um espírito não tem carne e ossos, como vocês podem ver que eu tenho."  E dizendo isso, Jesus mostrou as mãos e os pés.  E como eles ainda não estivessem acreditando, por causa da alegria e porque estavam espantados, Jesus disse: "Vocês têm aqui alguma coisa para comer?"  Eles ofereceram a Jesus um pedaço de peixe grelhado.  Jesus pegou o peixe, e o comeu diante deles.
Jesus disse: "São estas as palavras que eu lhes falei, quando ainda estava com vocês: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos."  Então Jesus abriu a mente deles para entenderem as Escrituras.  E continuou: "Assim está escrito: ‘O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’.  E vocês são testemunhas disso.
Agora eu lhes enviarei aquele que meu Pai prometeu. Por isso, fiquem esperando na cidade, até que vocês sejam revestidos da força do alto."
Então Jesus levou os discípulos para fora da cidade, até Betânia. Aí, ergueu as mãos e os abençoou. Enquanto os abençoava, afastou-se deles, e foi levado para o céu.  Eles o adoraram, e depois voltaram para Jerusalém, com grande alegria.  E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.



Atos dos Apóstolos

Deus, porém, ressuscitou Jesus, libertando-o das cadeias da morte, porque não era possível que ela o dominasse.  De fato, Davi assim falou a respeito de Jesus: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, porque ele está à minha direita, para que eu não vacile.  Por isso, meu coração se alegra, minha língua exulta e minha carne repousa com esperança.  Porque não me abandonarás na região dos mortos, nem permitirás que o teu santo conheça a corrupção.  Tu me ensinaste os caminhos da vida, e me encherás de alegria na tua presença.’

Irmãos, quanto ao patriarca Davi, permitam que eu lhes diga com franqueza: ele morreu, foi sepultado e seu túmulo está entre nós até hoje.  Mas, ele era profeta, e sabia que Deus lhe havia jurado solenemente fazer com que um descendente seu lhe sucedesse no trono.  Por isso, previu a ressurreição de Cristo e falou: ‘ele não foi abandonado na região dos mortos, e a sua carne não conheceu a corrupção.’

Deus ressuscitou a este Jesus. E nós todos somos testemunhas disso.  Ele foi exaltado à direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito prometido e o derramou: é o que vocês estão vendo e ouvindo.  De fato, Davi não subiu ao céu, mas falou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: sente-se à minha direita, até que eu faça de seus inimigos um lugar para apoiar seus pés.’

Vocês mataram o Autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E disso nós somos testemunhas. 

Após ter ressuscitado o seu servo, Deus o enviou em primeiro lugar a vocês, para os abençoar e para que cada um se converta de suas maldades."

Pois fiquem sabendo todos vocês, e também todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, - aquele que vocês crucificaram e que Deus ressuscitou dos mortos, - é pelo seu nome, e por nenhum outro, que este homem está curado diante de vocês.  Jesus é a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, que se tornou a pedra angular.  Não existe salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não existe outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos."

"É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens.  O Deus de nossos antepassados ressuscitou a Jesus, que vocês mataram, suspendendo-o numa cruz.  

Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e lhe concedeu manifestar a sua presença, não para todo o povo, mas para as testemunhas que Deus já havia escolhido: para nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ele ressuscitou dos mortos.  E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 

Depois de fazerem tudo o que a Escritura diz a respeito de Jesus, eles o tiraram da cruz e o puseram num túmulo.  Mas Deus o ressuscitou dos mortos, e durante muitos dias ele apareceu àqueles que o acompanharam da Galiléia para Jerusalém. Agora, eles são testemunhas de Jesus diante do povo.   Nós anunciamos a vocês este Evangelho: a promessa que Deus fez aos antepassados, ele a cumpriu plenamente para nós, seus filhos, quando ressuscitou Jesus, como está escrito no segundo Salmo: ‘Você é o meu filho, eu hoje o gerei’.  Deus ressuscitou Jesus dos mortos, para que nunca voltasse à corrupção. Isso, ele o disse desta maneira: ‘Cumprirei para vocês a promessa fiel que fiz a Davi’.  Por isso diz também em outro lugar: ‘Não permitirás que teu fiel conheça a corrupção’.  Ora, tendo cumprido a missão que Deus lhe dera para sua época, Davi morreu, foi para junto deseus pais e conheceu a corrupção.  Mas aquele que Deus ressuscitou não conheceu a corrupção.  

Partindo das Escrituras, explicava e demonstrava para eles que o Messias devia morrer e ressuscitar dos mortos.

Mas Deus, sem levar em conta os tempos da ignorância, agora anuncia aos homens que todos e em todo lugar se arrependam, pois ele estabeleceu um dia em que irá julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou e creditou diante de todos, ressuscitando-o dos mortos."

Não prego nada mais do que os Profetas e Moisés disseram que havia de acontecer, isto é, que o Messias devia sofrer e que, ressuscitado por primeiro dentre os mortos, ele devia anunciar a luz ao povo e aos pagãos."

Será igualmente creditado para nós, pois acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos, Jesus nosso Senhor, o qual foi entregue à morte pelos nossos pecados e foi ressuscitado para nos tornar justos.

Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova. 

Mas, se estamos mortos com Cristo, acreditamos que também viveremos com ele, pois sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele.  Porque morrendo, Cristo morreu de uma vez por todas para o pecado; vivendo, ele vive para Deus.  Assim também vocês considerem-se mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.

Meus irmãos, o mesmo acontece com vocês: pelo corpo de Cristo, vocês morreram para a Lei, a fim de pertencerem a outro, que ressuscitou dos mortos, e assim produzirem frutos para Deus. 

Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou Cristo dos mortos dará a vida também para os corpos mortais de vocês, por meio do seu Espírito que habita em vocês.

Pois se você confessa com a sua boca que Jesus é o Senhor, e acredita com seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, você será salvo. 

Deus, que ressuscitou o Senhor, ressuscitará também a nós pelo seu poder.

Cristo morreu por nossos pecados, conforme as Escrituras; ele foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; apareceu a Pedro e depois aos Doze.  Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez; a maioria deles ainda vive, e alguns já morreram. Depois apareceu a Tiago e, em seguida, a todos os apóstolos.  Em último lugar apareceu a mim, que sou um aborto. 

Ora, se nós pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de vocês dizem que não há ressurreição dos mortos?

Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos como primeiro fruto dos que morreram.  De fato, já que a morte veio através de um homem, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos receberão a vida.

Pois sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos ressuscitará com Jesus e nos colocará ao lado dele juntamente com vocês. 

Ora, Cristo morreu por todos, e assim, aqueles que vivem, já não vivem para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 

Paulo, apóstolo não da parte dos homens, nem por meio de um homem, mas da parte de Jesus Cristo e de Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos.  

Ele a manifestou em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita no céu...

Ele é o Princípio, o primeiro daqueles que ressuscitam dos mortos, para em tudo ter a primazia.

Se vocês foram ressuscitados com Cristo, procurem as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.  

Falam também de como vocês esperam que Jesus venha do céu, o Filho de Deus, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos. 

Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, acreditamos também que aqueles que morreram em Jesus serão levados por Deus em sua companhia.

Lembre-se de que Jesus Cristo, descendente de Davi, ressuscitou dos mortos.

O Deus da paz, que ressuscitou dos mortos a Jesus nosso Senhor, que é o pastor supremo das ovelhas por ter derramado o sangue da aliança eterna, que Deus torne vocês perfeitos em todo bem. 

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo por sua grande misericórdia. Ressuscitando a Jesus Cristo dos mortos, ele nos fez renascer para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe, não se mancha e não murcha.

Por meio dele é que vocês acreditam em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus.

E da parte de Jesus Cristo, a Testemunha fiel, o Primeiro a ressuscitar dos mortos, o Chefe dos reis da terra.




Antigo Testamento

Venham, voltemos a Javé: ele nos despedaçou, mas ele nos vai curar; ele nos feriu, mas ele vai atar nossa ferida.  Em dois dias ele nos fará reviver, e no terceiro dia nos fará levantar, e passaremos a viver na sua presença.  Esforcemo-nos para conhecer a Javé; sua chegada é certa como a aurora, ele virá a nós como a chuva, como o aguaceiro que ensopa a terra.

Javé enviou um peixe bem grande para que engolisse Jonas. E Jonas ficou no ventre do peixe três dias e três noites. 

Por isso meu coração se alegra, minhas entranhas exultam, e minha carne repousa em segurança; porque não me abandonarás no túmulo, nem deixarás o teu fiel ver a sepultura.

Porque não me abandonarás na região dos mortos, nem permitirás que o teu santo conheça a corrupção.

Foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; tal como cordeiro, ele foi levado para o matadouro; como ovelha muda diante do tosquiador, ele não abriu a boca.  Foi preso, julgado injustamente; e quem se preocupou com a vida dele? Pois foi cortado da terra dos vivos e ferido de morte por causa da revolta do meu povo.  A sepultura dele foi colocada junto com a dos ímpios, e seu túmulo junto com o dos ricos, embora nunca tivesse cometido injustiça e nunca a mentira estivesse em sua boca.  No entanto, Javé queria esmagá-lo com o sofrimento: se ele entrega a sua vida em reparação pelos pecados, então conhecerá os seus descendentes, prolongará a sua existência e, por meio dele, o projeto de Javé triunfará.  Pelas amarguras suportadas, ele verá a luz e ficará saciado. Pelo seu conhecimento, o meu servo justo devolverá a muitos a verdadeira justiça, pois carregou o crime deles.  Por isso eu lhe darei multidões como propriedade, e com os poderosos repartirá o despojo: porque entregou seu pescoço à morte e foi contado entre os pecadores, ele carregou os pecados de muitos e intercedeu pelos pecadores.




Virgem Maria de Medjugorje

Escolham a vida e não a morte da alma, filhinhos, e neste tempo, quando vocês meditam sobre a Paixão e a Morte de Jesus, Eu os convido a se decidirem pela vida, que floresceu por meio da Ressurreição. Que suas vidas possam ser hoje renovadas pela conversão, que conduzirá vocês à vida eterna. Obrigada por terem atendido a Meu chamado."

