Humildade

 Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas.  Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.

Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.

Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.

A Boa Notícia é anunciada aos pobres.

(Jesus Cristo)


Maria disse: "Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a 
tua palavra." E o anjo a deixou.

Se quereis ser  felizes, habituai-vos a uma vida  simples e humilde

(Virgem Maria)

Não façam nada por competição e por desejo de receber elogios, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo.

Deus resiste aos soberbos, e aos humildes dá a sua graça.

 Humilhem-se diante do Senhor, e ele os elevará.

(Atos dos Apóstolos)



Bíblia Católica

Novo Testamento

Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso.  Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas.  Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.

Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.

Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva.

Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.

Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.

Aos pobres é anunciada a Boa Notícia. 

Falta só uma coisa para você fazer: vá, venda tudo, dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois venha e siga-me.

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor.

Jesus disse: "Felizes de vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence.  Felizes de vocês que agora têm fome, porque serão saciados. Felizes de vocês que agora choram, porque hão de rir.  Felizes de vocês se os homens os odeiam, se os expulsam, os insultam e amaldiçoam o nome de vocês, por causa do Filho do Homem.

A Boa Notícia é anunciada aos pobres.  E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!

Quando você der uma festa, convide pobres, aleijados, mancos e cegos.  Então você será feliz! Porque eles não lhe podem retribuir. E você receberá a recompensa na ressurreição dos justos.

Jesus disse: "Falta ainda uma coisa para você fazer: venda tudo o que você possui, distribua o dinheiro aos pobres, e terá um tesouro no céu. Depois venha, e siga-me.

A metade dos meus bens, Senhor, eu dou aos pobres; e, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais."  Jesus lhe disse: "Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão.  De fato, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.

Maria disse: "Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra." E o anjo a deixou.

Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola:  "Dois homens subiram ao Templo para rezar; um era fariseu, o outro era cobrador de impostos.O fariseu, de pé, rezava assim no seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse cobrador de impostos.  Eu faço jejum duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. O cobrador de impostos ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’  Eu declaro a vocês: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva, será humilhado, e quem se humilha, será elevado."




Atos dos Apóstolos

Servi ao Senhor com toda humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus.  

Deus, porém, que consola os humildes, confortou-nos com a chegada de Tito.  

Sou eu mesmo, Paulo, quem suplica a vocês com a mansidão e a bondade de Cristo. Eu que sou "tão 
humilde quando estou entre vocês...

Será que foi um erro meu humilhar-me para exaltar vocês, porque lhes anunciei gratuitamente o Evangelho de Deus?  

E é por isso que eu me alegro nas fraquezas, humilhações, necessidades, perseguições e angústias, por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte.

Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros no amor.  Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do Espírito.

Não façam nada por competição e por desejo de receber elogios, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo.  Que cada um procure, não o próprio interesse, mas o interesse dos outros. * Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo

Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!

Como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência.

Quem é sábio e inteligente entre vocês? Pois então, mostre com a boa conduta que suas ações são de uma sabedoria humilde. 

 Ao contrário, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, pacífica, humilde, compreensiva, cheia de misericórdia e bons frutos, sem discriminações e sem hipocrisia. 

É por isso que a Escritura diz: "Deus resiste aos soberbos, e aos humildes dá a sua graça."  Portanto, sejam submissos a Deus; resistam ao diabo, e este fugirá de vocês.  

Humilhem-se diante do Senhor, e ele os elevará.

Finalmente, tenham todos a mesma atitude, sejam compassivos, cheios de amor fraterno, misericordiosos e de espírito humilde.

Igualmente, vocês jovens, obedeçam aos mais velhos. E todos vocês revistam-se de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a graça aos humildes.  

Eles pediram apenas que nos lembrássemos dos pobres, e isso eu tenho procurado fazer com muito cuidado.

Ouçam, meus queridos irmãos: não foi Deus quem escolheu os que são pobres aos olhos do mundo, para torná-los ricos na fé e herdeiros do Reino que ele prometeu àqueles que o amam?  E, no entanto, vocês desprezaram o pobre! 




Antigo Testamento

Moisés era o homem mais humilde entre todos os homens da terra.

Tu és o Deus dos humildes, o socorro dos oprimidos, o protetor dos fracos, o abrigo dos abandonados, o salvador dos desesperados.

Em seu lugar, eu recorreria a Deus, e poria a minha causa nas mãos dele.  Ele faz coisas grandiosas e incompreensíveis, e maravilhas sem conta:  dá chuva para a terra, e rega os campos; levanta os humildes, e concede prosperidade aos abatidos...

Javé é sublime, mas olha para o humilde, e conhece de longe o soberbo.

Depois da soberba vem a desonra, mas com os humildes está a sabedoria.

O temor de Javé é escola de sabedoria, e antes da honra está a humildade.