Coloquem a Deus em primeiro lugar e, assim, Jesus Ressuscitado se tornará amigo de vocês. Obrigada por terem atendido a Meu chamado."

Filhinhos, abram seus corações e dêem-Me tudo o que têm dentro deles: as alegrias, as tristezas e cada sofrimento, mesmo os mais pequeninos, para que Eu possa oferecê-los a Jesus, a fim de que Ele, com Seu amor incomensurável, queime e transforme suas tristezas na alegria da sua Ressurreição. 

Sejam alegres testemunhas de Jesus Ressuscitado, neste mundo inquieto, que anseia por Deus e por tudo que vem de Deus. 

Jesus ressuscitado estará com vocês, e serão Suas testemunhas. 

Queridos filhos: Também hoje os convido a ter mais confiança em Mim e em Meu Filho. Ele venceu com Sua morte e ressurreição, e convida-os a ser, através de Mim, parte da Sua alegria. 

Queridos filhos: Também hoje Eu os convido à conversão pessoal. Sejam vocês aqueles que se convertem e, com sua vida, testemunhem, amem, perdoem e levem a alegria do Ressuscitado a este mundo, onde o Meu Filho morreu e onde as pessoas não sentem necessidade de buscá-Lo nem descobri-Lo em suas vidas.

Queridos filhos: Neste tempo de primavera, quando tudo desperta do sono do inverno, despertem também vocês as suas almas com a oração, para que estejam prontos a acolher a luz de Jesus Ressuscitado.

Hoje eu desejo dar a vocês a alegria do Ressuscitado para que Ele os guie e os abrace com o Seu amor e ternura.

Queridos filhos. Hoje convido-vos a viver com Jesus a vossa nova vida. Que o Ressuscitado vos dê força a fim de serem sempre fortes nas provas da vida, e fiéis e perseverantes na oração porque Jesus vos salvou com as suas feridas e, pela sua Ressurreição, deu-vos uma vida nova. 

Filhinhos, sejam a alegria do Jesus ressuscitado que morreu e ressuscitou por vocês. Ele venceu a morte para dar-lhes a vida, a vida eterna. Portanto, filhinhos, testemunhem e se orgulhem de terem ressuscitado nele. 

Sejam o reflexo do amor de Deus e testemunhem Jesus Ressuscitado com a sua vida. 

Caminhem corajosamente com Cristo Ressuscitado rumo ao céu, que é a  sua meta.  





Catecismo da Igreja Católica

Ora, Deus Pai revelou a sua omnipotência do modo mais misterioso, na humilhação voluntária e na ressurreição de seu Filho, pelas quais venceu o mal. Por isso, Cristo crucificado é «força de Deus e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens» (1 Cor 1, 25). Foi na ressurreição e na exaltação de Cristo que o Pai «exerceu a eficácia da [sua] poderosa força» e mostrou a «incomensurável grandeza que representa o seu poder para nós, os crentes» (Ef 1, 19-22).

São ainda os anjos que «evangelizam» (188), anunciando a Boa-Nova da Encarnação (189) e da Ressurreição (190) de Cristo. 

349. O oitavo dia. Mas para nós, um dia novo surgiu: o dia da Ressurreição de Cristo. O sétimo dia acaba a primeira criação. O oitavo dia começa a nova criação.

421. «Segundo a fé dos cristãos, este mundo foi criado e continua a ser conservado pelo amor do Criador; é verdade que caiu sob a escravidão do pecado, mas Cristo, pela Cruz e Ressurreição, venceu o poder do Maligno e libertou-o...» (314).

434. A ressurreição de Jesus glorifica o nome de Deus salvador (20) porque, a partir daí, é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do nome que está acima de todos os nomes» (Fl 2, 9-10).

E só depois da ressurreição, a sua realeza messiânica poderá ser proclamada por Pedro...

445. É depois da ressurreição que a filiação divina de Jesus aparece no poder da sua humanidade glorificada: «Segundo o Espírito santificante, pela sua ressurreição de entre os mortos, Ele foi estabelecido como Filho de Deus em poder» (Rm 1, 4) (62).

Desde os panos do nascimento (188) até ao vinagre da paixão (189) e ao sudário da ressurreição (190), tudo, na vida de Jesus, é sinal do seu mistério. 

Na ressurreição, pela qual nos justifica (198).

E à sua ressurreição «para nossa justificação» (Rm 4, 25). 

E realizará a vinda do seu Reino sobretudo pelo grande mistério da sua Páscoa: a sua morte de cruz e a sua ressurreição.

Desde agora, nós participamos na ressurreição do Senhor pelo Espírito Santo que actua nos sacramentos do Corpo de Cristo. 

Já por três vezes tinha anunciado a sua paixão e a sua ressurreição (322). 

560. A entrada de Jesus em Jerusalém manifesta a vinda do Reino que o Rei-Messias vai realizar pela Páscoa da sua morte e da sua ressurreição.

A sua ressurreição tudo é actuação da sua palavra e cumprimento da Revelação» (330).

570. A entrada de Jesus em Jerusalém manifesta a vinda do Reino, que o Rei-Messias, acolhido na cidade pelas crianças e pelos humildes de corarão, vai realizar pela Páscoa da sua morte e ressurreição.

571. O mistério pascal da cruz e ressurreição de Cristo está no centro da Boa-Nova que os Apóstolos, e depois deles a Igreja, devem anunciar ao mundo. 

Depois da ressurreição, os Apóstolos guardaram para com o templo um respeito religioso (380).

Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús (450) e depois aos próprios Apóstolos (451).

A ressurreição de Jesus «ao terceiro dia» (1 Cor 15, 4; Lc 24, 46) (523) era disso sinal, até porque se julgava que a corrupção começava a manifestar-se a partir do quarto dia (524).

O Símbolo dos Apóstolos confessa, num mesmo artigo da fé, a descida de Cristo a mansão dos mortos e a sua ressurreição dos mortos ao terceiro dia, porque, na sua Páscoa, é da profundidade da morte que Ele faz jorrar a vida.

638. «Nós vos anunciamos a Boa-Nova de que a promessa feita aos nossos pais, a cumpriu Deus para nós, seus filhos, ao ressuscitar Jesus» (Act 13, 32-33). A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, acreditada e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada como parte essencial do mistério pascal, ao mesmo tempo que a cruz:
«Cristo ressuscitou dos mortos. Pela Sua morte venceu a morte, e aos mortos deu a vida» (542).

639. O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze» (1 Cor 15, 3-4). O Apóstolo fala aqui da tradição viva da ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco (543).

640. «Por que motivo procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou» (Lc 24, 5-6). No quadro dos acontecimentos da Páscoa, o primeiro elemento que se nos oferece é o sepulcro vazio. Isso não é, em si, uma prova directa. A ausência do corpo de Cristo do sepulcro poderia explicar-se doutro modo (544). Apesar disso, o sepulcro vazio constitui, para todos, um sinal essencial. A descoberta do facto pelos discípulos foi o primeiro passo para o reconhecimento do facto da ressurreição. Foi, primeiro, o caso das santas mulheres (545), depois o de Pedro (546). «O discípulo que Jesus amava» (Jo 20, 2) afirma que, ao entrar no sepulcro vazio e ao descobrir «os lençóis no chão» (Jo 20, 6), «viu e acreditou» (547); o que supõe que ele terá verificado, pelo estado em que ficou o sepulcro vazio "', que a ausência do corpo de Jesus não podia ter sido obra humana e que Jesus não tinha simplesmente regressado a uma vida terrena, como fora o caso de Lázaro (549

641. Maria Madalena e as santas mulheres, que vinham para acabar de embalsamar o corpo de Jesus (550), sepultado à pressa por causa do início do «Sábado», no fim da tarde de Sexta-feira Santa (551), foram as primeiras pessoas a encontra-se com o Ressuscitado (552). Assim, as mulheres foram as primeiras mensageiras da ressurreição de Cristo para os próprios Apóstolos (553). Em seguida, foi a eles que Jesus apareceu: primeiro a Pedro, depois aos Doze (554). Pedro, incumbido de consolidar a fé dos seus irmãos (555), vê, portanto, o Ressuscitado antes deles e é com base no seu testemunho que a comunidade exclama: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24, 34.36).

642. Tudo quanto aconteceu nestes dias pascais empenha cada um dos Apóstolos – e muito particularmente Pedro – na construção da era nova, que começa na manhã do dia de Páscoa. Como testemunhas do Ressuscitado, eles são as pedras do alicerce da sua Igreja. A fé da primeira comunidade dos crentes está fundada no testemunho de homens concretos, conhecidos dos cristãos e, a maior parte, vivendo ainda entre eles. Estas «testemunhas da ressurreição de Cristo» (556) são, em primeiro lugar, Pedro e os Doze. Mas há outros: Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu em conjunto, além de Tiago e de todos os Apóstolos (557).

643. Perante estes testemunhos, é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não a reconhecer como um facto histórico. Resulta, dos factos, que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da paixão e morte de cruz do seu Mestre, por este de antemão anunciada (558). O abalo provocado pela paixão foi tão forte que os discípulos (pelo menos alguns) não acreditaram imediatamente na notícia da ressurreição. Longe de nos apresentar uma comunidade tomada de exaltação mística, os evangelhos apresentam-nos os discípulos abatidos (de «rosto sombrio»: Lc 24, 17) e apavorados (559). Foi por isso que não acreditaram nas santas mulheres, regressadas da sua visita ao túmulo, e «as suas narrativas pareceram-lhe um desvario» (Lc 24, 11) (560). Quando Jesus apareceu aos onze, na tarde do dia de Páscoa, «censurou-lhes a falta de fé e a teimosia em não quererem acreditar naqueles que O tinham visto ressuscitado» (Mc 16, 14).

644.  Mesmo confrontados com a realidade de Jesus Ressuscitado, os discípulos ainda duvidam (561) de tal modo isso lhes parecia impossível: julgavam ver um fantasma (562). «Por causa da alegria, estavam ainda sem querer acreditar e cheios de assombro» (Lc 24, 41). Tomé experimentará a mesma provação da dúvida (563), e quando da última aparição na Galileia, referida por Mateus, «alguns ainda duvidavam» (Mt 28, 17). É por isso que a hipótese, segundo a qual a ressurreição teria sido um «produto» da fé (ou da credulidade) dos Apóstolos, é inconsistente. Pelo contrário, a sua fé na ressurreição nasceu — sob a acção da graça divina da experiência directa da realidade de Jesus Ressuscitado.