É melhor ser humilde com os pobres, do que repartir despojos com os soberbos.

Antes da ruína, o coração se exalta, mas antes da honra vem a humildade.

Os frutos da humildade são o temor de Javé, a riqueza, a honra e a vida.

O orgulho de um homem o rebaixará, mas o humilde conserva a própria honra.

Meu filho, seja modesto em sua atividade, e será mais estimado que um homem generoso.  Quanto mais importante você for, tanto mais seja humilde, e encontrará favor diante do Senhor.  Pois o poder do Senhor é grande, mas ele é glorificado pelos humildes.

Para o orgulhoso a humildade é humilhação, e para o rico o pobre é detestável.  

Santos e humildes de coração, bendigam o Senhor; louvem e exaltem o Senhor para sempre.

Ele concede o reino a quem ele quiser e coloca no trono o mais humilde.

Ó homem, já foi explicado o que é bom e o que Javé exige de você: praticar o direito, amar a misericórdia, caminhar humildemente com o seu Deus.

Não tenha medo, meu filho, se nós ficamos pobres. Se você temer a Deus, se evitar todo tipo de pecado e se você fizer o que agrada ao Senhor seu Deus, você terá uma grande riqueza.

Veja! Deus é poderoso e não despreza o coração sincero.  Ele não deixa o ímpio viver; e faz justiça aos pobres.  Não afasta seus olhos dos justos.

Ele se lembra, e não se esquece jamais do clamor dos pobres.

Pois o indigente não será esquecido para sempre, e a esperança dos pobres jamais se frustrará.

Javé, tu ouves o desejo dos pobres, fortaleces o coração deles e lhes dás ouvidos, fazendo justiça ao órfão e ao oprimido, para que o homem terreno já não infunda terror.

Javé declara: "Agora eu me levanto para defender os pobres oprimidos e os necessitados que gemem. Vou salvar quem quer ser salvo!"

Os pobres comerão e ficarão saciados, louvarão a Javé aqueles que o buscam...

Ele encaminha os pobres conforme o direito, e ensina aos pobres o seu caminho.

Mas os pobres vão possuir a terra e deleitar-se com paz abundante.

Javé sustenta os pobres e rebaixa os injustos até o chão.

Do céu proclamas a sentença: a terra se paralisa de medo, quando Deus se levanta para julgar e salvar todos os pobres da terra.

Javé amaldiçoa a casa do injusto, mas abençoa a morada dos justos.  Ele zomba dos zombadores, mas favorece os pobres. 

É melhor ser humilde com os pobres, do que repartir despojos com os soberbos.

Ele julgará os fracos com justiça, dará sentenças retas aos pobres da terra.

Os pobres voltarão a se alegrar com Javé, e os indigentes da terra ficarão felizes com o Santo de Israel. 

Montanhas, rompam em aclamações, pois Javé consola o seu povo e se compadece dos seus pobres.

O Espírito do Senhor Javé está sobre mim, porque Javé me ungiu. Ele me enviou para dar a boa notícia aos pobres, para curar os corações feridos, para proclamar a libertação dos escravos...

Procurem a Javé, como todos os pobres da terra que obedecem aos seus mandamentos; procurem a justiça, procurem a pobreza. Quem sabe, assim, vocês acharão um refúgio no dia da ira de Javé.




Virgem Maria de Medjugorje

Se quereis ser  felizes, habituai-vos a uma vida  simples e humilde. Rezai  muito e não vos preocupeis  demais sobre os vossos problemas: deixai-os para Deus resolver e abandonai-vos a Ele!

Hoje Eu os convido a viver na humildade todas as mensagens que estou dando a vocês. 

Hoje Eu lhes dou a mensagem com a qual desejo convidá-los à humildade. Agora Eu os convido a continuar a falar com o coração aberto e com humildade a todos aqueles que vêm aqui. 

Queridos filhos, vivam com toda a humildade as mensagens que Eu lhes dou. 

Mas Deus deu a todos a liberdade, que Eu respeito com todo o amor; e Me submeto - na Minha humildade - à liberdade de vocês. 

Por isso, filhinhos, achem tempo, durante o dia, para poder rezar na paz e na humildade e para se encontrar com Deus Criador. 

Queridos filhos, tudo aquilo que vocês fizerem pelos outros, façam com grande alegria e humildade diante de Deus. 

Mas, se não rezam e não são humildes e obedientes às mensagens que lhes dou, não posso ajudá-los. 

Filhinhos, procurem com humildade aquilo que não está em ordem em seus corações e compreenderão o que devem fazer. 

Também hoje os convido a viverem ainda mais intensamente Minhas mensagens, na humildade e no amor, para que o Espírito Santo os plenifique com sua graça e sua força.