645. Jesus Ressuscitado estabeleceu com os seus discípulos relações directas, através do contacto físico (564) e da participação na refeição (565). Desse modo, convida-os a reconhecer que não é um espírito (566), e sobretudo a verificar que o corpo ressuscitado, com o qual se lhes apresenta, é o mesmo que foi torturado e crucificado, pois traz ainda os vestígios da paixão (567). No entanto, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas dum corpo glorioso: não está situado no espaço e no tempo, mas pode, livremente, tornar-se presente onde e quando quer (568), porque a sua humanidade já não pode ser retida sobre a terra e já pertence exclusivamente ao domínio divino do Pai (569). Também por este motivo, Jesus Ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quer: sob a aparência dum jardineiro (570) ou «com um aspecto diferente» (Mc 16, 12) daquele que era familiar aos discípulos; e isso, precisamente, para lhes despertar a fé (571).

646. A ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena, como no caso das ressurreições que Ele tinha realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Esses factos eram acontecimentos milagrosos, mas as pessoas miraculadas reencontravam, pelo poder de Jesus, uma vida terrena «normal»: em dado momento, voltariam a morrer. A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. No seu corpo ressuscitado, Ele passa do estado de morte a uma outra vida, para além do tempo e do espaço. O corpo de Cristo é, na ressurreição, cheio do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado da sua glória, de tal modo que São Paulo pode dizer de Cristo que Ele é o «homem celeste» (572).

647. «Oh noite bendita! – canta o «Exultet» pascal – única a ter conhecimento do tempo e da hora em que Cristo ressuscitou do sepulcro» (573). Com efeito, ninguém foi testemunha ocular do acontecimento da ressurreição propriamente dita e nenhum evangelista o descreve. Ninguém pôde dizer como ela se deu, fisicamente. Ainda menos a sua essência mais íntima, a passagem a uma outra vida, foi perceptível aos sentidos. Acontecimento histórico comprovado pelo sinal do túmulo vazio e pela realidade dos encontros dos Apóstolos com Cristo Ressuscitado, nem por isso a ressurreição deixa de estar, naquilo em que transcende e ultrapassa a história, no próprio centro do mistério da fé. Foi por isso que Cristo Ressuscitado não Se manifestou ao mundo (574), mas aos discípulos, «aos que com Ele tinham subido da Galileia a Jerusalém» e que «são agora testemunhas de Jesus junto do povo» (Act 13, 31).

648. A ressurreição de Cristo é objecto de fé, na medida em que é uma intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história. Nela, as três pessoas divinas agem em conjunto e manifestam a sua originalidade própria: realizou-se pelo poder do Pai, que «ressuscitou» (Act 2, 24) Cristo seu Filho, e assim introduziu de modo perfeito a sua humanidade – com o seu corpo – na Trindade. Jesus foi divinamente revelado «Filho de Deus em todo o seu poder, pela sua ressurreição de entre os mortos» (Rm 1, 4). São Paulo insiste na manifestação do poder de Deus (575) por obra do Espírito, que vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao estado glorioso de Senhor.

649. Quanto ao Filho, Ele opera a sua própria ressurreição em virtude do seu poder divino. Jesus anuncia que o Filho do Homem deverá sofrer muito, e depois ressuscitar (no sentido activo da palavra (576)). Aliás, é d'Ele esta afirmação explícita: «Eu dou aminha vida para retomá-la [...] Tenho o poder de a dar e o poder de a retomar» (Jo 10,17-18). «Nós cremos que Jesus morreu e depois ressuscitou» (1 Ts 4, 14).

650. Os Santos Padres contemplam a ressurreição a partir da pessoa divina de Cristo, que ficou unida à sua alma e ao seu corpo, separados entre si pela morte: «Pela unidade da natureza divina, que continua presente em cada uma das duas partes do homem, estas unem-se de novo. Assim, a morte é produzida pela separação do composto humano e a ressurreição pela união das duas partes separadas» (577).

651. «Se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é vã e também é vã a vossa fé» (1 Cor 15, 14). A ressurreição constitui, antes de mais, a confirmação de tudo quanto Cristo em pessoa fez e ensinou. Todas as verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano, encontram a sua justificação se, ressuscitando, Cristo deu a prova definitiva, que tinha prometido, da sua autoridade divina.

652. A ressurreição de Cristo é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (578) e do próprio Jesus, durante a sua vida terrena (579). A expressão «segundo as Escrituras» (580) indica que a ressurreição de Cristo cumpriu essas predições.

653. A verdade da divindade de Jesus é confirmada pela ressurreição. Ele tinha dito: «Quando elevardes o Filho do Homem, então sabereis que "Eu Sou"» (Jo 8, 28). A ressurreição do Crucificado demonstrou que Ele era verdadeiramente «Eu Sou», o Filho de Deus e Ele próprio Deus. São Paulo pôde declarar aos judeus: «E nós vos anunciamos a Boa-Nova de que a promessa feita aos nossos pais, cumpriu-a Deus para os filhos deles ao ressuscitar Jesus, como justamente está escrito no Salmo segundo: "Tu és meu Filho, Eu gerei-Te hoje"» (Act 13, 32-33) (581). O mistério da ressurreição de Cristo está estreitamente ligado ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. É dele o cumprimento, segundo o desígnio eterno de Deus.

654. Existe um duplo aspecto no mistério pascal: pela sua morte, Cristo liberta-nos do pecado; pela sua ressurreição, abre-nos o acesso a uma nova vida. Esta é, antes de mais, a justificação, que nos repõe na graça de Deus (582), «para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos [...], também nós vivamos uma vida nova» (Rm 6, 4). Esta consiste na vitória sobre a morte do pecado e na nova participação na graça (583); realiza a adopção filial, porque os homens tornam-se irmãos de Cristo, como o próprio Jesus chama aos discípulos depois da ressurreição: «Ide anunciar aos meus irmãos» (Mt 28, 10) (584). Irmãos, não por natureza, mas por dom da graça, porque esta filiação adoptiva proporciona uma participação real na vida do Filho, plenamente revelada na sua ressurreição.

655. Finalmente, a ressurreição de Cristo – e o próprio Cristo Ressuscitado – é princípio e fonte da nossa ressurreição futura: «Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram [...]. Do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida» (1 Cor 15, 20-22). Na expectativa de que isto se realize, Cristo Ressuscitado vive no coração dos seus fiéis. N'Ele, os cristãos «saboreiam as maravilhas do mundo vindouro» (Heb 6, 5) e a sua vida é atraída por Cristo para o seio da vida divina (585), «para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles» (2 Cor 5, 15).

656. A fé na ressurreição tem por objecto um acontecimento, ao mesmo tempo historicamente testemunhado pelos discípulos (que realmente encontraram o Ressuscitado) e misteriosamente transcendente, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus.

657. O sepulcro vazio e os lençóis deixados no chão significam, por si mesmos, que ocorpo de Cristo escapou aos laços da morte e da corrupção, pelo poder de Deus. E preparam os discípulos para o encontro com o Ressuscitado.

658. Cristo, «primogénito de entre os mortos» (Cl 1, 18), é o princípio da nossa própria ressurreição, desde agora pela justificação da nossa alma (586), mais tarde pela vivificação do nosso corpo (587).

659. «Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus» (Mc 16, 19). O corpo de Cristo foi glorificado desde o momento da sua ressurreição, como o provam as propriedades novas e sobrenaturais de que, a partir de então, ele goza permanentemente (588). Mas, durante os quarenta dias em que vai comer e beber familiarmente com os discípulos (589) e instruí-los sobre o Reino (590), a sua glória fica ainda velada sob as aparências duma humanidade normal (591). A última aparição de Jesus termina com a entrada irreversível da sua humanidade na glória divina, simbolizada pela nuvem (592) e pelo céu (593). onde a partir de então, está sentado à direita de Deus (594). 

660. O carácter velado da glória do Ressuscitado, durante este tempo, transparece na sua misteriosa palavra a Maria Madalena: « [...] ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus» (Jo 20, 17). Isto indica uma diferença entre a manifestação da glória de Cristo Ressuscitado e a de Cristo exaltado à direita do Pai. O acontecimento da ascensão, ao mesmo tempo histórico e transcendente, marca a transição duma para a outra.

«Se da sua rejeição resultou a reconciliação do mundo, o que será a sua reintegração senão uma ressurreição de entre os mortos?» (Rm 11, 15).

728. Jesus não revela plenamente o Espírito Santo enquanto Ele próprio não for glorificado pela sua morte e ressurreição. 

729. Só quando chega a Hora em que vai ser glorificado, é que Jesus promete a vinda do Espírito Santo, pois a sua morte e ressurreição serão o cumprimento da promessa feita aos antepassados (104). 

Manifesta-lhes o Senhor ressuscitado, lembra-lhes a sua Palavra e abre-lhes o espírito à inteligência da sua morte e da sua ressurreição. 

746. Pela sua morte e ressurreição, Jesus foi constituído Senhor e Cristo na glória (119). Da sua plenitude, Ele derrama o Espírito Santo sobre os Apóstolos e sobre a Igreja.

Cristo exerce a sua realeza atraindo a Si todos os homens pela sua morte e ressurreição (218). 

816. «A única Igreja de Cristo [...] é aquela que o nosso Salvador, depois da ressurreição, entregou a Pedro, com o encargo de a apascentar, confiando também a ele e aos outros apóstolos a sua difusão e governo [...]. 

860. No múnus dos Apóstolos há um aspecto intransmissível: serem as testemunhas escolhidas da ressurreição do Senhor e os alicerces da Igreja.

A Assunção da santíssima Virgem é uma singular participação na ressurreição do seu Filho e uma 
antecipação da ressurreição dos outros cristãos.

974. Terminado o curso da sua vida terrena, a santíssima Virgem Maria foi elevada em corpo e alma para a glória do céu, onde participa já na glória da ressurreição do seu Filho, antecipando a ressurreição de todos os membros do Seu Corpo.