Por isso, filhinhos, na oração e na humildade, abram seus corações e sejam testemunhas de Minha presença. 

Hoje estou com vocês e abençoo a todos com Minha bênção maternal de paz, os convido a viverem ainda mais sua vida de fé, porque ainda são fracos e não são humildes. 

Vivam sua vocação cristã na alegria e na humildade e deem testemunho a todos. 

Por isso, filhinhos, na humildade de coração retornem para Deus e seus mandamentos, para que possam dizer com todo o coração: “assim na terra como no céu”. 

Filhinhos, vejam as criaturas de Deus que, na beleza e humildade, Ele lhes deu. 

Queridos filhos, trago a vocês o meu filho Jesus que é o Rei da paz. Ele lhes dá a paz! E que ela não seja apenas para vocês, filhinhos, mas levem-na aos outros, na alegria e humildade.

Por isso, sejam humildes, rezem e abandonem tudo nas mãos do Altíssimo, que os criou. 




Catecismo da Igreja Católica

Os profetas anunciam uma redenção radical do povo de Deus, a purificação de todas as suas infidelidades (28), uma salvação que abrangerá todas as nações (29). Serão sobretudo os pobres e os humildes do Senhor (30) os portadores desta esperança. 

Aquele que se esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que são, mesmo que não tenha consciência disso.

A nossa inteligência, participante da luz do intelecto divino, pode entender o que Deus nos diz pela sua criação (133), sem dúvida com grande esforço e num espírito de humildade e de respeito perante o Criador e a sua obra.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta [...]
Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças e servi-o com grande humildade.

Maria «é a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus.

525. Jesus nasceu na humildade dum estábulo, no seio duma família pobre (219). As primeiras testemunhas deste acontecimento são simples pastores. E é nesta pobreza que se manifesta a glória do céu (220). 

544. O Reino é dos pobres e pequenos, quer dizer, dos que o acolheram com um coração humilde. Jesus foi enviado para «trazer a Boa-Nova aos pobres» (Lc 4, 18) (274). Declara-os bem-aventurados, porque «é deles o Reino dos céus» (Mt 5, 3). Foi aos «pequenos» que o Pai se dignou revelar o que continua oculto aos sábios e inteligentes (275). Jesus partilha a vida dos pobres, desde o presépio até à cruz: sabe o que é sofrer a fome (276), a sede  (277) e a indigência (278). Mais ainda: identifica-se com os pobres de toda a espécie, e faz do amor activo para com eles a condição da entrada no seu Reino (279).

564. Pela sua submissão a Maria e a José, assim como pelo seu trabalho humilde em Nazaré durante longos anos, Jesus dá-nos o exemplo da santidade na vida quotidiana da família e do trabalho.

566. A tentação no deserto mostra Jesus como Messias humilde...

570. A entrada de Jesus em Jerusalém manifesta a vinda do Reino, que o Rei-Messias, acolhido na cidade pelas crianças e pelos humildes de corarão, vai realizar pela Páscoa da sua morte e ressurreição.

716. O povo dos «pobres» (79) , dos humildes e dos mansos, totalmente entregues aos desígnios misteriosos do seu Deus, o povo dos que esperam a justiça, não dos homens mas do Messias, tal é, afinal, a grande obra da missão oculta do Espírito Santo, durante o tempo das promessas, para preparar a vinda de Cristo. É a qualidade do seu coração, purificado e iluminado pelo Espírito, que se exprime nos salmos. Nestes pobres, o Espírito prepara para o Senhor «um povo bem disposto» (80).

Ela foi, por pura graça, concebida sem pecado, como a mais humilde das criaturas, a mais capaz de acolher o dom inefável do Omnipotente. 

724. Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai feito Filho da Virgem. Ela é a sarça ardente da teofania definitiva: cheia do Espírito Santo, mostra o Verbo na humildade da sua carne; e é aos pobres (94) e às primícias das nações (95) que Ela O dá a conhecer.

725. Finalmente, por Maria, o Espírito começa a pôr em comunhão com Cristo os homens que são «objecto do amor benevolente de Deus» (96); e os humildes são sempre os primeiros a recebé-Lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos.

799. Extraordinários ou simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo...

1218. Desde o princípio do mundo, a água, esta criatura humilde e admirável, é a fonte da vida e da fecundidade. A Sagrada Escritura vê-a como «incubada» pelo Espírito de Deus (12).

O amor conjugal sincero, a prática humilde e paciente das virtudes familiares e a oração perseverante, podem preparar o cônjuge não-crente para receber a graça da conversão.

A um darei principalmente a caridade, a outro a justiça, a este a humildade, àquele uma fé viva. [...] 

1967. A Lei evangélica «cumpre» (21), apura, ultrapassa e leva à perfeição a Lei antiga. Nas «bem-aventuranças», ela cumpre as promessas divinas, elevando-as e ordenando-as para o «Reino dos céus». Dirige-se àqueles que estão dispostos a acolher com fé esta esperança nova: os pobres, os humildes, os aflitos, os corações puros, os perseguidos por causa de Cristo, traçando assim os surpreendentes caminhos do Reino.

Assim, o Espírito Santo pode servir-Se dos mais humildes para iluminar os sábios e os mais elevados em dignidade.

«Suportai-vos uns aos outros na caridade, com toda a humildade, mansidão e paciência» (Ef 4, 2).

O baptizado exercitar-se-á a viver na humildade.

«O Verbo chama "pobreza em espírito" à humildade voluntária do espírito humano e à sua renúncia; e o Apóstolo dá-nos como exemplo a pobreza de Deus, quando diz: «Ele fez-Se pobre por nós (2 Cor 8, 9)» (286).

2554 O baptizado combate a inveja pela benevolência, pela humildade e pelo abandono à providência divina.

2559. «A oração é a elevação da alma para Deus ou o pedido feito a Deus de bens convenientes» (2). De onde é que falamos, ao orar? Das alturas do nosso orgulho e da nossa vontade própria, ou das «profundezas» (Sl 130, 1) dum coração humilde e contrito? Aquele que se humilha é que é elevado (3). A humildade é o fundamento da oração. «Não sabemos oque havemos de pedir para rezarmos como deve ser» (Rm 8, 26). A humildade é a disposição necessária para receber gratuitamente o dom da oração: o homem é um mendigo de Deus (4).

«Moisés era um homem deveras humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra (Nm 12, 3).

2617. A oração de Maria é-nos revelada na aurora da plenitude dos tempos. Antes da encarnação do Filho de Deus e da efusão do Espírito Santo, a sua oração coopera de um modo único com o desígnio benevolente do Pai, aquando da Anunciação para a concepção de Cristo (87) e aquando do Pentecostes para a formação da Igreja, corpo de Cristo (88). Na fé da sua humilde serva, o Dom de Deus encontra o acolhimento que Ele esperava desde o princípio dos tempos. Aquela que o Todo-Poderoso fez «cheia de graça» responde pelo oferecimento de todo o seu ser: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». «Faça-se» é a oração cristã: ser todo para Ele, já que Ele é todo para nós.

A adoração do Deus três vezes santo e soberanamente amável enche-nos de humildade e dá segurança às nossas súplicas.

A humildade confiante repõe-nos na luz da comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo, bem como dos homens uns com os outros (100). 

Um «magnifica» o Senhor pelas «maravilhas» que fez pela sua humilde serva e, através d'Ela, por todos os seres humanos (23)

A nossa oração ousa retomar a saudação a Maria com o olhar que Deus pôs na sua humilde serva (24),alegrando-nos com a alegria que Ele n'Ela encontra (25).

Segundo a medida da humildade e da fé, descobrem-se nela os movimentos que agitam o coração e é possível discerni-los.

A contemplação é a entrega humilde e pobre à vontade amorosa do Pai, em união cada vez mais profunda com o seu Filho muito amado.

2713. Assim, a contemplação é a expressão mais simples do mistério da oração. É um dom, uma graça; só pode ser acolhida na humildade e na pobreza.

A conclusão é sempre a mesma: de que serve orar? Para vencer tais obstáculos, é preciso combater com humildade, confiança e perseverança.

A nossa falta de fé revela que ainda não temos as disposições de um coração humilde: «Sem Mim, nada podereis fazer» (Jo 15, 5).

Quem é humilde não se admira da sua miséria; ela leva-o a ter mais confiança e a manter-se firme na constância.

Contra a nossa lentidão e preguiça, o combate da oração é o do amor humilde, confiante e perseverante.

2753. No combate da oração, devemos enfrentar concepções erróneas, diversas correntes de mentalidades e a experiência dos nossos fracassos. A estas tentações, que lançam a dúvida sobre a utilidade ou até mesmo a possibilidade da oração, convém responder com humildade, confiança e perseverança.

2779. Antes de fazermos nosso este primeiro impulso da oração do Senhor, convém purificar humildemente o nosso coração de certas falsas imagens «deste mundo». A humildade faz-nos reconhecer que «ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho Se dignar revelá-Lo», quer dizer «os pequeninos» (Mt 11, 25-27).

2785. Um coração humilde e confiante que nos faça «voltar ao estado de crianças» (Mt 18, 3): porque é aos «pequeninos» que o Pai Se revela (Mt 11, 25):

E é por ser três vezes santo que Ele está mesmo junto do coração humilde e contrito.

2797. A confiança simples e fiel, a segurança humilde e alegre são as disposições que convêm a quem reza o Pai-Nosso.

2800. Rezar ao nosso Pai deve fazer crescer em nós a vontade de nos parecermos com Ele e criar em nós um coração humilde e confiante.

«Considerai como Jesus Cristo nos ensina a ser humildes, fazendo-nos ver que a nossa virtude não depende só do nosso trabalho, mas da graça de Deus. 

«É sobretudo o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações. Nele encontro tudo o que é necessário à minha pobre alma. Nele descubro sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos» (106).

Mais ainda, Deus é Pai em razão da Aliança e do dom da Lei a Israel, seu «filho primogénito» (Ex 4, 22). Também é chamado Pai do rei de Israel  (39). E é muito especialmente «o Pai dos pobres», do órfão e da viúva, entregues à sua protecção amorosa (40).

Cristo: já na sua Encarnação, pela qual, fazendo-Se pobre, nos enriquece com a sua pobreza (194); na vida oculta que, pela sua obediência.

Com a sua pobreza, incita--nos a aceitar livremente o despojamento e as perseguições (207).

525. Jesus nasceu na humildade dum estábulo, no seio duma família pobre (219). As primeiras testemunhas deste acontecimento são simples pastores. E é nesta pobreza que se manifesta a glória do céu (220). 

544. O Reino é dos pobres e pequenos, quer dizer, dos que o acolheram com um coração humilde. Jesus foi enviado para «trazer a Boa-Nova aos pobres» (Lc 4, 18) (274). Declara-os bem-aventurados, porque «é deles o Reino dos céus» (Mt 5, 3). Foi aos «pequenos» que o Pai se dignou revelar o que continua oculto aos sábios e inteligentes (275). Jesus partilha a vida dos pobres, desde o presépio até à cruz: sabe o que é sofrer a fome (276), a sede  (277) e a indigência (278). Mais ainda: identifica-se com os pobres de toda a espécie, e faz do amor activo para com eles a condição da entrada no seu Reino (279).

Por isso é que, naquele dia, os súbditos do seu Reino, são as crianças (328) e os «pobres de Deus», que O aclamam, tal como os anjos O tinham anunciado aos pastores (329). A aclamação deles: «Bendito o que vem em nome do Senhor» (Sl 118, 26) é retomada pela Igreja no «Sanctus»da Liturgia Eucarística, a abrir o memorial da Páscoa do Senhor.

561. «Toda a vida de Cristo foi um contínuo ensinamento: os seus silêncios, os seus milagres, os seus gestos, a sua oração, o seu amor pelo homem, a sua predilecção pelos pequenos e pelos pobres...

Ora o Reino, objecto da promessa feita a David (71) , será obra do Espírito Santo: pertencerá aos que são pobres segundo o Espírito.

Para o cristão, «reinar é servi-Lo» (219), em especial «nos pobres e nos que sofrem, nos quais a Igreja reconhece a imagem do seu Fundador pobre e sofredor (220).

806. Na unidade deste Corpo, existe diversidade de membros e de funções. Mas todos os membros estão unidos uns aos outros, particularmente àqueles que sofrem, aos pobres e aos perseguidos.

E esta «continua e prolonga, no decorrer da história, a missão do próprio Cristo, que foi enviado para anunciar a Boa-Nova aos pobres. É, portanto, pelo mesmo caminho seguido por Cristo que, sob o impulso do Espírito Santo, a Igreja deve seguir, ou seja, pelo caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesma até à morte – morte da qual Ele saiu vitorioso pela ressurreição» (350). 

915. Os conselhos evangélicos são, na sua multiplicidade, propostos a todos os discípulos de Cristo. A perfeição da caridade, a que todos os fiéis são chamados, comporta, para aqueles que livremente assumem o chamamento à vida consagrada, a obrigação de praticar a castidade no celibato por amor do Reino, a pobreza e a obediência. É a profissão destes conselhos, num estado de vida estável reconhecido pela Igreja, que caracteriza a «vida consagrada» a Deus (468).

944. A vida consagrada a Deus caracteriza-se pela profissão pública dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, num estado de vida estável reconhecido pela Igreja.

Cristo, que Se fez pobre para nos enriquecer.

1397. A Eucaristia compromete-nos com os pobres: Para receber, na verdade, o corpoe o sangue de Cristo entregue por nós, temos de reconhecer Cristo nos mais pobres, seus irmãos (237);

Jesus associa-os à sua vida pobre e servidora.

«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus. 

Dirige-se àqueles que estão dispostos a acolher com fé esta esperança nova: os pobres, os humildes, os aflitos, os corações puros, os perseguidos por causa de Cristo, traçando assim os surpreendentes caminhos do Reino.

«Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Vem, depois, e segue-Me» (Mt 19, 21).

Nos três evangelhos sinópticos, o apelo de Jesus ao jovem rico, para O seguir na obediência de discípulo e na observância dos preceitos, está associado ao apelo à pobreza e à castidade (2

2443. Deus abençoa os que ajudam os pobres e reprova os que deles se afastam: «Dá a quem te pede; não voltes as costas a quem pretende pedir-te emprestado» (Mt 5, 42). «Recebestes gratuitamente; pois dai também gratuitamente» (Mt 10, 8). É pelo que tiverem feito pelos pobres, que Jesus reconhecerá os seus eleitos (193). Quando «a boa-nova é anunciada aos pobres» (Mt 11, 5) (194), é sinal de que Cristo está presente.

2444. «O amor da Igreja pelos pobres [...] faz parte da sua constante tradição» (195). Esse amor inspira-se no Evangelho das bem-aventuranças (196), na pobreza de Jesus (197) e na sua atenção aos pobres (198). O amor dos pobres é mesmo um dos motivos do dever de trabalhar: para «poder fazer o bem, socorrendo os necessitados» (199). E não se estende somente à pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza cultural e religiosa (200).

2445. O amor dos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou com o uso egoísta das mesmas: «E agora, ó ricos, chorai em altos brados por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão podres e as vossas vestes roídas pela traça. O vosso oiro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem servirá de testemunho contra vós e devorará a vossa carne como o fogo. Entesourastes, afinal, para os vossos últimos dias! Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar: e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo! Tendes vivido na terra entregues ao luxo e aos prazeres, cevando assim os vossos apetites para o dia da matança! Condenastes e destes a morte ao inocente, e Deus não vai opor-se?» (Tg 5, 1-6).

2446. São João Crisóstomo lembra com vigor: «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos» (201). «Satisfaçam-se, antes de mais, as exigências da justiça e não se ofereça como dom da caridade aquilo que é devido a título de justiça» (202):«Quando damos aos indigentes o que lhes é necessário, não lhes ofertamos o que é nosso: limitamos a restituir-lhes o que lhes pertence. Mais do que praticar uma obra de misericórdia, cumprimos um dever de justiça» (203).

2447. As obras de misericórdia são as acções caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais (204). Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem nome adamenteem dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem tecto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos (205). Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres (206) é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (207): «Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos, faça o mesmo» (Lc 3, 11). «Dai antes de esmola do que possuis, e tudo para vós ficará limpo» (Lc 11, 41). «Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem do alimento quotidiano, e um de vós lhe disser: "Ide em paz; tratai de vos aquecer e de matar a fome", mas não lhes der o que é necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?» (Tg 2, 15-16) (208).

2448. «Sob as suas múltiplas formas: indigência material, opressão injusta, doenças físicas e psíquicas, e finalmente a morte, a miséria humana é o sinal manifesto da condição congénita de fraqueza em que o homem se encontra desde o primeiro pecado e da necessidade que tem de salvação. Foi por isso que ela atraiu a compaixão de Cristo Salvador, que quis tomá-la sobre Si e identificar-Se com os "mais pequenos de entre os seus irmãos" (Mt 25, 40-45). É por isso, os que se sentem acabrunhados por ela são objecto de um amor preferencial por parte da Igreja que, desde o princípio, apesar das falhas de muitos dos seus membros, nunca deixou de trabalhar por aliviá-los, defendê-los e libertá-los; fê-lo através de inúmeras obras de beneficência, que continuam indispensáveis, sempre e em toda a parte» (209).

2449. Desde o Antigo Testamento, toda a espécie de medidas jurídicas (ano de remissão, interdição de empréstimos a juros e da retenção dum penhor, obrigação do dízimo, pagamento quotidiano da jorna, direito de apanhar os restos da vindima e da ceifa) são uma resposta à exortação do Deuteronómio: «Nunca faltarão os pobres na terra; por isso, faço-te esta recomendação: abre, abre a mão para o teu irmão, para o pobre e necessitado que estiver na tua terra» (Dt 15, 1 l ). E Jesus faz sua esta palavra: «Pobres, sempre os haveis de ter convosco; a Mim, nem sempre Me tereis» (Jo 12, 8). Com isto não faz caducar a força dos oráculos antigos: «Compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de sandálias» (Am 8, 6), mas convida-nos a reconhecer a sua presença na pessoa dos pobres que são
seus irmãos (210): No dia em que a sua mãe a repreendeu por manter em sua casa pobres e doentes. Santa Rosa de Lima respondeu-lhe: «Quando servimos os pobres e os doentes, é a Jesus servimos. Não devemos cansar-nos de ajudar o nosso próximo, porque nele servimos a Jesus» (211).

2462. A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna; é também uma prática de justiça que agrada a Deus.

2544. Jesus impõe aos seus discípulos que O prefiram a tudo e a todos e propõe-lhes que renunciem a todos os seus bens (281) por causa d'Ele e do Evangelho (282). Pouco antes da sua paixão, deu-lhes o exemplo da pobre viúva de Jerusalém que, da sua penúria, deu tudo o que tinha para viver (283). O preceito do desapego das riquezas é obrigatório para entrar no Reino dos céus.

2545. Todos os fiéis de Cristo devem «ordenar rectamente os próprios afectos, para não serem impedidos de avançar na perfeição da caridade pelo uso das coisas terrena se pelo apego às riquezas, em oposição ao espírito de pobreza evangélica» (284).

2546. «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5, 3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade e de graça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, aos quais o Reino pertence desde já (285):«O Verbo chama "pobreza em espírito" à humildade voluntária do espírito humano e à sua renúncia; e o Apóstolo dá-nos como exemplo a pobreza de Deus, quando diz: «Ele fez-Se pobre por nós (2 Cor 8, 9)» (286).

2547. O Senhor lamenta-Se dos ricos, porque eles encontram a sua consolação na abundância de bens (287). «O orgulhoso procura o poder terreno, ao passo que o pobre em espírito procura o Reino dos céus» (288). O abandono à providência do Pai do céu liberta da preocupação pelo amanhã. A confiança em Deus dispõe para a bem-aventurança dos pobres (289). Eles verão a Deus.

2660. Orar nos acontecimentos de cada dia e de cada instante é um dos segredos do Reino, revelados aos «pequeninos», aos servos de Cristo, aos pobres das bem-aventuranças. 

O coração é o lugar da busca e do encontro, na pobreza e na fé.

264) Se Deus sabe tudo aquilo de que necessitamos, por que devemos rezar? 
Embora  Deus  saiba  tudo  aquilo  de  que  necessitamos  ,  quer  todavia  que  nós  Lho peçamos, para reconhecermos que é Ele que dá todos os bens, para Lhe testemunharmos a nossa humilde submissão, e para merecermos os seus favores. 

266) Que mais disposições se requerem para bem orar? 
Para bem orar requerem-se especialmente o recolhimento, a humildade, a confiança, a perseverança e a resignação. 

70) Que quer dizer orar com humildade? 
Quer  dizer:  reconhecer  sinceramente  a  nossa  indignidade,  incapacidade  e  miséria, acompanhando a oração com a compostura do corpo. 

635) Que quer dizer: comungar com devoção? 
Comungar com devoção quer dizer: aproximar-se da sagrada Comunhão com humildade e modéstia, tanto na própria pessoa como no vestir, e fazer a preparação antes e a ação de graças depois da Comunhão. 

636) Em que consiste a preparação antes da Comunhão? 
A  preparação  antes  da  Comunhão  consiste  em  nos  entretermos  algum  tempo  a considerar quem é Aquele que vamos receber e quem somos nós; e em fazer atos de fé, de  esperança,  de  caridade,  de  contrição,  de  adoração,  de  humildade  e  de  desejo  de receber a Jesus Cristo. 

742) Quais são as qualidades que deve ter a acusação dos pecados, ou confissão? 
As  qualidades  principais  que  deve  ter  a  acusação  dos  pecados  são  cinco:  deve  ser humilde, íntegra, sincera, prudente e breve.

743) Que querem dizer as palavras: a acusação deve ser humilde? 
A acusação deve ser humilde, quer dizer que o penitente deve acusar-se diante do seu confessor sem altivez de ânimo ou de palavras, mas com sentimentos de um réu que reconhece a sua culpa, e comparece diante do juiz. 

761) Que fareis enquanto o confessor vos der a bênção? 
Inclino-me humildemente para receber a bênção, e faço o sinal da Cruz. 

959) Como se vencem os vícios ou pecados capitais? 
Os vícios ou pecados capitais vencem-se com a prática das virtudes opostas. Assim, a soberba  vence-se  com  a  humildade;  a  avareza,  com  a  liberalidade;  a  luxúria,  com  a castidade; a ira, com a paciência; a gula, com a temperança; a inveja, com a caridade; a preguiça, com a diligência e fervor no serviço de Deus. 

467) Que nos ordena o décimo Mandamento? 
O décimo Mandamento ordena-nos que nos contentemos com o estado em que Deus nos colocou, e que soframos com paciência a pobreza, quando Deus nos queira neste estado. 

468) Como pode o cristão estar contente na pobreza? 
O cristão pode estar contente mesmo na pobreza, considerando que o maior de todos os bens é a consciência pura e tranqüila, que a nossa verdadeira pátria é o céu, e que Jesus Cristo se fez pobre por amor de nós, e prometeu um prêmio especial a todos aqueles que suportam com paciência a pobreza.

512) Quais são os conselhos evangélicos? 
Os  conselhos  evangélicos  são:  pobreza  voluntária,  castidade  perpétua  e  obediência inteira, em tudo o que não seja pecado. 

925) Quem são os pobres de espírito, que Jesus Cristo chama bem-aventurados? 
Os pobres de espírito, segundo o Evangelho, são aqueles que têm o coração desapegado das riquezas; fazem bom uso delas, se as possuem; não as procuram com solicitude, se não as têm; e sofrem com resignação a perda delas se lhes são tiradas. 




Código de Direito Canônico

Cân. 387 — O Bispo diocesano, lembrado da obrigação que tem de dar exemplo de santidade na caridade, humildade e simplicidade de vida, esforce-se com todo o empenho por promover a santidade, segundo a vocação própria de cada um...

Cân. 222 — § 1. Os fiéis têm a obrigação de prover às necessidades de Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade, e para a honesta sustentação dos seus ministros.
§ 2. Têm ainda a obrigação de promover a justiça social e, lembrados do preceito do Senhor, de auxiliar os pobres com os seus próprios recursos.

§ 2. Assumem livremente esta forma de viver nos institutos de vida consagrada, canonicamente erectos pela autoridade competente da Igreja, os fiéis que, por votos ou outros vínculos sagrados, de acordo com as próprias leis dos institutos, professam observar os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência e pela caridade, a que os mesmos conduzem, se unem de um modo especial à Igreja e ao seu mistério.

Cân. 598 — § 1. Cada instituto, tendo em consideração a índole e os fins próprios, determine nas suas constituições o modo como se devem observar os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, segundo a sua forma de vida.

Cân. 600 — O conselho evangélico de pobreza à imitação de Cristo, que sendo rico, por nossa causa se tornou pobre, para além de uma vida pobre na realidade e em espírito, laboriosamente vivida em sobriedade e alheia à riqueza da terra, importa a dependência e limitação no uso e disposição dos bens segundo as normas do direito próprio de cada instituto.

§ 2. Os institutos estabeleçam normas adequadas sobre o uso e administração dos bens, pelas quais se fomente, defenda e manifeste a pobreza que lhes é própria.

Cân. 640 — Os institutos, tendo em consideração os distintos lugares, esforcem-se por dar testemunho de algum modo colectivo de caridade e pobreza e, na medida dos seus recursos, contribuam com os seus próprios bens para as necessidades da Igreja e o sustento dos pobres.

Cân. 669 — § 1. Os religiosos, em sinal da sua consagração e em testemunho de pobreza, tragam o hábito do instituto, confeccionado segundo o direito próprio.

Cân. 848 — Além das oblações determinadas pela autoridade competente, o ministro nada peça pela administração dos sacramentos, e tenha sempre o cuidado de que os pobres, em razão da pobreza, não se vejam privados do auxílio dos sacramentos.




Papa Francisco

São Francisco de Assis, que se sentia irmão do sol, do mar e do vento, semeou paz por toda a parte e andou junto dos pobres, abandonados, doentes, descartados, dos últimos. Sigamos o seu exemplo!

Os "pobres de espírito" são aqueles que sabem que não são suficientes para si mesmos, que não são autossuficientes.  Sentem necessidade de Deus e reconhecem que o bem vem d’Ele, como um dom, como graça. 

Só quem é pobre em espírito, necessitado de salvação e mendicante da graça se apresenta diante de Deus sem exibir méritos, nem pretensões ou presunções: não tem nada e, por isso, encontra tudo, porque encontra o Senhor.

Na base da vida cristã está a virtude da humildade, grande antagonista do mais mortal dos vícios, a soberba. Enquanto o orgulho e a soberba incham o coração, a humildade traz tudo de volta à dimensão certa: somos criaturas maravilhosas, mas limitadas, com pontos fortes e fracos.



Minhas Observações

A humildade é o dom que mais agrada a Deus. A Virgem Maria e São José são extremamente humildes. Moisés era o homem mais humilde entre todos os homens da terra. São Miguel Arcanjo é o anjo mais humilde e que mais agradou e agrada a Deus. Abraão e Noé também foram muito humildes e agradaram a Deus.

Para se tornar humilde é necessário se humilhar diante de Deus. Pois, Jesus Cristo disse: "quem se humilha será elevado." E ainda:  "O cobrador de impostos ficou à distância, e nem se atrevia 
a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’  Eu declaro a vocês: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva, será humilhado, e quem se humilha, será elevado."

A Virgem Maria de Medjugorje disse: "Se quereis ser  felizes, habituai-vos a uma vida  simples e humilde."

A humildade derrota a soberba dos demônios. O  demônio não aguenta uma pessoa humilde.