981. Depois da ressurreição, Cristo enviou os seus Apóstolos «a anunciar a todos os povos o arrependimento em seu nome, com vista à remissão dos pecados» (Lc 24, 47)

994. Mas há mais: Jesus liga a fé na ressurreição à sua própria pessoa: «Eu sou a Ressurreição e a Vida» (Jo 11, 25). É o próprio Jesus que, no último dia, há-de ressuscitar os que n'Ele tiverem acreditado (565), comido o seu Corpo e bebido o seu Sangue (566) Desde logo, Ele dá um sinal disto mesmo e uma garantia, restituindo a vida a alguns mortos (567) e preanunciando assim a sua própria ressurreição que, no entanto, será de ordem diferente. Jesus fala deste acontecimento único como do «sinal de Jonas» (568), do sinal do templo (569); Ele anuncia a sua ressurreição ao terceiro dia depois da morte (570).

995. Ser testemunha de Cristo é ser «testemunha da sua ressurreição» (Act 1, 22) (571), é «ter comido e bebido com Ele depois da sua ressurreição dos mortos» (Act 10, 41). A esperança cristã na ressurreição é toda marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Nós ressuscitaremos como Ele, com Ele e por Ele.

1026. Pela sua morte e ressurreição, Jesus Cristo «abriu-nos» o céu. 

1067. «Esta obra da redenção humana e da glorificação perfeita de Deus, cujo prelúdio foram as magníficas obras divinas operadas no povo do Antigo Testamento, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, em que, "morrendo, destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida". 

O acontecimento da cruz e da ressurreição permanece e atrai tudo para a vida.

1086. «Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para que, pregando o Evangelho a toda a criatura, anunciassem que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertara do poder de Satanás e da morte e nos introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra da salvação que anunciavam, mediante o Sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica» (4).

Tanto os cristãos como os judeus celebram a Páscoa: a Páscoa da história, virada para o futuro, entre os judeus: a Páscoa consumada na morte e ressurreição de Cristo, entre os cristãos – embora sempre na esperança da sua consumação definitiva.

Em cada semana, no dia a que chamou Domingo, celebra a memória da ressurreição do Senhor, como a celebra também uma vez no ano, na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua bem-aventurada paixão. 

1166. «Por tradição apostólica, que remonta ao próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal todos os oito dias, no dia que bem se denomina dia do Senhor ou Domingo» (42). O dia da ressurreição de Cristo é, ao mesmo tempo, o «primeiro dia da semana», memorial do primeiro dia da criação, e o «oitavo dia» em que Cristo, após o seu «repouso» do grande sábado, inaugura o «dia que o Senhor fez», o «dia que não conhece ocaso» (43). A «Ceia do Senhor» é o seu centro, porque é nela que toda a comunidade dos fiéis encontra o Senhor ressuscitado, que os convida para o seu banquete (44):
«O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos é o nosso dia. Chama-se dia do Senhor por isso mesmo: porque foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos lhe chamam dia do Sol, também nós, de bom grado o confessamos: porque hoje se ergueu a luz do mundo, hoje apareceu o sol da justiça, cujos raios nos trazem a salvação» (45).

1167. O Domingo é o dia por excelência da assembleia litúrgica, em que os fiéis se reúnem «para, ouvindo a Palavra de Deus e participando na Eucaristia, fazerem memória da paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus, e darem graças a Deus, que os "regenerou para uma esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos"» (46): «Quando meditamos, ó Cristo, nas maravilhas que tiveram lugar neste dia de domingo da tua santa ressurreição, dizemos: Bendito o dia de Domingo, porque nele teve início a criação [...] a salvação do mundo [...] a renovação do género humano [...]. Foi nesse dia que o céu e a terra se congratularam e que todo o universo se encheu de luz. Bendito o dia de Domingo, porque nele foram abertas as portas do paraíso, para que Adão e todos os deportados nele entrassem sem temor» (47).

1168. Partindo do Tríduo Pascal, como da sua fonte de luz, o tempo novo da ressurreição enche todo o ano litúrgico da sua claridade. 

O mistério da ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra no nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido.

1193. 0 Domingo, «Dia do Senhor», é o dia principal da celebração da Eucaristia, porque é o dia da ressurreição. É o dia por excelência da assembleia litúrgica, o dia da família cristã, o dia da alegria e do descanso do trabalho. É «o fundamento e o núcleo de todo o ano litúrgico» (71).

E depois da sua ressurreição, confere esta missão aos Apóstolos: «Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações; baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinai-os a cumprir tudo quanto vos mandei» (Mt 28, 19-20) (17).

Fracção do Pão, porque este rito, próprio da refeição dos judeus, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como chefe de família (152), sobretudo aquando da última ceia (153) . É por este gesto que os discípulos O reconhecerão depois da sua ressurreição (154) e é com esta expressão que os primeiros cristãos designarão as suas assembleias eucarísticas (155). 

Com efeito, a passagem de Jesus para o seu Pai, pela sua morte e ressurreição – a Páscoa nova – é antecipada na ceia e celebrada na Eucaristia, que dá cumprimento a Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja na glória do Reino.

No sacrifício eucarístico, toda a criação, amada por Deus, é apresentada ao Pai, através da morte e ressurreição de Cristo.

«Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados...

1988. Pelo poder do Espírito Santo, nós tomamos parte na paixão de Cristo, morrendo para o pecado, e na sua ressurreição, nascendo para uma vida nova.

2174. Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana» (Mc 16, 2) (89). Enquanto «primeiro dia», o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto «oitavo dia», a seguir ao sábado (90), significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor (Hê kuriakê hêméra, dies dominica), o«Domingo»: «Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia [após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia] em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, mas também porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia ressuscitou dos mortos» (91).

2190. O sábado, que representava o acabamento da primeira criação, é substituído pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada na ressurreição de Cristo.

2191. A Igreja celebra o dia da ressurreição de Cristo no oitavo dia que, com razão, se chama dia do Senhor ou domingo (109).

O Reino de Deus está diante de nós. Aproximou-se no Verbo encarnado, foi anunciado através de todo o Evangelho, veio na morte e ressurreição de Cristo. 

78) Que prediziam as profecias acerca do Redentor? 
As profecias prediziam acerca do Redentor: a tribo e a família da qual devia sair; o lugar e o tempo do nascimento; os seus milagres e as mais minuciosas circunstâncias da sua Paixão e morte; a sua ressurreição e ascensão ao Céu; o seu reino espiritual, universal e perpétuo, que é a Santa Igreja Católica. 

81) Quais são os principais milagres operados por Jesus Cristo? 
Os principais milagres operados por Jesus Cristo são, além da sua ressurreição, a saúde restituída aos enfermos, a vista aos cegos, o ouvido aos surdos, a vida aos mortos. 

114)  Que  nos  ensina  o  quinto  artigo  do  Credo:  desceu  aos  infernos,  ao  terceiro  dia ressurgiu dos mortos? 
O quinto artigo tio Credo ensina-nos que a alma de Jesus Cristo, assim que se separou do corpo, foi ao Limbo e que, tio terceiro dia, se uniu de novo ao corpo, parti nunca mais dele se separar. 

118) Foi a ressurreição de Jesus Cristo semelhante à dos outros homens ressuscitados? 
A ressurreição de Jesus Cristo não foi semelhante à dos outros homens ressuscitados, porque Jesus Cristo ressuscitou por virtude própria, e os outros foram ressuscitados por virtude de Deus. 

119) Que nos ensina o sexto artigo do Credo: subiu ao Céu, está sentado à direita de Deus Padre todo-poderoso? 
O sexto artigo do Credo ensina-nos que Jesus quarenta dias depois da sua ressurreição na  presença  dos  seus  discípulos,  subiu  por  Si  mesmo  tio  Céu  e  que  sendo,  enquanto Deus, igual tio Padre Eterno na Glória, enquanto homem, foi elevado acima de todos os Anjos e de todos os Santos, e constituído Senhor de todas as coisas. 

120)  Por  que  Jesus  Cristo,  depois  da  sua  ressurreição,  esteve  quarenta  dias  na  terra, antes de subir ao Céu? 
Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, esteve quarenta dias na terra, antes de subir tio Céu, para provar, com várias aparições, que ressuscitara verdadeiramente, e para instruir melhor os Apóstolos e confirmá-los nas verdades da fé. 

121) Por que Jesus Cristo subiu ao Céu? 
Jesus Cristo subiu tio Céu: 
1) para tomar posse do seu reino, que havia merecido com sua morte; 
2) para preparar o nosso lugar na glória, e para ver nosso Mediador e Advogado junto do Padre Eterno; 
3) para enviar o Espírito Santo aos seus Apóstolos. 

137) Quando o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos? 
O Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes, isto é, cinqüenta dias depois da Ressurreição de Jesus Cristo, e dez dias depois da sua Ascensão. 

673) Quando Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Penitência? 
Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Penitência no dia da sua Ressurreição, quando, depois de entrar no cenáculo, deu solenemente aos seus Apóstolos o poder de perdoar os pecados. 





Código de Direito Canônico

O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua através dos séculos o Sacrifício da Cruz, é a culminância e a fonte de todo o culto e da vida cristã, pelo qual se significa e se realiza a unidade do povo de Deus e se completa a edificação do Corpo de Cristo. 

1. Desde os seus inícios, a Igreja professou a fé no Senhor crucificado e ressuscitado, reunindo nalgumas fórmulas os conteúdos fundamentais do seu crer. O acontecimento central da morte e ressurreição do Senhor Jesus, expresso inicial-mente em fórmulas simples e, depois, em fórmulas mais aperfeiçoadas 11 , permitiu dar vida àquela ininterrupta proclamação de fé com que a Igreja transmitiu, tanto o que havia recebido dos lábios e das obras de Cristo, como o que aprendera «por inspiração do Espírito Santo» 12 .




Minhas Observações

Jesus Cristo ressuscitou, por isso, a Eucaristia é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo ressuscitado e vivo para sempre. Portanto quem recebe a Eucaristia vive eternamente porque a morte não tem mais poder sobre a pessoa que recebeu a Eucaristia.

Jesus Cristo com sua morte e ressurreição destruiu a morte que nos cabia. Portanto, quem é destinado a vida eterna jamais sofrerá a morte. O próprio Jesus Cristo disse: "todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre".